Mandamento III

 

10º Encontro – Mandamento III- Guardar os domingos e dias de festa

- Conhecendo a Igreja- 5 mandamentos da Igreja

 

Objetivos

Que os catequizandos descubram-se como Igreja, sendo membros atuantes no Corpo de Cristo.

 

Preparação para

o encontro

 

Toalha, flores, bíblia, velas acesas e uma figura do boneco preparado pelo Catequista.

 

Acolhida

Oração inicial: Pai Nosso

Qual é o 3º mandamento da lei de Deus?

O que ele que dizer?

 

Ver

Dinâmica dos bonecos:

Dividir a turma em dois grupos que deverão confeccionar um boneco com uso de papel, canetas, tesouras e fita adesiva de acordo com as seguintes orientações:

 

1. Pedir para o grupo 1 que trabalhe em equipe em um dos cantos da sala.

2. Pedir para cada membro do grupo 2 confeccione uma das partes do corpo do boneco individualmente, sem que seus colegas do grupo o vejam.

Cada membro confecciona a parte do corpo indicada pelo catequista (um faz a cabeça, outro uma das orelhas, outro o tronco, outro uma das pernas...). Concluída a confecção, os integrantes do grupo 2 deverão unir os membros para concluir a confecção do boneco.

3. Pedir que a equipe apresentem a sua “obra de arte”.

4. Certamente um dos bonecos terá um aspecto uniforme (grupo 1), enquanto o outro será desproporcional (grupo 2).

5. A partir deste fato, pedir a opinião dos catequizandos e refletir o porquê da diferença entre os bonecos, ressaltando a importância do trabalho em equipe e da união.

6. Tal reflexão cabe em vários âmbitos de nossa vida: família, escola, trabalho, grupo de amigos... Mas, e na Igreja? Que tipo de corpo costumamos formar? Que tipo de corpo queremos formar? É possível trabalhar juntos por um mesmo objetivo? Qual é o nosso objetivo?

 

Iluminar

Palavra de Deus: Ef 4, 4-7,11-16 – Edificar o corpo

 

São Paulo compara a Igreja - Corpo de Cristo - com o corpo humano, que é um só com membros diferentes. No corpo da Igreja a cabeça é Jesus Cristo, e os membros, os cristãos: os da terra, os do purgatório e os do céu. Esta realidade singular da Igreja é conhecida como Corpo Místico de Cristo. Se consideramos os membros que estão na terra, são diferentes segundo sua posição na Igreja: o Papa, os bispos, os sacerdotes, os leigos... Mas estas diferenças se articulam na grande família dos filhos de Deus, na qual todos colaboram - como em uma família humana - para levar a cabo a missão que Cristo confiou a seus Apóstolos: pregar o evangelho - com particular observância dos mandamentos - e comunicar a vida sobrenatural às almas mediante os sacramentos, o que possibilita a todos a salvação em Cristo Jesus. A missão que os cristãos hão de levar a cabo tem formas distintas, segundo a função que cada um desempenha na Igreja, mas todos tem a mesma responsabilidade.

 

IDÉIAS PRINCIPAIS:

1. A Igreja é governada pelo Papa e pelos bispos

Pedro com os demais Apóstolos governaram a Igreja e transmitiram seus poderes a seus sucessores. O Papa e os bispos constituem a hierarquia, que governa o povo de Deus - assistida pelos presbíteros e diáconos - , à qual temos de amar e obedecer. A missão que recebeu consiste em ensinar a doutrina de Jesus Cristo, pregando o Evangelho; santificar mediante a administração dos sacramentos, meios da graça de Deus; governar, ditando leis que obrigam em consciência, julgando e castigando, se fosse preciso.

2. O Papa

O Romano Pontífice é o sucessor de Pedro, Vigário de Cristo na terra e cabeça visível de toda a Igreja, com jurisdição suprema sobre todos e cada um dos pastores e fiéis. Ainda mais, - por vontade divina -, o Papa é infalível e não pode errar quando define doutrinas de fé e de moral, como mestre supremo de toda a Igreja.

3. Os Bispos

Por instituição divina, os bispos são sucessores dos Apóstolos que, em união com o Papa, apascentam o povo de Deus como mestres da doutrina, sacerdotes do culto sagrado e reitores da grei que lhes é encomendada, ordinariamente, uma pequena porção da Igreja, denominada diocese. No tocante ao magistério dos Bispos, "ainda que cada um goza da prerrogativa da infalibilidade, sem dúvida, dão a conhecer infalivelmente a doutrina de Cristo quando, ainda que dispersos pelo mundo, guardam a comunhão entre si e com o sucessor de Pedro e, ao ensinar autenticamente as coisas da fé e dos costumes, coincidem em que uma doutrina deve ser definitivamente mantida" (Lumen Gentium, 25).

4. Os presbíteros ou sacerdotes e os diáconos

Os presbíteros ou sacerdotes são os ministros de Cristo que, sob a autoridade do bispo, cooperam com ele na pregação do Evangelho, na santificação dos fiéis e na direção do povo cristão na ordem da salvação, sobretudo mediante os sacramentos da penitência e da eucaristia. Os diáconos receberam o grau inferior do sacramento da Ordem, mas não são sacerdotes nem podem exercer as funções especificamente sacerdotais; são ordenados para o serviço do povo de Deus em união com o bispo e seu presbitério, no ministério da liturgia, da pregação e da caridade.

5. Os leigos

A porção mais numerosa do povo de Deus é formada pelos leigos. Os leigos são fiéis cristãos - exceto clérigos e religiosos - que, incorporados a Cristo pelo batismo, formam o povo de Deus e participam a seu modo da função sacerdotal, profética e regia de Cristo, exercendo na Igreja e no mundo - segundo sua condição - a missão de todo o povo cristão. Devem ser testemunhas de Cristo em todos os lugares onde vivem e estão chamados a ser santos, como os demais membros da Igreja.

6. Os religiosos

Os religiosos são os fieis que vivem o próprio carisma fundacional, para professar os conselhos do evangelho da pobreza, castidade e obediência; com o que proporcionam um admirável testemunho de que o mundo não pode ser transformado nem oferecido a Deus sem o espírito das bem aventuranças. Desta maneira, contribuem para o bem da Igreja e para a realização de sua missão salvadora.

Falar sobre: Os mandamentos da Igreja

 

Exame de consciência.

Guardando os dias santificados: Passei o Domingo na frente da televisão? Faltei na missa nesse mesmo dia? Fiz piada com a santa missa? Disse que “já assisti missas que chega”? Fui na missa para “cumprir a obrigação”? Dediquei uma parte do meu  tempo a Deus, lendo a Bíblia e rezando?

 

Agir

Quardar os dias santificados. Ir à missa aos Domingos e dias de guarda.

Motivar os catequizandos a ter contato com os trabalhos pastorais ou grupo de sua comunidade, procurando perceber se existe espaço para uma futura participação.

 

Celebrar

Usar o boneco confeccionado no encontro para motivar a oração. Utilizar uma imagem da face de Cristo para ser a cabeça do corpo:

Colocar a figura no chão e se reunir ao redor dela.

Convidar cada catequizando a escrever o seu nome no boneco, fazendo em silêncio uma oração de compromisso com a Igreja – Corpo de Cristo. Enfatizar o nosso papel como Igreja.

 


O terceiro dos Dez Mandamentos da Lei de Deus

por Pe. Reginaldo Manzotti

 

O terceiro mandamento da Lei de Deus – “Guardar os domingos e festas” –, de modo específico, nos lembra que o domingo é o dia do Senhor e a Ele deve ser dedicado.
O texto do Êxodo nos fala: “Lembra-te de santificar o dia de sábado. Trabalharás durante seis dias e farás toda a tua obra. Mas no sétimo dia, que é um repouso em honra do Senhor, teu Deus não farás trabalho algum” (Ex 20, 8-10).
O dia do sábado, no Antigo Testamento, lembrava a libertação que o povo de Israel teve do Egito até a Terra Prometida. Porém, a nossa fé vem do Novo Testamento, quando recordamos a Páscoa de Jesus e a sua Ressurreição no domingo. Por isso, a Igreja, desde os apóstolos, guarda o domingo como o Dia do Senhor.
Jesus ressuscitou dentre os mortos no primeiro dia da semana (Mc 16, 2). Este primeiro dia, o da ressurreição de Cristo, lembra a primeira criação, enquanto o oitavo, que segue ao sábado, significa a nova criação, inaugurada em Cristo Jesus. Para os cristãos, o domingo se tornou o primeiro de todos os dias, de todas as festas: o Dia do Senhor. Dies Dominica – O domingo.
O Catecismo da Igreja Católica nos explica: guardar significa preservar para Deus. Guardar no sentido de não se ocupar com outras coisas que nos impeça de fazer o devido descanso, o repouso e, neste, se dedicar à oração (CIC 2185).
A Igreja diz: aos domingos e nos outros dias de festa e de preceito os fiéis têm obrigação de participar da missa. Satisfaz o preceito dessa participação, quem aceita a missa celebrada no rito católico no dia de festa, ou à tarde do dia anterior. Por isso, a liturgia do sábado à noite já é a do domingo (CIC 2180).
Continua o Catecismo: “Por isso, os fiéis são obrigados a participar da Eucaristia nos dias de preceito. Só há motivos muito sérios que justifique, por exemplo: doença grave, cuidados com bebês, ou se forem dispensados pelo próprio pastor. Aqueles que deliberadamente faltam à obrigação da missa dominical cometem pecado grave” (CIC 2181).
O domingo deve ser dedicado a boas obras, evangelização, catequese, caridade, serviço aos doentes e aos idosos. É o dia de ir à missa, de visitar os parentes, de descanso e de reflexão.
A Igreja pede isso, porque estamos entrando numa máquina de mercado e nos esquecemos que somos de carne e osso, não somos robôs. Não é um dia de ficar fazendo bico ou trabalhos extras. O ser humano precisa de descanso, precisa estar em equilíbrio.
O domingo é o dia de se dedicar à família, de reunirem-se todos juntos para as refeições. É o dia de conversa, bate-papo, risada. E isso está faltando nas famílias. Está faltando o pai contar “causos”; o filho perguntar. Está faltando um saber da vida do outro.
Infelizmente, existem pessoas que necessitam trabalhar aos domingos e às vezes não é por opção, então diz a Igreja: busque outro dia de repouso e oração. No entanto, a Igreja diz aos patrões, que eles têm a obrigação de facilitar aos empregados, ao menos para irem à missa.
Além do domingo, as festas e dias santos que todo católico é obrigado a participar da Santa Missa, são: Natal; Epifania (festa dos Reis Magos); Ascensão de Jesus; Corpus Christi; solenidade de Santa Maria Mãe de Deus; Festa da Imaculada Conceição; Assunção de Nossa Senhora; Dia de São José; São Pedro e São Paulo; e a Festa de todos os santos (CIC 2177).

 

MANDAMENTOS DA IGREJA

 

1º Mandamento: Participar da Santa Missa nos Domingos e Dias-Santos.

A participação na Santa Missa do "Dia do Senhor" ou dos dias-santos de Guarda é um dever obrigatório para todo cristão batizado, porque Jesus Cristo ressuscitou no primeiro dia da semana, que é o Domingo.

"Por que buscais entre os mortos Aquele que está vivo? Não está aqui, mas ressuscitou. Lembrai-vos de como Ele vos disse, quando ainda estava na Galiléia" (Lucas 24, 5-6), Isto foi dito por dois Anjos às discípulas que foram ver o Corpo de Jesus no sepulcro. A Santa Missa é o Santo Sacrifício de Cristo que foi consumado no Calvário, sendo renovado e celebrado do nascer ao pôr-do-sol em todo o mundo pela salvação da humanidade. Faltar à Missa aos Domingos e Dias-santos sem nenhum motivo que impeça de assistí-la é considerada falta grave pela Igreja, ficando a pessoa impedida de receber Comunhão.

Os Dias-santos de Guarda são quatro:

-1º de Janeiro - Festa da Santa Mãe de Deus;

-Corpus Cristi (a data varia, de acordo com o Calendário Litúrgico da Igreja);

-Festa da Imaculada Conceição de Maria (8 de Dezembro);

-Festa do Natal (25 de Dezembro) em que se celebra o Nascimento do Salvador do mundo.

 

2º Mandamento: Confessar-se ao menos uma vez cada ano.

O segundo mandamento prescreve que o cristão batizado deve confessar-se ao menos uma vez por ano, mas como o gênero humano tem uma natureza, digamos, corrupta devido a herança do pecado original cometido pelos primeiros pais (Adão e Eva) no início da Criação, o espírito necessita de uma "limpeza espiritual" constante para não acumular muitas faltas ou pecados graves (mortais) que comprometem a salvação da alma.

É através do Sacramento da Reconciliação ou Confissão Sacramental que a Igreja de Cristo proporciona ao homem a reconciliação com Deus e com os irmãos, libertando com o perdão dos pecados. "Se vossos pecados forem escarlates, tornar-se-ão brancos como a neve! Se forem vermelhos como a púrpura, ficarão brancos como a lã!" (Isaías 1, 18).

 

3º Mandamento: Comungar ao menos pela Páscoa.

Comungar ao menos pela Páscoa ou "fazer a Páscoa" como prescreve a Igreja, é cumprir um dever muito antigo que já fazia o Povo de Deus do Antigo Testamento.

“Celebrar a Páscoa recebendo a Comunhão ou Eucaristia significa o encontro e comunhão com Jesus Cristo que liberta de todo o mal”.

Assim, fazer parte da celebração do mistério da Eucaristia é estar com Deus, em Cristo, de forma mais plena, mas somente isso será possível se o Cristão Católico estiver cumprindo com todos os mandamentos, conforme prescreve o Sacramento da Eucaristia.

 

4º Mandamento: Jejuar e não comer carne quando manda a Santa Igreja.

A Santa Igreja prescreve no quarto mandamento que a Quarta-feira de Cinzas e a Sexta-feira da Paixão são dias de se fazer jejum do corpo ou de alimentos com abstinência de carnes nestes dias, em respeito à Morte de Jesus Cristo na Cruz e como meios de penitenciar o corpo e o espírito, a fim de que os "canais da graça" sejam liberados da mancha dos pecados do egoísmo e do orgulho.

 

“Fazer penitências, às vezes, nos parece ser algo impossível, chato e por muitas vezes arrumamos desculpas para não fazermos. Mas, se pensarmos em tudo o que Cristo fez para nos salvar e olharmos o que nos é pedido hoje, veremos que não será nem metade de tudo o que ele sofreu. Então, peço que tenhamos fé, paciência e respeito por este mandamento e que saibamos usar o nosso jejum, em oração, da melhor forma que encontremos. Assim, imagino que a melhor forma de Jejuarmos é termos um propósito.  Escolha o teu!”

 

5º Mandamento: Pagar Dízimos, conforme o costume.

O quinto mandamento da Igreja informa que os fiéis cristãos batizados também são responsáveis pela construção do Reino de Deus aqui na terra, ou seja, pela construção e manutenção da Igreja. Isto é feito através da coleta do dízimo na missa ou até mesmo para aqueles que optam por pagar um quantia não fixa mensal

 Isto tudo auxilia os Seminários na formação dos Sacerdotes, que no futuro prestarão serviço a Deus e ao Seu Povo, que somos nós. "A messe é grande, mas os operários são poucos. Pedi, pois, ao Senhor da messe que envie operários para sua messe" (Mateus 9, 37-38).

Conforme o costume a Igreja, de certo modo, não estabelece uma quantia exata do que se deve pagar nas ofertas dos dízimos, mas devemos lembrar que a Igreja tem compromissos mensais, tal como contas de luz, água e telefone. Mas para cumprir este preceito, deve-se ter espontaneidade (você não deve ser obrigado por ninguém) e ter discrição (“que não saiba a mão esquerda o que a mão direita fez”).

DÍZIMO significa 10% do que ganhamos honestamente, produzimos, ou colhemos nos nas lavouras, nos rebanhos, etc. O dízimo é uma oferta ou oferenda que reservamos para Deus, em sinal de gratidão e reconhecimento pelos inúmeros benefícios que usufruímos da Natureza (a chuva, o sol, a terra, o ar, a água, as árvores, os animais, etc.); porém seu dízimo também pode ser ofertar-se em trabalho junto à Igreja, auxiliando assim a pescar mais almas para o caminho de Deus.

JESUS ratificou a necessidade das "ofertas" ou "oferendas" materiais à Sua Igreja, quando Ele observava como as pessoas colocavam suas quantias em dinheiro no "Cofre do Templo" : os ricos destinavam grandes quantias daquilo que lhes sobravam; uma pobre viúva destinou apenas duas pequenas moedas que eram do para seu próprio sustento. E Jesus disse que aquela pobre viúva pôs mais do que os outros porque ela dividiu do pouco que tinha para se manter, repartindo com Deus. Consequentemente, foi ela quem mais agradou a Deus. Disse Jesus: "Em verdade vos digo: esta pobre viúva pôs mais do que os outros. Pois todos aqueles lançaram nas ofertas de Deus o que lhes sobra; esta, porém, deu, da sua indigência, tudo o que lhe restava para o sustento" (Lucas 21, 3-4).