Mandamento IV

Família igreja doméstica- Sagrada Família

Mandamento IV- Honrar pai e mãe

 

Objetivos

Valorizar a família.

Que os catequizandos tenham como meta de suas vidas o amor, respeito, obediência e gratidão aos pais.

 

Preparação para o encontro

Montar um altar com a Bíblia, velas, flores, uma imagem ou estampa da Sagrada Família ou um presépio.

Espalhe fotos de famílias (pode ser fotos das famílias dos catequizandos, se for possível).

 

Acolhida

Oração inicial: Ave Maria

 

Ver

Inicie o encontro pedindo para que os catequizandos falem sobre seu relacionamento familiar a partir das seguintes perguntas:

O que significa ter uma família?

Quem é minha família?

O que você mais gosta na sua família?

O que você menos gosta na sua família?

O que não pode faltar de forma nenhuma numa família para que ela seja feliz?

Quando criança necessitamos tanto dos nossos pais; pedimos colo, proteção, carinho. Por que quando chegamos a uma certa idade não mais agimos assim com nossos pais?

Por que algumas vezes até mesmo os desrespeitamos e nem mais ligamos para a preocupação que lhes causamos?

Nossos pais nos esperaram com amor, nos criaram, deram carinho e proteção. Você saberia dizer como eles se sentem quando desprezamos seu carinho, quando brigamos com eles e os desrespeitamos?

O que preciso fazer para melhorar o ambiente em minha casa?

Incentive-os a falar sem medo! Você pode pedir para os catequizandos partilharem estas perguntas em pequenos grupos, por exemplo, de três pessoas. Depois, um representante de cada grupo pode partilhar para toda a turma de catequese o que foi conversado.

Incentive os catequizandos a conversarem sobre o texto e depois escreverem sobre suas famílias.

 

Palavra de Deus: Mt 1, 18-25

O texto bíblico nos mostra algumas lições da Família de Nazaré: O “sim” de Maria e de José, com um alto preço; para Maria, o risco de apedrejamento; para José, o desapego de seu “ideal” de casamento; para Jesus, a obediência aos pais e os trinta anos de preparação para a Missão; para os três, fuga pelo deserto, pobreza, incompreensões, mudança radical de vida.

 

Iluminar

Dinâmica: A família que tenho ou A família que gostaria de ter

Objetivo: perceber as semelhanças e diferenças entre a família real e a desejada.

Material necessário: papel sulfite e lápis.

Desenvolvimento:

Grupo em círculo, sentado.

Distribuir a cada participante uma folha de papel e lápis.

Solicitar que façam um traço no meio da folha, escrevendo de um lado “A família que tenho” e, do outro, “A família que gostaria de ter”.

Pedir que descrevam, individualmente, sua família real e a desejada, nos locais correspondentes. Tempo.

Formar subgrupos para discussão dos seguintes pontos:

- Que pontos em comum eu encontro entre a família que tenho e a que gostaria de ter?

- O que há de semelhante entre a família que tenho e as dos demais componentes do subgrupo? O que há de semelhante entre a família que eu e meus companheiros gostaríamos de ter?

- O que é possível fazer para aproximar a família real da família ideal?

 

Qual é o 4º Mandamento? O que ele nos pede?

 

Plenário: apresentação das conclusões.

Palavra de Deus: Eclo 3, 5-17 / Eclo 7, 29-30 / Cl 3, 20 / Ef 6, 1-3

Dividir os catequizandos em dois grupos e distribuir para cada grupo duas leituras, da seguinte forma:

Grupo 1 – fará as leituras do Antigo Testamento: Eclo 3, 5-17 / Eclo 7, 29-30.

Grupo 2 – fará as leituras do Novo Testamento: Cl 3, 20 / Ef 6, 1-3

Após a leitura cada grupo irá preparar um breve teatro ou comentário, mostrando como honrar verdadeiramente aos pais.

 

Exame de consciência.

4º Honrando pai e mãe: Fui desobediente aos pais, autoridades ou superiores? Desejei-lhes algum mal, talvez a morte?

Obedeci-lhes em coisas contrárias à lei de Deus? Negligenciei como pai e mãe ou irmão mais velho, os deveres de educação e instrução religiosa?

 

Agir

Rezar todos os dias pelas suas famílias e manifestar um agradecimento, através de uma carta aos pais ou pessoas que os criaram, pelos bens materiais e espirituais que receberam deles.

 

Celebrar

Convide os catequizandos a ficar perto da imagem da Sagrada Família e das figuras das famílias dispostas sobre uma mesa ou no centro da sala.

Peça que pensem em uma atitude ou gesto de desrespeito que tiveram ou fizeram com os pais ou pessoas que os criaram.

Motive-os a escreverem em um papel esta atitude de desrespeito.

Promova um momento de pedido de perdão em que os catequizandos, após um breve momento de silêncio olhando a imagem da Sagrada Família, escutem uma música de perdão, enquanto rasgam os papéis para simbolizar o seu arrependimento pela atitude praticada.

Depois rezem juntos pelas suas famílias.

Oração: “Ó Pai, eu vos agradeço pela minha família, com suas virtudes e defeitos, com seus êxitos e fracassos. Ajudai-me a assumir e a realizar a minha parte na missão de tonar a minha família um lugar alegre e pleno de perdão e amor. Amém.”

 

 


 

SAIBA MAIS...

 

A família deve ser o lugar do aconchego, da segurança, o ninho para o qual se volta, o grupo com o qual sempre se conta. É nela que a gente aprende a viver, errando e acertando, contando com gente que nos quer bem. Pessoas de idades e experiências diferentes enriquecem o grupo familiar.

A convivência familiar é um bom espaço para cada um perceber os limites que ajudam a vivenciar os valores considerados importantes: liberdade, justiça e igualdade.

A família “é uma comunidade de fé, de esperança e de caridade; *...+ é uma comunhão de pessoas, vestígio e imagem da comunhão do Pai, do Filho e do Espírito Santo” (CIC 2204-2205). É com razão que o Concílio Vaticano II chamou essa pequena comunidade de “Igreja doméstica” (LG II). E se é comunhão, o que une seus membros é o amor mútuo, como nos ensina o Apóstolo: “que cada um de vós ame a sua mulher como a si mesmo, e a mulher respeite seu marido. Filhos, obedecei a vossos pais segundo o Senhor; porque isto é justo” (Ef 5, 33-6,1).

Nos pais, o amor se reflete pela educação que oferecem aos filhos. É seu dever educá-los “... como filhos de Deus e respeitá-los como pessoas humanas. Educam os filhos no cumprimento da Lei de Deus, mostrando-lhes eles mesmos obedientes à vontade do Pai dos Céus” (CIC 2222).

Nos filhos, o amor familiar reflete-se pelo respeito e obediência a seus pais, ou àqueles que fizerem suas vezes. Esse respeito deve ser fruto não apenas de obediência cega, mas do amor que brota naturalmente no coração daquele que se sente amado pelas pessoas que lhe deram a vida, amor, dedicação e trabalho por longos anos a fim de que pudesse crescer em estatura, em sabedoria e em graça (CIC 2215).

Por isso, “enquanto o filho viver na casa de seus pais, deve obedecer a toda solicitação dos pais que vise ao seu bem ou ao da família” (CIC 2217). Essa obediência se faz com amor, sem revoltas. Porém, não pode ser cega; se filho tiver plena convicção de que é moralmente mal obedecer às ordens dos pais, ele não deverá segui-las (CIC 2217).

O dever da obediência cessa na idade adulta, porém o respeito e gratidão aos pais jamais deve acabar. “Enquanto puderem, *os filhos+ devem dar-lhes ajuda material e moral, nos anos da velhice, e durante o tempo da doença, de solidão ou de angústia” (CIC 2218).

Apesar disso, não é raro ver filhos, sejam eles adultos, adolescentes e até mesmo crianças, que destratam seus pais ou aquelas pessoas que os criaram. Este ato é um grande erro diante de Deus e dos homens, pois reflete uma grande ingratidão diante de tamanho amor doado. Destratar os pais é desrespeitar o próprio Deus, fonte e origem de toda paternidade, de todo amor, de toda dedicação.

Crescer em Comunhão, Livro do Catequista, Ed. Vozes, Vol. IV, p. 58, 2008.

 

Quarto Mandamento: Honrar Pai e Mãe

1) Que nos ordena o quarto Mandamento: honrar pai e mãe?

O quarto Mandamento: honrar pai e mãe, ordena-nos respeitar o pai e a mãe, obedecer-lhes em tudo o que não é pecado, e auxiliá-los em suas necessidades espirituais e temporais.

2) Que nos proíbe o quarto Mandamento?

O quarto Mandamento proíbe-nos ofender os nossos pais com palavras, obras, ou de qualquer outra maneira.

3) Debaixo do nome de pai e de mãe, que mais pessoas compreende este Mandamento?

Debaixo do nome de pai e de mãe, este Mandamento também compreende todos os legítimos superiores tanto eclesiásticos como seculares, aos quais portanto devemos obedecer e respeitar.

4) De onde vem aos pais a autoridade demandar nos filhos, e aos filhos a obrigação de lhes obedecer?

A autoridade que os pais têm de mandar nos filhos, e a obrigação que têm os filhos de obedecer, vêm-lhes de Deus que constituiu e ordenou a família, a fim de que nela o homem encontre os primeiros meios necessários para o seu aperfeiçoamento material e espiritual.

5) Têm os pais deveres para com os filhos?

Os pais têm o dever de amar, cuidar e alimentar seus filhos, de prover à sua educação religiosa e civil, de dar-lhes o bom exemplo, de afastá-los das ocasiões de pecado, de corrigi-los nas suas faltas, e de auxiliá-los a abraçar o estado para o qual são chamados por Deus.

6) Deu-nos Deus o modelo da família perfeita?

Deus nos deu o modelo da família perfeita na Sagrada Família, na qual Jesus Cristo viveu sujeito a Maria Santíssima e a São José até aos trinta anos, isto é, até quando começou a desempenhar a missão que o Padre Eterno Lhe confiara, de pregar o Evangelho.

-- Catecismo de São Pio X, 1905.