Ser missionário

 

Objetivos

Refletir sobre as Missões e sua importância na vida cristã e da Igreja.

Identificar a vocação do cristão no mundo de hoje, atuante e transformador da Palavra de Deus.

 

Preparação para o encontro

Toalha, flores, bíblia,velas, sal

 

Acolhida

Oração inicial: Ave Maria.

 

- O que você pode fazer para ser missionário?

- Direcionar o encontro a partir do que o grupo pensa sobre o assunto.

 

Ver

Dinâmica: Pipoca sem e com sal

Preparar saquinhos de pipoca sem sal e pedir que comem. Comentar se a pipoca está boa.

Eles dirão que está sem sal. Entregar então o saleiro para colocarem sal na pipoca.

Comentar se agora ficou boa a pipoca.

 

Veja o que Jesus nos diz em Mt 5, 13-16

 

Explicação:

Os atributos do sal, usado na primeira sentença como metáfora aplicada a pessoas, são conservar certos alimentos ou dar sabor à comida, em quantidade suave. Aqui é destacado o aspecto do sabor. Aos discípulos é recomendado que sejam agradáveis e alegres em seu relacionamento com o mundo, particularmente por sua palavra pronunciada com sensatez: "A vossa palavra seja sempre agradável, temperada com sal, para saberdes como deveis responder a cada um" (Cl 4,6). 

Os discípulos são também a luz do mundo. O evangelho de João aplicará inúmeras vezes esta metáfora da luz a Jesus. A luz revela os detalhes da natureza dos objetos, inundando as trevas. É como a verdade, que revela a realidade dos fatos e da vida, afastando a falsidade e a mentira. Se a palavra do discípulo deve ser agradável, ela também não deixará de ser uma luz que revela a vontade de Deus denunciando a falácia dos valores e as ofertas de um mercado globalizado a serviço do dinheiro. 

A alegria e a verdade são manifestações do amor que une os discípulos em comunidades e que se irradiam, transformando o mundo.

 

Meditação

·                     Para mim, ser cristão é um compromisso sério, profético, exigente, que me obriga a testemunhar o “Reino”, mesmo em ambientes adversos, ou é um caminho “morno”, instalado, cômodo, de quem se sente em regra com Deus porque vai à missa ao domingo e cumpre alguns ritos que a Igreja sugere?

·                     Para aqueles com quem contato todos os dias, sou uma pessoa “sem sabor” ou sou uma nota de alegria, de entusiasmo, de otimismo, de esperança numa vida nova vivida ao jeito do Evangelho, ao jeito do “Reino”?

·                     Ser cristão é também ser luz acesa nas “escuridões” deste tempo, apontando os caminhos da vida, da liberdade, do amor, da fraternidade… Eu sou essa luz que aponta no sentido das coisas importantes, impedindo que a vida dos meus irmãos seja “gasta” em coisas sem sentido?

 

Contemplação

Deus é “a luz”, eu devo ser o reflexo desta luz, que através da minha fragilidade, apresenta a sua proposta de libertação e de vida nova ao mundo. Contemple a luz, deixe-se “iluminar” desta luz radiante, para que depois você possa refletir sempre mais esta poderosa luz.

 

Missão

“Uma das principais qualidades do missionário é a determinação e a força de vontade. Para ser um verdadeiro missionário é preciso ter vontade firme e ser constante. Deus não tolera as meias-vontades; estas jamais conseguirão realizar coisa alguma.” José Allamano

 

Iluminar

Outubro – Mês Missionário

 

- É desejo de Deus que todos se salvem, por isso Jesus antes de subir ao céu, deus a seguinte ordem aos discípulos: “Ide por todo o mundo, proclamai o Evangelho a toda criatura”. (Mc 16, 15)

- É desejo do Senhor que todos conheçam e pratiquem o Evangelho.

- Todos os cristãos são chamados a anunciar, pela vida e pela Palavra, o Evangelho, mas há pessoas que até deixam sua pátria e partem para longe para levar a Boa Nova da Salvação trazida por Jesus. Estas pessoas são os missionários.

- Todos nós somos convidados a ser missionários, pois podemos falar de Jesus, imitá-Lo, fazê-Lo conhecido e amado.

- Podemos ser missionários em nossa própria família, na escola. Se cada um de vocês viver realmente o que aprende na catequese, estará sendo um missionário.

 

Agir

Qual compromisso que o grupo irá ter a partir do encontro de hoje.

Santa Teresinha foi religiosa de clausura. Rezou e se sacrificou tanto pelos missionários que é considerada Padroeira dos Missionários. São Francisco Xavier também é o patrono dos missionários. Que tal descobrir a história destes dois santos, verdadeiros missionários?

 

Celebrar

Catequista: Para que a missão realmente seja assumida e o mês missionário não passe despercebido, perguntemo-nos seriamente:

1.º Será que Deus pode contar comigo?

2.º Estou disposto a empenhar minhas energias e até sofrer pela difusão da Boa Nova?

3.º O que eu estou fazendo para difundir a mensagem cristã?

4.º “Não podemos calar!” O que isso significa para nós?

5.º O Evangelho de Jesus deve ser anunciado! Ele é ainda pouco conhecido até entre nós. Quem deve fazer isso?

(Momento de silêncio e partilha a dois)

 

Senhor meu Deus peço-vos a coragem de ser um discípulo cheio de sabor. Num mundo onde todos parecem caminhar segundo as “modas” ditadas por uns poucos, que  o Senhor me ajude a ser decidido na  missão de dar sabor e luz ao mundo.

 

Pai nosso...

 


QUEBRANDO A CUCA...

“Recebereis o poder do Espírito Santo que virá sobre vós, para serdes minhas testemunhas em Jerusalém, em toda a Judéia e até os confins da terra” (At 1,8). Estas palavras exprimem o programa que Jesus legou aos seus discípulos e hoje a cada um e cada uma de nós.

É o Espírito que constitui realmente o movimento de Jesus: a primeira comunidade em Jerusalém e a missão para todos os povos. O Projeto de Jesus se expande para o futuro e abarca todos os povos da terra.

A ação do Espírito transforma Saulo, perseguidor, em Paulo, entusiasta, corajoso, testemunha do Ressuscitado nos diferentes contextos culturais e num grande missionário, chegando a dizer: “para mim, verdadeiramente, o viver é Cristo” (Fl 1,21), e a exclamar: “Ai de mim se não anunciar a Boa Notícia” (1Cor 9,16).

A gratuidade foi a marca da experiência que Paulo teve no dia de sua conversão. E esta gratuidade vai nortear sua vida e sustentá-lo nas crises.

 

1. A MISSÃO TRANSFORMA

A experiência na estrada de Damasco transformou, por dentro, o relacionamento de Paulo com Deus. A experiência da universalidade da Promessa e do amor de Deus marcou a sua missão.

Paulo funda e acompanha as comunidades com grande solicitude (Gl 2,9-10; 2Cor 11,28; 1Cor 9,22). O método desenvolvido em sua missão junto às comunidades pode servir de pista para a nossa ação evangelizadora junto às comunidades e no ministério da catequese hoje. Constitui uma página de ouro o texto de Romanos 12, 9-21 para toda a ação pastoral e catequética no século XXI.

A organização das comunidades foi acontecendo a partir das realidades, dos contextos culturais e se expressava de diferentes formas: o anúncio da Boa Nova: Jesus Ressuscitado, a oração e reflexão sobre os problemas, a indicação de pessoas mais idosas para animar e coordenar a comunidade, a acolhida aos novos que chegavam, o envio de missionários ambulantes que visitavam as comunidades, a divisão das atividades pastorais entre judeus e pagãos, as reuniões do ágape, onde celebravam a Ceia do Senhor, etc (1Tes 3,1-10; 5,12-15; 1Cor 6,1-11; 16,1-24).

 

2. O RELACIONAMENTO MISSIONÁRIO

Na fundação e no acompanhamento das comunidades, Paulo tinha uma comunicação intensa e de forma muito envolvente (2Tes 3,7). Ele sabia ser afável e acolhedor. Empolgava e conquistava os leigos e leigas, os casais, e os constituía seus colaboradores(as) eficientes e eficazes. A Igreja primitiva era a Igreja dos leigos e leigas! Cultivava amizades, lembrava das pessoas e mandava saudações nas cartas.

Animava as comunidades com visitas, com o envio de mensageiros, confirmava-as na caminhada e ajudava-as a superarem o isolamento em que viviam e a perceber a ligação com outras comunidades (Cl 4, 10; 1Tes 3,2.6; 2Cor 8,1-9,15).

Paulo soube ser duro e flexível na defesa dos valores da vida e do Evangelho, mas a dureza não apagou nele a capacidade de ser um amigo carinhoso e acolhedor, delicado e atencioso. Não perdeu a ternura! “Nossa glória e nossa alegria são vocês!”.

 

3. ATITUDES MISSIONÁRIAS

Paulo mantinha contato constante com as comunidades por ele fundadas e carregava dentro de si a preocupação com o conjunto todo e com cada uma em particular: “A minha preocupação cotidiana, a atenção que tenho por todas as Igrejas: quem fraqueja, sem que eu também me sinta fraco? Quem cai, sem que eu me sinta com febre?” (2Cor 11,28-29). A experiência da vida nova em Cristo que Paulo faz se expressa nas comunidades por ele fundadas. E esta vida nova se manifesta de muitas maneiras: dons, carismas, serviços, sinais, milagres, oração, reuniões, celebrações, coragem e alegria na caminhada. É a força do Ressuscitado que com o seu Espírito vai invadindo o mundo através do testemunho das comunidades.

Paulo também apresenta critérios de autenticidade da comunidade cristã: acolhimento da Palavra de Deus, que leva as pessoas a se converterem e formarem comunidade, o testemunho, que através do ser e do agir atualiza a presença e ação de Jesus Cristo (1Tes 2, 13-16).

A caminhada de Paulo é marcada por perseguições e sofrimentos: enfrenta dificuldades, conflitos internos e externos, conflitos de culturas, de mentalidades e de doutrina, confusões nas reuniões e celebrações, perseguições, calúnias, prisões, conflitos de lideranças.

 

4. SER MISSIONÁRIO (A)

A missão não nasce por iniciativa pessoal. É o Espírito Santo que, a partir da comunidade que reza, discerne, escolhe e envia pessoas para proclamar o Evangelho como força de Deus. Missão é encontro de pessoas no caminho; não na segurança de uma casa. É sair, ir, deslocar-se, caminhar, acolher...

O missionário(a) é o irmão, a irmã que acolhe na gratuidade o Dom da vida que é o outro, que cria relações novas, que aponta caminhos e constrói a estrada juntos.

Abraçar uma atitude missionária é vencer o comodismo e o medo, anunciar explicitamente Jesus Cristo e seu Reino, que deve ser inserido na vida das pessoas e dos grupos, levando sempre em conta as culturas, os ambientes sociais, a realidade contextualizada.

Esta atitude é fruto da esperança a que somos chamados, que está fundada nas promessas do Senhor Jesus e não em nossos projetos.

É preciso descobrir as aberturas do coração humano e seus anseios, como por exemplo a procura de solidariedade, de paz, de relações novas com a natureza, de defesa dos direitos humanos das minorias, da mulher...

Ser missionário(a) é ser uma pessoa possuída por Jesus, que, tocada pelo seu Espírito, não pode deixar de anunciar a Pessoa de Jesus e viver para o seu Reino. E, na prática, é fundamental cultivarmos uma comunidade de fé de tal forma que ela tenha poder de atração, que seja um sinal do amor evangélico, do convívio fraterno e de luta corajosa em favor da justiça, da paz e da solidariedade.

 

Outubro – Mês Missionário

1. O mundo não conhece a Deus. As civilizações se desenvolvem, a tecnologia avança, o homem conquista grandes descobertas - mas o mundo ainda não conhece Deus.

2. Há aqueles que não o conhecem porque sempre viveram em um ambiente de crendices, superstições, idolatrias e buscas de filosofias que não são cristãs como o espiritismo que nega a ressurreição de Cristo e, por isso, incompatível com a fé cristã católica, sendo até antagônica. Estes precisam que um missionário lhes mostre, com palavras, meditações e ações, a existência de um Deus uno e trino – Pai, Filho e Espírito Santo – que nos ama e que quer ser amado por nós, principalmente através do amor aos nossos semelhantes.

3. Há aqueles que já foram informados sobre esse Pai amantíssimo, mas a ganância, a violência, o egoísmo não lhes deixam conhecer realmente o projeto de felicidade que Deus tem para nós. É preciso que alguém lhes abra os olhos e os faça enxergar e viver as maravilhas do céu, cujo caminho não é o mais fácil, mas, certamente, é o mais seguro.

4. Infelizmente, há também aqueles que conhecem a ternura e o amor de Deus, mas, por isso mesmo, se acham tão melhores do que os outros, que se assentam em sua altivez, esquecendo que a humildade, a simplicidade nos conservam mais perto do Pai e que o orgulho nos afasta d'Ele.

5. Para todos esses, urge que surjam missionários dispostos a mostrar ao mundo o Deus verdadeiro, que é amoroso, simples: que aplaude a humildade e o serviço espontâneo e desinteressado.

6. O mês de outubro é considerado no seio da Igreja Católica como o mês das missões para lembrar-nos de nos tornar missionários, levando a Palavra de Deus a todos que, de uma maneira ou de outra, não a conhecem realmente.

7. O Santo Padre Bento XVI em sua mensagem para o dia das missões de 2010 nos exorta: “Queridos irmãos e irmãs, que o Dia Mundial das Missões seja ocasião útil para compreender sempre melhor que o testemunho do amor, alma da Missão, diz respeito a todos. De fato, servir o Evangelho não deve ser considerado uma aventura solitária, mas um compromisso compartilhado de todas as comunidades. Ao lado dos que estão na linha de frente nas fronteiras da evangelização – e refiro-me aqui com gratidão aos missionários e missionárias -muitos outros, crianças, jovens e adultos, com sua oração e cooperação, contribuem, de várias formas, para a difusão do Reino de Deus na terra. Desejo que esta co-participação, graças à colaboração de todos, aumente sempre”.

8. Por isso, como nos convoca o Santo Padre, não sejamos individualistas e vivendo uma fé intimistas, mas na missão de juntos construirmos a Igreja nos coloquemos como discípulos-missionários de Jesus Cristo, colocando a mão no arado e nos apresentando ao nosso Pároco, para que possamos como missionários levar o amor de Deus e a caridade àqueles que ainda não vivem uma fé que nos coloca nos espírito de redes de comunidade, na partilha e na caridade.

9. Por isso é preciso que nós, que somos cristãos conscientes, tomemos o mês de outubro como ocasião de reflexão e de ponto de partida para um trabalho que, embora seja árduo, é compensador e nos ajudará a construir um mundo melhor, que cada vez mais de pareça com o Céu.