Mandamento VI

Sei quem eu sou- Castidade

Mandamento VI- Não pecar contra a castidade

 

Objetivos

Destacar a castidade cristã como virtude, isto é, como força especial diante de práticas desprovidas de amor e responsabilidade.

 

Preparação para o encontro

Bíblias;

 

Acolhida

Oração inicial: Ave Maria

Disse nosso Senhor Jesus Cristo: “A lâmpada do corpo é o olho. Portanto, se o teu olho estiver são, todo o teu corpo ficará iluminado; mas se o teu olho estiver doente, todo o teu corpo ficará escuro. Pois se a luz que há em ti são trevas, quão grande serão as trevas”! (Mateus 6, 22-23)

 

Ver

Quem é Você?

 Que é o homem, para que com ele Te importes? E o Filho do homem, para que com ele Te preocupes? Salmo 8:4

Tempo começa, tempo termina, vira ano, vira século e continuamos fazendo as mesmas perguntas: “Quem sou eu, de onde vim, para onde vou, por que estou aqui?” E agora, outra pergunta mais recente: “Eles sabem que eu estou aqui?”
Anthony Campolo conta a história do que aconteceu com um grupo de 200 franceses que, após a Segunda Guerra, voltaram a Paris sofrendo de amnésia. Tinham sido tão maltratados nos campos de concentração que perderam a consciência de quem eram e de onde tinham vindo.
Com a ajuda da Cruz Vermelha e de alguns dos colegas de prisão, a identidade de 170 deles foi recuperada. Mas havia 30 homens cuja identidade parecia impossível de se encontrar. Os médicos que tratavam desses homens disseram que, a menos que amigos ou familiares os identificassem, a oportunidade de recuperação seria nula.
Alguém deu a idéia de colocar a fotografia dos homens na primeira página dos principais jornais do país. Mencionava-se que, se alguém conhecesse algum deles, deveria comparecer à Ópera de Paris em determinado dia e hora para vê-los e ajudar a encontrar sua identidade.
No dia estabelecido, uma multidão se reuniu para ver os veteranos de guerra. De maneira espirituosa, o primeiro homem vítima de amnésia subiu ao palco da ópera parisiense. Sob um forte refletor, deu lentamente uma volta de 360 graus e, diante da multidão silenciosa, perguntou: “Alguém de vocês sabe quem sou?” Felizmente, o plano funcionou. Todos eles foram identificados.
Quando alguém nos pergunta quem somos, a primeira coisa que mencionamos é nosso nome. Se há tempo, falamos de nosso trabalho porque acreditamos que aquilo que fazemos determina nossa identidade. Ou então mencionamos aqueles com quem nos relacionamos: jogo no time de basquete, toco na orquestra, canto no coral, etc.
E você sabe quem você é?
Uma das melhores maneiras de descobrir nossa verdadeira identidade é perceber quem somos em Cristo: Sou “o sal da terra” e “a luz do mundo” (Mt 5:13, 14). Sou “filho de Deus” (Jo 1:12). Fui escolhido para sair e dar fruto (Jo 15:16). Sou “co-herdeiro com Cristo” (Rm 8:17). Sou “nova criação” (2Co 5:17). “Tudo posso nAquele que me fortalece” (Fp 4:13).

autoria desconhecida

 

Mas o que precisamos fazer para ser “nova criação” e receber todas as bençãos e graças que Jesus conquistou para nós?

É preciso ser santo. Ser santo é imitar as virtudes de Jesus... manso, humilde, puro,... livre.

Quem é livre não vive prezo às paixões, não tem mancha, é puro, casto.

Vejamos o que significa a palavra castidade:
Modo de ser casto! Casto é ser puro, sem mescla, é aquele que se abstém de relações sexuais ilegítimas ou imorais.. Castidade engloba , um conjunto de virtudes...  (fidelidade, honestidade, fraternidade, serenidade...) 
E essas virtudes nos ajudam a controlar nossas vontades... Nos ajudam a ter um domínio sobre nós mesmos... O verdadeiro Homem não é aquele que domina os outros, mas sim, aquele que é capaz de dominar a si mesmo. 
Ler o texto para reflexão.


O Catecismo da Igreja Católica nos ensina muito a respeito da castidade. 
Na citação 2339 diz : Ou o homem domina suas paixões e obtém a paz, ou se deixa subjugar por elas e se torna infeliz...
No número 2337 diz: A castidade significa a integração correta da sexualidade na pessoa e, com isso, a unidade interior do homem em seu corporal e espiritual... A virtude da castidade comporta, portanto, a integridade da pessoa e a integralidade da doação.
- Bem...viver a castidade é fazer a vontade de Deus... E qual é a vontade e o sonho de Deus em relação ao sexo, por exemplo?

-A castidade significa apenas “não fazer sexo”? Justifique.

A castidade significa o equilíbrio, o modo sadio como eu me conheço, me aceito e me respeito como pessoa e reconheço a dignidade do outro.

- Reflita sobre a Castidade nos dias de hoje.O que dificulta o nosso propósito de sermos castos?

-Quais os meios que temos para permanecer na castidade?Gl 5,16-24; Rm 8,5-17; Cl 3, 5-10 (se achar melhor, dividir em grupos para refletir a leitura).

 

Iluminar

Obs: - Falar sobre o tema "sexo" de acordo com a maturidade e idade dos catequizandos. Sobre o relacionamento "homem e mulher" com clareza, sem medos.
É nosso dever falar com os catequizandos sobre sexualidade e evitar criar neles medos, sentimentos de culpa, ou dizer que é algo ruim.

 

- Falar sobre pornografia e prostituição. Principalmente nos meios comunicação (ressaltar a internet)

- Falar sobre o namoro cristão, sobre o matrimônio e fidelidade.

 

6º Mandamento

Deus criou o homem e a mulher diferentes um do outro, para que no amor se completassem.O sexo é isso, o homem e a mulher que depois do casamento se unem e realizam um gesto de amor. Pecar contra a castidade é pecar contra a pureza.

“Não sabeis que o vosso corpo é templo do Espírito Santo, que habita em vós que o tendes de Deus e que não sois vossos? O templo de Deus é santo e vós sois esse templo, vós sois o templo de Deus vivo” (S. Paulo).

Exame de consciência.

Guardando a castidade: Tenho me vestido de maneira sensual? Provoquei os outros com meu comportamento? Fiz intriga para acabar namoros ou casamentos que eu não aprovava, ou cobiçava? Aprovo a prostituição? Sou promíscuo? Zombei da virgindade de alguém? Me envergonhei da minha virgindade, rejeitando-a?

 

Agir

Pensar sempre: o que vejo, o que ouço,o que toco, o que como, o que bebo, Jesus faria junto comigo?

 

Celebrar

- Fazer um momento de reflexão e meditação. Colocar uma música calma ao fundo. O tema da reflexão é: Nosso corpo é o Templo do Espírito Santo. (I Cor 6, 12-20)

 

Oração: Consagração do corpo

- Senhor, Tu me deste um corpo. Um corpo que me ajuda a cumprir minha missão na terra. Pelo batismo, fui consagrado a ti. Renovo hoje minha consagração. Coloco este meu corpo à Tua disposição. Dá-me domínio sobre ele. Que seja sempre instrumento para o bem. Dá-me um corpo resistente para o trabalho, capaz de enfrentar momentos difíceis, sempre para o serviço do irmão. Senhor, que o meu corpo seja a casa onde Tu possas morar. Amém.

 


Texto para Reflexão

 

Imagine que você acabou de ganhar uma FERRARI novinha em folha.  Agora, responda rápido: você entraria com ela em uma estrada de terra cheia de atoleiros? Você a entregaria para um estranho dirigir e se divertir um pouco? Você deixaria as pessoas sentarem-se no capô e mexer no que quisessem?  Utilizaria nela produtos de má qualidade que sabidamente danificariam a pintura ou o motor?

Se você respondeu NÃO para todas as perguntas, você é uma pessoa que sabe dar valor aos seus bens.

Muito bem.  Agora, pense e responda: você se submete a situações indignas? Deixa um estranho se aproveitar de você e se divertir um pouco, só pra poder beijar na boca? Você permite que as pessoas façam o que quiserem com você, contanto que seja “por amor”? Você abusa de álcool ou de qualquer outra coisa prejudicial, só pra ficar mais soltinho(a) na balada, mesmo sabendo que isso pode te induzir ao erro?

Bem, se você respondeu NÃO a todas as perguntas, você sabe dar valor a si mesmo e aos seus relacionamentos.  Mas… é possível que você tenha parado um pouco pra pensar e, talvez, dito: “ah… nada a ver.  Essas coisas não são nada demais”.

É engraçado.  Emprestar um carro caro como uma Ferrari a um desconhecido nos parece algo completamente absurdo e fora de questão.  Mas… dar um amasso e beijar na boca de alguém que você nunca viu antes na vida – e que às vezes nem sequer tem interesse em saber seu nome – não parece ser tão mal assim, desde que você possa se aproveitar também.

Ao ler estes parágrafos, você pensou que talvez devamos prestar mais atenção e dar mais valor à nossa dignidade? Se a resposta for SIM, você começou a entender o que significa CASTIDADE!

Coooomoooo assiiiiimmm? Castidade não é uma regra que proíbe tranzar antes do casamento? Não.  Não é uma regra seca e burra, como gostam de fazer você acreditar.  Ela vai muito além disso.  É um conselho de Pai.  Um mandamento que lhe diz para se valorizar e cuidar da sua dignidade em todos os momentos da sua vida.  Não importa se você é casado ou não!

E essa definição tem como consequência direta agir com absoluta responsabilidade consigo mesmo e com as pessoas a sua volta (relacionamentos).  E, quando falamos em proteger a nossa dignidade, o mínimo que devemos fazer é preservar o nosso corpo de quaisquer atitudes que não estejam à altura do valor infinito que temos.

Isso obviamente inclui a pegação generalizada que acontece nas baladas… Ah! Agora você ficou bolado, né?  Agora você me pergunta: é pecado beijar? Claro que não!  Mas fazer isso no sentido de diversão descompromissada (como é feito normalmente) coloca o nosso corpo no mesmo status de um videogame.  Pode ser mais gostoso, mas tem a mesma finalidade.  Entretenimento banal e… mais nada.  É isso que você quer para si mesmo?

Entendendo isso, todo o resto pode ser visto como consequência óbvia.  Sexo só por diversão é exatamente a mesma coisa.  Mas pode ter consequências mais sérias.  Muitas dizem: “ah… mas foi por amor”. Quem ama de verdade respeita e tem muito mais pra fazer do que se divertir com o corpo do outro; pode esperar o momento em que a responsabilidade de formar uma família possa ser assumida de verdade, dentro de um relacionamento estável, consagrado a Deus e contando com as Suas graças. Desconfie do discurso do “tudo por amor”.  Em geral, isso é discurso de homem tentando ganhar logo a única coisa que lhe interessa.  E, garanto, isso não é amor de verdade!

Todos temos hormônios e vontades quase incontroláveis.  Mas saiba que viver assim é possível,  mesmo não sendo fácil.

Sobretudo, acredite no sábio conselho de Deus.  Ele não teria se preocupado em colocar um mandamento se ele, de fato, não fosse bom e possível de ser obedecido.

Entenda que a castidade não é uma regra a seguir, mas um cuidado com a nossa própria dignidade e com a de todos os que estão a nossa volta, e que de alguma maneira se relacionam conosco.

Valorize-se.  Você é feito e amado por Deus a cada segundo da sua vida!

Fonte: https://ocatequista.com.br/?p=3740

 

O sexto dos Dez Mandamentos da Lei de Deus (por Pe. Reginaldo Manzotti)

 

“Ouvistes que foi dito aos antigos: Não cometerás adultério. Eu, porém, vos digo: todo aquele que lançar um olhar de cobiça para uma mulher, já adulterou com ela em seu coração. Se teu olho direito é para ti causa de queda, arranca-o e lança-o longe de ti, porque te é preferível perder-se um só dos teus membros, a que o teu corpo todo seja lançado na geena. E se tua mão direita é para ti causa de queda, corta-a e lança-a longe de ti, porque te é preferível perder-se um só dos teus membros, a que o teu corpo inteiro seja atirado na geena. Foi também dito: Todo aquele que rejeitar sua mulher, dê-lhe carta de divórcio. Eu, porém, vos digo: todo aquele que rejeita sua mulher, a faz tornar-se adúltera, a não ser que se trate de matrimônio falso; e todo aquele que desposa uma mulher rejeitada comete um adultério”. (Mt 5, 27-32)
A Palavra de Deus fala com clareza sobre o que está no plano ideal de Deus na criação. Portanto, os filhos, a educação sexual, os valores pelos quais lutamos tem que seguir esse ideal de matrimônio, a que se refere o sexto dos Dez Mandamentos de Lei de Deus – Não cometer adultério. Esse é o referencial.
Por mais que a sociedade tenha permitido o divórcio, este não pode ser o ideal de vida de um casal. Todo o cristão tem que seguir os mandamentos, revelados por Jesus, mas lembrando que entre o ideal e o real é preciso buscar sempre o bom senso.
O sexto mandamento enfatiza a pureza, isto é, não pecar contra a castidade. Por isso, devemos ver a sexualidade como um dom, um presente de Deus. Se não fosse algo desejado por Ele, o ser humano poderia procriar de formas diferentes. Por exemplo, as crianças poderiam nascer em árvores, mas não! Deus quis na sua onisciência e onipotência que o espermatozoide se encontrasse com o óvulo, que houvesse amor, prazer, fecundação e a criação.
Isso significa que a sexualidade integra a pessoa, porém implica num aprendizado do domínio pessoal, que é a castidade – fruto da oração e da vivência dos sacramentos.
A vocação à castidade é uma integração correta da sexualidade na pessoa. E a sexualidade pertence ao ser humano. Ela é uma virtude que deve ser mantida a partir da temperança, do domínio de si mesmo, ou seja, um trabalho de longo prazo.
A castidade não e algo exclusivo de padres, religiosas e religiosos, pois existe em três âmbitos: a primeira dos esposos, a segunda da viuvez e a terceira da virgindade.
Os casados têm que viver a castidade entre eles. É fidelidade do marido para com a esposa e da esposa para com o marido. Na viuvez também tem que se viver a castidade. E uma pessoa que escolheu viver solteira, como os sacerdotes, religiosos e religiosas, tem que viver a castidade.
Existem casais que vivem a castidade conjugal, por problemas de impotência sexual por exemplo. O homem que se tornou impotente e a esposa, por amor, se tornou incontinente.
Enfim, a castidade no seu estado de vida é uma virtude e depende do esforço, seja ela em qualquer idade da vida. É uma virtude moral, é também um dom de Deus, uma graça, um fruto da obra espiritual. “O Espírito Santo concede o dom de imitar a pureza de Cristo” (1Jo 3, 3). Em outro texto encontramos: “O fruto do Espírito é o amor, o gozo, a paz, a longanimidade, a fidelidade e a castidade.” (Gl 5, 22).
Portanto, repito, apesar de ser fruto do esforço humano, a castidade é dom de Deus e fruto de uma obra espiritual.
Já a sexualidade é de toda a pessoa e diz respeito à afetividade, a capacidade de amar, de procriar, de criar vínculos de comunhão.
Quero lembrar, de forma positiva, que a vocação a castidade é uma integração correta da sexualidade na pessoa. E a sexualidade é reservada para os casais. O sexo fora do casamento é uma falta grave, não só contra Deus, mas contra a própria pessoa, e o prazer moralmente desordenado provoca a destruição da dignidade da pessoa.

Dando continuidade ao sexto Mandamento da Lei de Deus, “não cometerás adultério” (Êxodo 20, 14), lembremos que este enfatiza também a pureza, ou seja, a vida em castidade. A luxúria, um dos Sete Pecados Capitais, é uma das ofensas a esta Lei. Falo do desejo desregrado do prazer venéreo, ou seja, quando o prazer sexual é pelo próprio e único sentido do prazer, sem qualquer outra finalidade.
A castidade também é ofendida através da pornografia, sejam nos filmes ou no meretrício. Significa e consiste em retirar os atos sexuais e exibi-los de maneira deliberada. É um erro, porque desfigura o ato conjugal, o momento de doação, de entrega e fere a dignidade da pessoa.
Lembremos que Cristo condena o adultério, assim como os profetas. O adultério é uma injustiça, uma falta grave com os compromissos e fere o sinal da aliança, que é o vinculo do matrimônio.
O adúltero lesa, fere e denigre a imagem do cônjuge. Quando uma mulher trai, ela fere a dignidade do marido. Da mesma forma, quando o esposo trai, ele desfigura a esposa. São atitudes irreparáveis, porque prejudicam e quebram a aliança. É uma violência que se comete entre duas pessoas que se supunham “ser uma só carne”.

O adultério tem uma consequência gravíssima na vida pessoal, porque ela se divide. Divide seu coração, seu afeto e quase sempre um coração dividido no amor, divide no trabalho, nas relações e acaba em nada.
O adultério machuca profundamente os filhos e destrói a base da confiança familiar. Há quem diga: o que os olhos não veem o coração não sente. Sente! Sente quem foi traído e o que é pior: marca com uma “cicatriz” para sempre no coração dos filhos.
Nos dias de hoje, com os divórcios permitidos pela sociedade, mesmo não sendo o ideal da vida de um casal, o que percebo é que existem dois erros. O primeiro é achar que estando no segundo matrimônio, o casal já estaria excomungado e exposto ao inferno. Sendo assim, levam do jeito que der, mesmo pelo fato de não poderem confessar e comungar, ou seja, se der certo está bom, se não der, tudo bem.
Lembremos que as pessoas que não tiveram felicidade no primeiro casamento, não se encontrarão no segundo, no terceiro, no quarto ou no quinto se levarem uma vida sem seriedade e, infelizmente, tenho visto isto com muita frequência.
O segundo pensamento: tudo é permitido, tudo está certo, ou seja, a misericórdia de Deus cobre tudo. Tanto um como outro são equivocados. Duas visões que são erradas. Se não deu certo no primeiro, se esforce no segundo. Lembrem-se: fidelidade e respeito sempre. Caso contrário, passarão uma vida inteira sem se encontrar na vida afetiva e emocional.
Por isso, falo também para aqueles que estão no segundo casamento: procurem ter uma vida na presença de Deus. Não se afaste da presença de Deus. Lembremos que a reta conduta e a caridade cobrem uma multidão de pecados.

 

Como viver a castidade no mundo erotizado? (Prof. Felipe Aquino)

 

A lei de Deus afirma que o sexo só deve ser vivido no matrimônio; não há outro lugar para a vida sexual. "A mulher não pode dispor do seu corpo: ele pertence ao seu marido. E também o marido não pode dispor do seu corpo: ele pertence à sua esposa" (1 Cor 7,4). Note que São Paulo não fala em namorados e noivos, mas esposa e marido.

Paul Claudel, diplomata e escritor francês, disse: "A juventude não foi feita para o prazer, mas para o desafio". Estamos em um mundo erotizado até à exaustão, e tenho pena dos jovens por isso. Mas mesmo assim, Jesus continua a chamá-los, bravamente, a uma vida de castidade. Hoje isso é uma marca do verdadeiro jovem cristão.

Um jovem casto é um jovem forte, cheio de energias para sua vida profissional e moral. É na luta para manter a castidade que você se prepara para ser fiel à sua esposa amanhã. A grandeza de um homem não se mede pelo poder que possui de dominar os outros, mas pela capacidade de dominar a si mesmo. Gandhi dizia que:

"A castidade não é uma cultura de estufa... A castidade é uma das maiores disciplinas, sem a qual a mente não pode alcançar a firmeza necessária". E acrescenta: "A vida sem castidade parece-me vazia e animalesca". E também: "Um homem entregue aos prazeres perde o seu vigor, torna-se efeminado e vive cheio de medo" (Toschi Tomás, "Gandhi, mensagem para hoje", Editora Mundo três, SP, 1977, pg. 105ss).

Alguns querem se permitir um grau de intimidade "seguro", isto é, até que o "sinal vermelho seja aceso"; aí está um grave engano. Quase sempre o sinal vermelho é ultrapassado e, muitas vezes, acontece o que não deve. Quantas namoradas grávidas...

Para haver a castidade nos nossos atos é preciso que antes ela exista em nossos pensamentos e palavras. Jamais será casto aquele que permitir que os seus pensamentos, olhos, ouvidos, vagueiem pelo mundo do erotismo. O jovem e a jovem cristãos terão de lutar muito para não permitir que o relacionamento sexual os envolva e abafe o namoro. Jesus deu a receita da castidade: "Vigiai e orai" porque "a carne é fraca" (cf. Mt 26, 41).

O namoro não existe para que vocês conheçam os seus corpos... mas as suas almas. Um namoro puro só será possível com a graça de Deus, com a oração, a vida sacramental, a reza do Terço, com a vigilância e, sobretudo, quando os dois quiserem se preservar um para o outro. Será preciso, então, evitar todas as ocasiões que possam facilitar um relacionamento mais íntimo. O provérbio diz que "A ocasião faz o ladrão", e que "Quem brinca com o perigo nele perecerá". Se você sabe que, naquele lugar, naquele carro, naquela casa, etc., a tentação será maior do que suas forças, então, fuja desses locais. Essa é uma fuga justa e heróica.

É preciso lembrar às moças que o homem se excita principalmente pelos olhos. Então, cuidado com a roupa que você usa; com os decotes, com o comprimento das saias... Não ponha "pólvora" no sangue do seu namorado se você não quer vê-lo "explodir". O namoro não é o tempo de viver as carícias matrimoniais, pois elas são o prelúdio do ato sexual, o qual não deve ser realizado nessa fase. O que precisa haver entre os namorados é carinho, não as carícias íntimas. Muitas vezes os casais não se dão conta disso. Não provoque seu namorado.

Jovem cristão, você está diante de um belo e enorme desafio: viver a castidade no meio deste mundo "sexualizado" e erotizado ao extremo. Mas você sabe que quanto maior é a luta, mais valiosa é a vitória! Por isso eu lhe digo: se tivesse de dar uma medalha de ouro puro para um jovem que luta para ser casto ou para um general que ganhou uma grande batalha, eu a daria ao jovem.