Mandamento II

 

9º Encontro – Mandamento II- Não tomar seu santo nome em vão

- Valorizar o que é sagrado (Corpus Christi e Pentecostes)

 

Objetivos

Ensinar os jovens a valorizar o que é sagrado.

Possibilitar aos catequizandos um maior conhecimento acerca das Festas de Pentecostes e de Corpus Christi

 

Preparação para

o encontro

Símbolos do Espírito Santo e da Eucaristia, jarra com água, suco ou café (bebida escura) – Bíblia, vela, flores, etc.

 

Acolhida

Oração inicial: Vinde Espírito Santo

 

Relembrar o encontro anterior.

 

Ver

Dinâmica

Dividi-los em 2 grupos e deixar que conversem e anotem o que sabem sobre Corpus Christi e Pentecostes (cada grupo fala de um).

Grupo1-

O que vocês sabem sobre Pentecostes?

O que aconteceu no dia de Pentecostes ?

Quem é o paráclito? Qual é a sua obra?

Leitura proposta: At 2, 1-18.

 

Grupo2-

O que vocês sabem sobre a Festa de Corpus Christi?

Por que neste dia participamos de uma Procissão? Quem já participou?

Como é esta procissão?

Leitura proposta:  Lc 24, 13-35.        

 

Iluminar

Reflexão

Trecho da Catequese de Bento XVI sobre São Tarcísio: aos Acólitos

 

“Quem foi São Tarcisio? Não temos muitas informações. Estamos nos primeiros séculos da história da Igreja, mais precisamente no terceiro século; é dito que ele era um jovem que frequentava as Catacumbas de São Calisto, aqui em Roma, e era muito fiel aos seus compromissos cristãos. Amava muito a Eucaristia e, por vários fatores, concluímos que, provavelmente, fosse um acólito ou um coroinha. Aqueles eram anos em que o Imperador Valeriano perseguia duramente os cristãos, que foram forçados a encontrar secretamente em casas particulares ou, por vezes, também nas catacumbas, para ouvir a Palavra de Deus, orar e celebrar a Santa Missa. Mesmo o costume de levar a Eucaristia aos prisioneiros e doentes tornava-se cada vez mais perigoso. Um dia, quando o sacerdote perguntou, como sempre fazia, quem estava disposto a levar a Eucaristia aos outros irmãos e irmãs que a estavam esperando, levantou-se o jovem Tarcísio e disse: "Envia-me". Aquele menino parecia demasiado jovem para um serviço assim tão exigente! "A minha juventude - disse Tarcísio - será o melhor refúgio para a Eucaristia". O sacerdote, convencido, lhe confiou aquele Pão precioso dizendo-lhe: "Tarcísio, lembra-te que um tesouro celeste é confiado aos teus débeis cuidados. Evite ruas movimentadas e não se esqueça de que as coisas santas não devem ser jogadas aos cães, nem as pérolas aos porcos. Protegerá com fidelidade e segurança os Sagrados Mistérios?". "Morrerei - disse Tarcisio decidido – antes de cedê-los". Ao longo do caminho, encontrou alguns amigos pela rua, que se aproximaram e pediram que se unisse a eles. À sua resposta negativa, esses – que eram pagãos – suspeitaram e se tornaram importunos, e perceberam que ele portava alguma coisa no peito e que parecia defender. Tentaram arrancá-la, mas foi em vão; a luta tornou-se mais e mais furiosa, especialmente quando souberam que Tarcísio era cristão; o chutaram, atiraram pedras, mas ele não cedeu. Moribundo, foi levado ao padre por um oficial pretoriano chamado Quadrato, que também havia se tornado, secretamente, cristão. Chegou sem vida, mas ainda segurava firme junto ao peito um pequeno linho com a Eucaristia. Foi imediatamente sepultado nas Catacumbas de São Calisto. O Papa Damaso fez uma inscrição para a tumba de São Tarcísio, segundo a qual o jovem morreu em 257. O Martirológio Romano fixa a data de 15 de agosto e, no próprio Martirológio, reporta-se também uma bela tradição oral, segundo a qual, sobre o corpo de São Tarcísio, não foi encontrado o Santíssimo Sacramento, nem nas mãos, nem entre as suas vestes. Ali é explicado que a partícula consagrada, defendida com a vida pelo pequeno mártir, havia se tornado carne de sua carne, formando assim, com o seu próprio corpo, uma única hóstia imaculada oferecida a Deus.

... A nós, provavelmente, não é pedido o martírio, mas Jesus nos pede a fidelidade nas pequenas coisas, o recolhimento interior, a participação interior, a nossa fé e o esforço de manter presente este tesouro na vida de todos os dias. Pede-nos a fidelidade nas tarefas diárias, o testemunho do Seu amor, frequentando a Igreja movidos por uma convicção interior e pela alegria da Sua presença. Assim, podemos também dar a conhecer aos nossos amigos que Jesus vive.”

 

Falar sobre o 2º Mandamento, que ele nos pede a valorizar o que é sagrado.

 

Exame de consciência.

Amando a Deus acima de tudo: Neguei a fé? Duvidei da existência de Deus? Escarneci da religião? Deixei de rezar por muito tempo? Declarei que o matrimônio, o sacerdócio, a confissão, a missa estão ultrapassados?

Não tomando o seu Santo Nome em vão: Cantei músicas blasfemas? Zombei da Igreja, das cerimônias religiosas ou de seus representantes? Falei mal do Santo Padre, o Papa? Acusei a Igreja de ser falsa, ou desonesta? Acusei Deus de injusto? Roguei pragas? Contei piadas em que Deus aparece como personagem, rindo dEle? Jurei em falso, ou à toa?

 

Agir

O fiel deve testemunhar o nome do Senhor, confessando sua fé sem ceder ao medo. O ato da pregação e o ato da catequese devem estar penetrados de adoração e de respeito pelo nome de Nosso Senhor, Jesus Cristo.

 

Celebrar

Oração Final: (o catequista fala e os jovens repetem)

Bendito seja Deus.

Bendito seja o seu Santo Nome.

Bendito seja Jesus Cristo, verdadeiro Deus e verdadeiro homem.

Bendito seja o nome de Jesus.

Bendito seja o seu Sacratíssimo Coração.

Bendito seja o seu preciosíssimo sangue.

Bendito seja Jesus Cristo no Santíssimo Sacramento do altar.

Bendito seja o Espírito Santo Paráclito.

Bendita seja a grande Mãe de Deus Maria Santíssima.

Bendita seja a sua Santa Imaculada Conceição.

Bendita seja a sua gloriosa Assunção.

Bendita seja o nome de Maria Virgem e Mãe.

Bendito seja São José, seu castíssimo esposo.

Bendito seja Deus nos seus Anjos e nos seus Santos.

Amém.

 

 

           


O segundo dos Dez Mandamentos da lei de Deus- por Pe. Reginaldo Manzotti

 

Nos dias de hoje muita gente se esqueceu dos Mandamentos da lei de Deus e, infelizmente, algumas pessoas acham que é algo obsoleto e ultrapassado. Por isso, vamos relembrar, como fizemos no artigo passado (O primeiro dos Dez Mandamentos da lei de Deus), e dessa vez tratarmos do segundo mandamento: “Não pronunciar o nome de Deus em vão” (Êxodo 20,7).
O nome do Senhor é santo. É sagrado. Nem mesmo os judeus pronunciavam. Estes, ao invés de Iavé, diziam Adonai, meu Senhor. E faziam isso por respeito. Por isso, este mandamento nos diz que nós não podemos abusar do nome de Deus. Devemos guardá-lo na memória, num silêncio de adoração amorosa.
“Não fará uso dele, a não ser para bendizê-lo, louvá-lo e glorificá-lo” (CIC – 1243). O segundo mandamento fala sobre o respeito e sentimento com relação a tudo o que é sagrado. E o sagrado deve ser adorado.
Lembremo-nos que profanar o sagrado é algo que muitas vezes acontece, a profanação daquilo que é santo. O cristão é chamado a testemunhar o nome do Senhor, confessando a sua fé, defendendo com zelo tudo o que ensina a Igreja.
São Cipriano de Cartago tem uma frase maravilhosa: quem não tem a Igreja por mãe, não tem Deus como pai. O novo catecismo ensina que o segundo mandamento proíbe o uso indevido do nome de Deus, de Jesus Cristo e das coisas sagradas.
E isso, chamamos de blasfêmia: um pecado grave contra o segundo mandamento, pois consiste em proferir contra Deus, interior ou exteriormente, palavras de ódio, de ofensa, de desafio. A proibição da blasfêmia se estende a tudo o que é divino. E Jesus expõe isso no segundo mandamento no sermão da montanha: “Ouvistes o que foi dito aos antigos. Não perjurarás, mas cumprirás os teus juramentos para com teu senhor. Eu, porém, vos digo: não jureis em hipótese alguma. Diga sim, quando é sim. Não, quando é não. O que passa disso vem do maligno” (Mt 5,33ss).
Deus chama cada um por seu nome. Por isso, o nome de cada pessoa é sagrado. O nome é o ícone da pessoa. Exige respeito em sinal da dignidade de quem o leva. O nome recebido é um nome eterno. No Reino, o caráter misterioso e único de cada pessoa marcada com o nome de Deus resplandecerá em plena luz. “Ao vencedor darei uma pedrinha branca na qual está escrito o nome novo, que ninguém conhece, exceto aquele que o recebe” (Ap 2,17). Por isso, o nome de Deus não foi feito para ser dito, manipulado, usado de forma indevida.
Por exemplo: pessoas que colocam nomes de santos em locais e depois utilizam disso como um lugar de exploração. Fere o segundo mandamento. Usar o nome de Deus numa mentira. Ou jurar em nome de Deus. Jesus pediu que não façamos: “Não jurarás em hipótese alguma. Sim quando é sim e não quando é não. O que passa disso vem do maligno” (Mt 5, 33).
Permaneçamos firmes na vivência da nossa fé, bendizendo e santificando o santo nome de Deus, como nos pede o segundo mandamento.

 

A promessa do Dom do Espírito Santo: Pentecostes e o nascimento da Igreja

 

História

Pentecostes era a festa celebrada 7 semanas ou 50 dias após a festa da Páscoa. Era a festa da ceifa. "Celebrará a festa das semanas, no tempo das primícias da ceifa do trigo, e a festa da colheita, no fim do ano" (Ex 34, 22) "Contarás sete semanas, a partir do momento em que meteres a foice em tua seara. Celebrarás então a festa das Semanas em honra do Senhor, teu Deus, apresentando a oferta espontânea de tua mão, a qual medirás segundo as bênçãos com que o Senhor, teu Deus, te cumulou. Alegrar-te-ás em presença do Senhor, teu Deus, com teu filho, tua filha, teu servo e tua serva, o levita que vive em teus muros, assim como o estrangeiro, o órfão e a viúva que vivem no meio de ti, no lugar escolhido pelo Senhor, teu Deus, para aí habitar o seu nome. Lembra-te de que foste escravo no Egito, e cuida de observar estas leis." (Dt 16 ,9-12)

Festa da ceifa comemorava a libertação do povo Hebreu da condição de escravos.

O que aconteceu após a ascensão de Jesus ?

“E comendo com eles, ordenou-lhes que não se afastassem de Jerusalém, mas que esperassem o cumprimento da promessa de seu Pai, que ouvistes, disse ele, da minha boca; porque João batizou na água, mas vós sereis batizados no Espírito Santo daqui há poucos dias. Assim reunidos, eles o interrogavam: Senhor, é porventura agora que ides instaurar o reino de Israel? Respondeu-lhes ele: Não vos pertence a vós saber os tempos nem os momentos que o Pai fixou em seu poder, mas descerá sobre vós o Espírito Santo e vos dará força; e sereis minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judéia e Samaria e até os confins do mundo.” (At 1, 4-8)

Qual a obra do Paráclito ?

“Entretanto, digo-vos a verdade: convém a vós que eu vá! Porque, se eu não for, o Paráclito (Espírito Santo) não virá a vós; mas se eu for, vo-lo enviarei. E, quando ele vier, convencerá o mundo a respeito do pecado, da justiça e do juízo.Convencerá o mundo a respeito do pecado, que consiste em não crer em mim.Ele o convencerá a respeito da justiça, porque eu me vou para junto do meu Pai e vós já não me vereis; ele o convencerá a respeito do juízo, que consiste em que o príncipe deste mundo já está julgado e condenado." (Jo 16 ,7-11)

O que aconteceu no dia de Pentecostes ?

No dia de Pentecostes , a Páscoa de Cristo se realiza na Efusão do Espírito Santo , que é manifestado , dado , e comunicado como Pessoa Divina da sua plenitude , o Cristo Senhor , derrama em profusão o Espírito Santo .

Neste dia é revelada plenamente a Santíssima Trindade. A partir deste dia o Reino anunciado por Cristo está aberto aos que nele crêem, na humildade da carne e na fé, eles participam já da Comunhão da Santíssima Trindade.

O Espírito Santo foi enviado no dia de Pentecostes para santificar a Igreja permanentemente. Foi então que a Igreja se manifestou publicamente diante da multidão e começou a difusão do E evangelho com a pregação.

Para realizar a sua missão o Espírito Santo dota e dirige a Igreja mediante os diversos dons hierárquicos e carismáticos.

O dom do Espírito Santo inaugura um tempo novo na dispensação do mistério: o tempo da Igreja , durante o qual Cristo manifesta, torna presente e comunica a sua obra de salvação pela liturgia de sua Igreja.

"Chegando o dia de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar. De repente, veio do céu um ruído, como se soprasse um vento impetuoso, e encheu toda a casa onde estavam sentados. Apareceu-lhes então uma espécie de línguas de fogo que se repartiram e pousaram sobre cada um deles. Ficaram todos cheios do Espírito Santo e começaram a falar em línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem." (At 2 ,1-4)

 

Corpus Christi

 

Origem da Celebração

A celebração teve origem em 1243, em Liège, na Bélgica, no século XIII, quando a freira Juliana de Cornion teria tido visões de Cristo demonstrando-lhe desejo de que o mistério da Eucaristia fosse celebrado com destaque.

Em 1264, o Papa Urbano IV através da Bula Papal “Trasnsiturus de hoc mundo”, estendeu a festa para toda a Igreja, pedindo a São Tomás de Aquino que preparasse as leituras e textos litúrgicos que, até hoje, são usados durante a celebração. Compôs o hino “Lauda Sion Salvatorem” (Louva, ó Sião, o Salvador), ainda hoje usado e cantado nas liturgias do dia pelos mais de 400 mil sacerdotes nos cinco continentes.

A procissão com a Hóstia consagrada conduzida em um ostensório é datada de 1274. Foi na época barroca, contudo, que ela se tornou um grande cortejo de ação de graças.

No Brasil

No Brasil, a festa passou a integrar o calendário religioso de Brasília, em 1961, quando uma pequena procissão saiu da Igreja de madeira de Santo Antônio e seguiu até a Igrejinha de Nossa Senhora de Fátima. A tradição de enfeitar as ruas surgiu em Ouro Preto, cidade histórica do interior de Minas Gerais.

A celebração de Corpus Christi consta de uma missa, procissão e adoração ao Santíssimo Sacramento.

A procissão lembra a caminhada do povo de Deus, que é peregrino, em busca da Terra Prometida. No Antigo Testamento esse povo foi alimentado com maná, no deserto. Hoje, ele é alimentado com o próprio Corpo de Cristo.

Durante a Missa o celebrante consagra duas hóstias: uma é consumida e a outra, apresentada aos fiéis para adoração. Essa hóstia permanece no meio da comunidade, como sinal da presença de Cristo vivo no coração de sua Igreja.