Eucaristia: centro da vida cristã
Objetivos Que os catequizandos compreendam e sintam motivação para viver em profundidade o mistério da Eucaristia.
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Preparação para o encontro Numa mesa, pedaços de pão e copos de suco, Bíblia, vela acesa, e, se possível, o Missal Romano.
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Acolhida Oração inicial: Pai Nosso
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Ver Fazer um debate, bem livre e espontâneo, dando aos adolescentes a oportunidade de expressar seus pensamentos e idéias. Iniciar perguntando: Vocês estão fazendo da Eucaristia o centro de suas vidas? Vocês sentem que estão preparados para viver o Sacramento da Eucaristia? Quem não está, está buscando o Sacramento da Confissão? Quem participa das missas aos domingos? Orientar os jovens que, para viver o Sacramento da Eucaristia é preciso confessar sempre que sentir necessidade. Se possível, marcar com o Pároco este momento para os jovens.
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Iluminar Ler Mc 14,22-25 (Falar sobre a instituição da Eucaristia) Depois da leitura bíblica, motive e oriente os catequizandos para: Observar a despedida de Jesus. Sofreu ao extremo, como é típico nos momentos que antecedem uma execução. O lado humano de Jesus o levou a transpirar sangue. Os apóstolos se espalham entre a multidão. Fingem, mentem, calam-se. O medo toma conta de todos. Todo esse clima circunda o momento da despedida de Jesus. Identificar que Jesus, após consolar-se com o Pai, vai ao encontro do sacrifício de si mesmo. A vida, para tê-la em sua plenitude, é para ser doada até as últimas consequências. Compreender que este é o sentido da refeição final de Jesus: a Última Ceia é um recado muito importante: “Tomem, isto é meu corpo... isto é meu sangue”. Alimentar-se com esse “alimento de fé” nos faz participantes desse mistério da redenção que Deus tem em seu projeto. Ele determinou que a vida tem a última palavra e que a morte será vencida. Um desafio que só Ele mesmo pode enfrentar. Nossa participação nesse mistério da fé se realiza pelos gestos de comer o pão e beber do vinho consagrados, à espera daquele que está vindo sempre na vida humana, até o dia em que todos participarmos da vida definitiva com Ele. É este o sentido daquela aclamação que fazemos nas celebrações eucarísticas “Anunciamos, Senhor, a vossa morte e proclamamos a vossa ressurreição. Vinde, Senhor Jesus!” Ou: “Todas as vezes que comemos deste pão e bebemos deste cálice, anunciamos, Senhor, a vossa morte, enquanto esperamos a vossa vinda!"
EUCARISTIA - CENTRO DA FÉ CRISTÃ
A Eucaristia é o centro da fé que congrega os cristãos do mundo inteiro, em face da realidade que NOSSO SENHOR JESUS CRISTO está presente em Corpo, Sangue, Alma e Divindade na Hóstia e no Vinho Consagrados. Foi a maneira sensível escolhida pelo SENHOR para permanecer junto de todos aqueles que O amam e necessitam de seu Divino auxílio. A Instituição da Eucaristia não é nenhuma fantasia, não foi inventada pela Igreja Católica Apostólica Romana e também não é uma representação do DEUS Vivo, mas a Presença Real e Adorável do SENHOR no meio do povo que ELE mesmo criou, guia, sustenta, inspira e protege ao curso da existência, a fim de que cada pessoa possa sentir o prazer de viver, tenha condições de cumprir com mais empenho, dignidade e júbilo a sua missão existencial, santificando a sua vida e construindo na eternidade a sua morada definitiva. E para ajudar-nos nesta caminhada é o principal motivo porque JESUS decidiu permanecer junto de nós. FATOS QUE ANTECEDERAM A INSTITUIÇÃO DA EUCARISTIA O primeiro milagre público do SENHOR foi em Cana da Galiléia, a pedido de Sua MÃE, transformando água em vinho, impressionando os Discípulos pela grandeza do poder Divino, conforme está no Evangelho escrito por São João. (Jo 2,2-11) Esta manifestação, realça de maneira admirável e inquestionável, o poder de intercessão da MÃE de JESUS. Da mesma forma, revestido de poder Divino, o SENHOR realizou o magnífico e admirável Milagre da Multiplicação dos Pães, que foi descrito e realçado pelos quatro evangelistas: São Mateus (Mt 14,16-21), (Mt 15,32-38), por São Marcos (Mc 6,35-44), São Lucas (Lc 9,13-17) e por São João Evangelista (Jo 6,1-13). Nele, NOSSO SENHOR propõem a idéia, de que a multiplicação abundante do pão para saciar uma multidão faminta, faz uma concreta alusão e prefigura na mente da humanidade, a Sagrada Eucaristia, que é o seu Corpo, Sangue, Alma e Divindade, para a vida do mundo. Jesus dizia: "Trabalhai, não pelo alimento que se perde, mas pelo alimento que permanece até a vida eterna, alimento que o FILHO do Homem vos dará, pois DEUS, o PAI, O marcou com um selo".(Jo 6,27) Quando os Discípulos perguntaram, onde está a comida eterna? JESUS lhes respondeu: "EU sou o Pão da Vida. Quem vem a MIM, nunca mais terá fome e o que crê em MIM nunca mais terá sede". (Jo 6,35) Ouvindo estas palavras, alguns daqueles que O seguiam começaram a murmurar, dizendo que aquilo não era possível porque ELE era o Filho de José o Carpinteiro, que todos conheciam, então, como poderia ser o Pão descido do Céu, o Pão da Vida? JESUS vendo a descrença daqueles homens, argumentou: "EU sou o Pão da Vida. Vossos pais comeram o maná no deserto e morreram. Este Pão (ELE, JESUS) é o que desce do Céu para que não pereça quem dele comer" (Jo 6,48-50) Era necessário insistir e continuar com sua autêntica argumentação. ELE disse: "EU sou o Pão Vivo descido do Céu. Quem comer deste Pão viverá eternamente. O Pão que EU darei é a Minha Carne para a vida do mundo". (Jo 6,51)
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Agir Motivar os catequizandos a dar uma oportunidade de alguém saciar sua fome. Procurar descobrir a melhor forma de realizar essa ação. Lembrar que essa oportunidade não será a única vez que pode fazê-la. Há muitas pessoas que necessitam de alimento. Muitas vezes, em vez de procurar, ela vêm ao nosso encontro e pedem. Ver as sugestões da turma.
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Celebrar Realize um momento de oração sob a forma de uma pequena ceia com pão e, se possível, suco da cor vermelha. Proceda da seguinte forma: Destaque que é apenas um momento de oração para ilustrar o que foi a ceia e não uma imitação da celebração eucarística. Dê a cada catequizando um pedaço de pão e, ao parti-lo, cada um pode realizar uma oração espontânea. Tome o momento solene, respeitoso, íntimo. Realize a partilha do pão em que um dá um pedaço de pão ao outro – como gesto de disposição de servir ao próximo.
Ao repartir o pão, fazer uma oração, comprometendo-se a viver a Eucaristia.
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QUEBRANDO A CUCA...
Na Eucaristia está o centro de toda vida cristã. A comunhão fraterna, expressando uma vida de partilha e amor fraterno, é o sentido mais profundo da vida cristã. Mas a razão de tudo isso é a presença de Jesus Cristo ressuscitado.
Para compreender isso é necessário observar a realidade da vida. Observar como a vida humana é frágil e passageira. Perceber que todos têm o sonho de viver em plenitude – a felicidade completa e eterna.
Para que isso seja possível é necessário optar por uma vida diferente. Por isso celebramos na Eucaristia a vida nova de Cristo. Uma vida nova voltada para Deus, a fonte da vida plena. Mas não dá para viver duas vidas ao mesmo tempo. É necessário passar pela morte – a morte de Cristo, mas também a nossa morte como pessoas ligadas a uma vida passageira. Para ressuscitar para uma vida nova.
A vida que deixamos para trás é uma vida de egoísmo. Em que queremos tudo para nós. Abandonamos a mesquinharia, os vícios – que nos roubam a vida verdadeira em troca de sensações e prazeres passageiros.
Na Eucaristia fazemos memória do sacrifício de Cristo (CIC 1363 – 1372).
Fazer memória é o mesmo que lembrar – A primeira parte é repetir a ceia. Para isso são repetidas as palavras que o próprio Jesus usou quando abençoou o pão e o vinho.
A Eucaristia também é sacrifício – Jesus doou sua vida por todos nós. Para concluir toda doação, Jesus realizou com os apóstolos uma ceia. E foi durante essa refeição que Ele assumiu definitivamente a escolha: sua vida seria doada em sacrifício por toda a humanidade. Hoje celebramos com símbolos, mas a Última Ceia de Jesus foi com sua própria carne e seu sangue que foram derramados na cruz. Jesus não fez de conta, mas viveu uma vida real sem se livrar das dores e das dúvidas humanas, mas apoiado na esperança e no conforto de Deus Pai.
Jesus está presente na Eucaristia – Pelas palavras pronunciadas na Consagração, Cristo se torna verdadeiramente presente sob as espécies do pão e do vinho. Chamamos tal mistério de transubstanciação (a substância se transforma): o pão e o vinho se tornam uma outra realidade – o corpo e o sangue do Senhor. A presença eucarística do Senhor é claramente expressa no discurso do pão da vida (cf. Jo 6, 22-59).
Comungamos com Deus e com os irmãos – É formar uma grande família dos filhos de Deus. Comungar significa tornar-se um. É unir-se com os irmãos e com Deus. “Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele” (Jo 6, 56). A Eucaristia nos une a Cristo, dando-nos a graça de progredirmos na santidade, apagando os pecados veniais. Quem comunga pode dizer como São Paulo: ”Eu vivo, mas já não sou eu, é Cristo que vive em mim” (Gl 2,20).
Eucaristia é a festa da glória que há de vir – É experimentar a vida no Reino de Deus. Onde não haverá tristeza, nem choro, mas alegria e consolação. Onde ninguém vai se sentir só, mas formando uma grande família onde a lei é a generosidade, a doação, onde o medo e a insegurança dão lugar à presença constante de Deus, que é a fonte da vida.
Quem participa do banquete da Eucaristia se compromete a se unir ao sofrimento e a à ressurreição de Cristo, imitá-lo na sua vida, doar sua vida, morrer com Ele para, finalmente, participar de sua ressurreição. Ajudar na construção do Reino definitivo por meio da justiça, paz e fraternidade.
Crescer em Comunhão, Livro do Catequista, Editora Vozes, Vol. V, p. 68, 2008
MAIS UM POUQUINHO
CIC 1322 a 1344, 1391 a 1394
Na Missa se faz memória dos gestos de Jesus quando instituiu a Eucaristia. Isso acontece durante a Oração Eucarística. É a oração principal da Missa. Dentro dela temos a consagração, momento em que o pão e o vinho se tornam o Corpo e Sangue de Cristo, repetindo as mesmas palavras de Jesus ao se despedir dos apóstolos e suportar o sacrifício na cruz.
A cruz tem tudo a ver com esse gesto – A doação real e verdadeira de sua vida por todos os que comungam com a proposta do Reino de Deus. Era a última refeição de Jesus antes de sofrer, morrer e ressuscitar para a vida definitiva no Reino. É nessa ceia que Jesus passa a responsabilidade e o testamento para os apóstolos.
Nossa participação nesse mistério da fé se realiza pelos gestos de comer o pão e beber do vinho consagrados, à espera daquele que está vindo sempre na vida humana, até o dia em que todos participarmos da vida definitiva com Ele. É este o sentido daquela aclamação que fazemos nas celebrações eucarísticas: “Anunciamos, Senhor, a vossa morte e proclamamos a vossa ressurreição. Vinde, Senhor Jesus!” Ou: “Todas as vezes que comemos deste pão e bebemos deste cálice, anunciamos, Senhor, a vossa morte, enquanto esperamos a vossa vinda!”
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