Santos de calça jeans – auto-estima

 

 

 

Objetivos

Trabalhar a auto-estima e o auto-conhecimento, através da valorização do ser humano, criado à imagem de semelhança de Deus.

 

Preparação para o encontro

Figuras que mostrem a beleza das coisas criadas – flores, florestas, rios, cachoeiras, praias, animais de várias espécies e várias imagens de pessoas de idade, sexo, raça e classe social, sadios, doentes, portadores de deficiência, etc. – figuras bem variadas.

 

Acolhida

Oração inicial: Pai Nosso

 

Ver

Juninho e a árvore

 

Juninho estava voltando para casa e de repente viu uma coisa fantástica! Muito feliz com a novidade, resolveu correr para chegar bem rápido e poder contar a novidade à sua família.

Entrou correndo e foi logo procurar o pai:

- Pai! Pai! Você não vai acreditar no que eu vi!

O pai fez com o dedo um sinal para que se calasse, porque estava ao telefone.

- Mãe! Mãe! Sabe que eu vi? Um...

A mãe estava fazendo o irmãozinho dormir e fechou a cara, exigindo silêncio, antes que o bebê acordasse.

Ele então logo foi procurar o irmão mais velho, que estava com os amigos no quarto:

- Ei! Querem saber ...

- Sai fora cara! Não atrapalha! - e o irmão empurrou a porta do quarto, impedindo Juninho de entrar.

Aborrecido, sem ninguém para conversar saiu à rua ao encontro da árvore que adotara como amiga.

Mais tarde, ao sentirem sua falta, seus pais saíram à rua, preocupados à sua procura, e ao chegarem à pracinha ficaram surpresos ao ver Juninho, novamente, conversando com a árvore.

À noite os pais combinaram:

- Amanhã mesmo vamos levá-lo ao médico! Isso não está normal!

 

1. Você já viveu uma situação semelhante?

2. Como se sente quando ninguém tem tempo para você?

3. Você sabe reconhecer quando uma pessoa está realmente ocupada?

4. Em casa, você tem dedicado tempo aos familiares?

5. Seus familiares dedicam tempo a você?

 

Iluminar

Ler 1Jo 3, 1-2 –

Para começar uma experiência de auto-estima, que tal lembrar sempre que cada um de nós é filho de Deus? Ver a si mesmo como filho de Deus já não é suficiente para mudar todo o pensamento negativo que alguém possa ter sobre si mesmo?

O dito popular “Não sou dono do mundo, mas sou filho do dono” é uma grande verdade. O Universo e o nosso planeta são a casa paterna que Deus preparou para todos os seres vivos. E nós somos responsáveis por ela. Somos seres dotados de inteligência, liberdade, responsabilidade e capacidade de amar, qualidades que nos tornam semelhantes a Deus e nos capacitam a agir e transformar. Ele nos presenteou com a oportunidade de compartilhar de seu amor, inteligência e liberdade. Infelizmente, muitas pessoas não sabem que se assemelham a Deus. Por isso procuram a felicidade e a auto-realização nos bens materiais, na riqueza, na fama, no prazer e no egoísmo. Todos nascemos com o desejo da felicidade. Para isso fomos chamados ao mundo. Mas nossa felicidade surge à medida que nos preocupamos com a de quem nos rodeia e com quem nos unimos para superar as situações difíceis que impedem as pessoas de ter uma vida digna e feliz.

A Briga das Cores:

Levar para o encontro cartões com as cores verde, azul, amarela, laranja, vermelha, púrpura e violeta (o número de cartões vai depender do número de participantes). Colar no verso de cada cartão o texto “A briga das cores” – que se encontra no final do encontro.

 

Agir

A auto-estima pode ser conquistada e constitui o principal fundamento da auto-realização; com ela, temos mais tranquilidade nas decisões e escolhas.

Ajude alguém que precisa melhorar a auto-estima:

1. Lembrar que somos filhos de Deus, e o somos de fato!

2. Ver se a si mesmo como filho de Deus.

 

“Eu te criei, eu te formei. Não temas, pois eu te resgato, te chamo pelo nome, tu és meu. És precioso a meus olhos, eu te amo. Fica tranquilo porque estou contigo” (Is 43, 1-5)

 

Celebrar

Colocar os adolescentes assentados confortavelmente.

- Com uma música instrumental de fundo, falar sobre a importância do silêncio e da meditação para um maior conhecimento de si mesmo.

- Pedir aos adolescentes que pensem sobre si mesmos e visualizem situações concretas da vida: família, escola, amigos, brincadeiras, Igreja, etc.

-Continue motivando a reflexão individual com as seguintes questões:

1. A vida merece ser vivida?

2. Somente a vivem os que lutam, os que querem ser alguém?

3. Existem pessoas que não conseguem aproveitar bem a vida?

 

Pedir aos participantes que escrevam numa folha (ainda em clima de silêncio e meditação, podendo-se ter como fundo musical: “É preciso saber viver”, dos Titãs):

1. Quem sou eu? (enumerar os seus valores, qualidades e defeitos).

2. O que eu quero ser? (escrever o que quer com a vida, os seus objetivos e ilusões).

3. Como atuo para chegar ao que quero?

- Terminada a reflexão pessoal, formar grupos para partilhar.

- Avaliar a dinâmica perguntando: Como cada um se sentiu no momento da reflexão e do silêncio? E depois da dinâmica?

- Terminar motivando à oração, através de preces espontâneas de louvor e gratidão a Deus pela

 

 


 

MAIS UM POUQUINHO

 

Somos importantes

Normalmente, quando olhamos para nós mesmos não nos damos conta da beleza da vida. Isso é muito comum entre os adolescentes, principalmente quando começam a experimentar os conflitos ligados à educação, à família e à religião. Além disso, existe uma resistência natural em relação à própria imagem e uma tendência à autorrejeição, inclusive do próprio corpo. De modo geral, as experiências de sofrimento e rejeição são registradas no nosso inconsciente com mais força que as experiências positivas.

É preciso, então, despertar o ser humano para a grandeza da criação e da vida, para não se correr o risco de perda do sentido da vida e da história pessoal de salvação. É preciso mostrar que somos todos importantes, porque fomos criados por Deus como elemento principal de toda obra da criação. Isso vale para a humanidade como um todo, mas se aplica também ao ser humano na sua individualidade. A minha história pessoal: meu nome, minha família, minhas qualidades e defeitos... Tudo isso tem uma importância singular porque apontam para a minha personalidade.

Eu sou um ser único e irrepetível... Isso é maravilhoso! Que tal colocar os adolescentes a admirarem a criação através da contemplação de sua própria imagem? Podemos fazer isso até mesmo com o recurso de um espelho.

 

Somos diferentes das outras criaturas

O livro do Gênesis relata que o início da criação deu-se “fora do mundo”. Nada pode começar por si mesmo. Tudo começou nas mãos de Deus, em sua mente criadora, em seu espírito, em seu coração pleno de bondade. Deus é o Senhor do Universo. Mas, para valorizar nossas capacidades, entregou o planeta Terra aos nossos cuidados, fazendo-nos corresponsáveis pelo desenvolvimento das criaturas. Deus disse: “Dominai sobre os peixes do mar, as aves do céu e todos os animais que se movem pelo chão” (Gn 1,28).

Precisamos compreender que, neste caso, a palavra “dominar” não significa “usar de força ou violência”. Ao contrário, significa “cuidar, proteger, dar atenção a tudo o que existe”. A criação é bela e admirável. No entanto, o ser humano é a obra-prima, pois tem inteligência, amor e liberdade. Somos especiais, em relação às outras criaturas, pois possuímos dons que nos tornam semelhantes a Deus: Inteligência - além do ser humano ser capaz de pensar, refletir, compreender e conhecer a realidade e a própria existência de Deus tem consciência dos motivos, significados e destinos de nossa existência; Sentimento - os animais de estimação demonstram afeto e são capazes de se sacrificar pelo dono. Regidos pelo instinto, não compreendem o que sentem e são incapazes de refletir sobre isso. Já os seres humanos raciocinam e podem transformar os sentimentos; Liberdade - a inteligência e os sentimentos orientam a liberdade, para que possamos vencer o mal e tomar decisões corretas em relação a nós mesmos, aos que nos rodeiam e a toda a criação. Como somos as criaturas mais perfeitas, Deus nos convidou a ser responsáveis pelo mundo, a refletir e tomar decisões em favor da vida e do bem, dos seres vivos e da natureza.

 

Somos completos

A vida humana não é um simples processo biológico. Ela vem de dentro de nós e está em constante movimento: quando crescemos, desenvolvemo-nos e produzimos algo. Dessa forma, estamos construindo nossa existência. E assim vamos nos tornando completos. De acordo com estudos científicos, o ser humano utiliza menos de dez por cento de sua capacidade cerebral. Isso significa que somos seres complexos e que precisamos aprender a desenvolver não só nossa inteligência, mas também nossos talentos e dons, como a liberdade e o amor.

Pode-se dizer que conhecemos uma pequena parcela de nós mesmos e de tudo o que existe, ou seja, apenas dez por cento da beleza do mundo que existe à nossa volta. Captamos dez por cento da música e da poesia do Universo, sentimos um décimo dos perfumes da natureza e saboreamos a décima parte da felicidade de viver. Percebemos dez por cento da ternura, da surpresa e da admiração que nascem do amor e atingimos uma pequena fração do conhecimento do mundo.

A humanidade tem um longo caminho a percorrer rumo à perfeição, e cada um de nós também. Podemos imaginar como seria maravilhoso viver numa sociedade na qual o amor, a solidariedade e a amizade fossem os valores mais cultivados Isso não é impossível. Podemos começar por nós mesmos, em casa, na escola, no grupo de amigos. Basta lembrarmos a invenção do avião, do telefone e do computador, a conquista do espaço e outras descobertas no campo das ciências e o desenvolvimento das habilidades dos desportistas, dos ginastas, dos músicos e de tantos outros profissionais. Isso comprova que o ser humano tem todas as condições para aprimorar suas potencialidades.

 

Somos imagem e semelhança de Deus

O dito popular “Não sou dono do mundo, mas sou filho do dono” é uma grande verdade. O Universo e o nosso planeta são a casa paterna que Deus preparou para todos os seres vivos. E nós somos responsáveis por ela. Infelizmente, a sociedade é ainda muito desigual: poucos vivem com muito, e muitos, com pouco. Essa realidade nos impulsiona a mudar o mundo e colaborar para que todos se sintam filhos e filhas, irmãos e irmãs.

Somos seres dotados de inteligência, liberdade, responsabilidade e capacidade de amar, qualidades que nos tornam semelhantes a Deus e nos capacitam a agir e transformar. Ele nos presenteou com a oportunidade de compartilhar de seu amor, inteligência e liberdade. Infelizmente, muitas pessoas não sabem que se assemelham a Deus. Por isso procuram a felicidade e a autorrealização nos bens materiais, na riqueza, na fama, no prazer e no egoísmo. Todos nascemos com o desejo da felicidade. Para isso fomos chamados ao mundo. Mas nossa felicidade surge à medida que nos preocupamos com a de quem nos rodeia e com quem nos unimos para superar as situações difíceis que impedem as pessoas de ter uma vida digna e feliz.

Mais uma História – Acreditar e agir

Um viajante ia caminhando em solo distante, às margens de um grande lago de águas cristalinas. Seu destino era a outra margem.

Suspirou profundamente enquanto tentava fixar o olhar no horizonte. A voz de um homem idoso, um barqueiro, quebrou o silêncio oferecendo-se para transportá-lo.

O pequeno barco envelhecido, no qual a travessia seria realizada, era provido de dois remos de madeira de carvalho. Logo seus olhos perceberiam o que pareciam ser letras em cada remo. Ao colocar os pés empoeirados dentro do barco, o viajante pode observar que se tratava de duas palavras, num deles estava entalhada a palavra ACREDITAR e no outro AGIR.

Não podendo conter a curiosidade, o viajante perguntou a razão daqueles nomes originais dados aos remos. O barqueiro respondeu pegando o remo chamado ACREDITAR e remou com todo vigor. O barco, então, começou a dar voltas sem sair do lugar em que estava. Em seguida, pegou o remo AGIR e remou com todo vigor. Novamente o barco girou em sentido oposto, sem ir adiante.

Finalmente, o velho barqueiro, segurando os dois remos, remou com eles simultaneamente e o barco, impulsionado por ambos os lados, navegou através das águas do lago chegando ao seu destino. Na outra margem, então o barqueiro disse ao viajante:

- Este porto se chama autoconfiança.

Simultaneamente, é preciso ACREDITAR e também AGIR para que possamos alcançá-lo