11º artigo e 12º artigo (Creio): Na ressurreição da carne, na vida eterna

A vida é sagrada

 

Objetivos

Levar o catequizando a refletir sobre a realidade do céu e do inferno baseado na vivência do amor a Deus e ao próximo.

 

Preparação para o encontro

Bíblias;

 

Acolhida

Oração Inicial: Salve Rainha

 

O Símbolo da fé cristã acaba proclamando a "ressurreição da carne", no final dos tempos, e "a vida eterna". O cristão crê firmemente -e espera- que assim como Cristo ressuscitou de verdade dentre os mortos e vive para sempre, assim os justos -depois de sua morte -viverão para sempre com Cristo ressuscitado; e Ele os ressuscitará no último dia. Crer na ressurreição da carne tem sido, pois, desde o começo, um elemento essencial da fé cristã. Já no século III escreve Tertuliano: "A ressurreição dos mortos é esperança dos cristãos; somos cristãos por crer nela". E São Paulo pergunta aos cristãos de Corinto: "E como andam dizendo alguns dentre vós que não há ressurreição dos mortos? Se não há ressurreição dos mortos, também Cristo não ressuscitou. E se Cristo não ressuscitou, vã é a nossa pregação, vã também é a nossa fé... Mas, não! Cristo ressuscitou dentre os mortos como primícias dos que adormeceram" (1 Coríntios 15,12-14.20).

 

Ver

Nesse momento terá várias palavras que nos levam a refletir sobre o céu e inferno, cada um de nós irá separá-las em seus respectivos grupos e elevar preces ao nosso Deus.

ORGULHO RAIVA AVAREZA DESMATAMENTO PEDOFILIA PREGUIÇA MATAR ROUBAR DESAMOR ÓDIO ROUBO FALTA DE FÉ ORGULHO TRISTEZA GANÂNCIA ÍDOLOS ABORTO INJUSTIÇA INFERNO FALSAS AMIZADES AMOR VERDADE ALEGRIA FÉ CÉU PAZ PERSEVERANÇA BÍBLIA IGREJA COMPROMISSO AMIZADE JUSTIÇA UNIÃO SOLIDARIEDADE ORAÇÃO VIDA PLENA JESUS ESPÍRITO

Deve-se levar o catequizando a refletir sobre a realidade do céu, como uma realidade destinada a cada pessoa que se encontra na graça de Deus e/ou purificados por Ele, alcançando a vida plena, perfeita, a eternidade com Cristo no amor de Deus. Esta vida plena na comunhão com a Santíssima Trindade é uma continuidade da vida de livre adesão ao projeto de Deus, pois fomos criados para amar. Aqueles que não aderiram e, assim, não acolheram em suas vidas o amor de Deus que se refletem no amor ao próximo, escolheram por sua liberdade, viver sem Deus e contra Deus, e recebem Dele o respeito por sua decisão, na qual estes por livre vontade passam, pelo dado da

morte, a não viver na comunhão eterna com Deus, mas passam a estar na situação

do Inferno. A este ponto ressalta-se a necessidade de uma busca sincera e permanente da santidade. (Mt 7, 13-14).

 

Iluminar

• Dividir a turma em vários grupos e cada um irá refletir o texto proposto:

a) Parábolas falam do joio que será lançado ao fogo e dos peixes maus que serão

postos fora (Mt 13, 24-30, 47-50)

b) Igualmente, a das núpcias do filho do rei (Mt 22, 1-14)

c) As dez virgens (Mt 25, 1-13)

d) Os talentos (Mt 25, 14-30),

e) A árvore que não dá frutos (Mt 7, 17-19)

f) A do rico avarento (Lc 16, 19-31)

• Após a leitura cada grupo irá refletir qual a relação que tem com o céu e com o inferno.

• Refletir com eles o tema, explicando sobre o que diz os documentos da Igreja.

Preparar-nos bem para o momento da morte

O Senhor, -no Evangelho- nos avisa destas tremendas verdades da vida e da morte, para que estejamos preparados quando nos pedir contas no momento do juízo. Posto que a morte vem como um ladrão -sem avisar-, devemos estar preparados. Como?

·                     Pedir freqüentemente perdão ao Senhor. Ao dar-nos conta de que agimos mal, devemos fazer um ato de contrição, ao menos com uma pequena oração (jaculatória) que brote do coração sinceramente arrependido.

·                     Fazer todos dias o exame de consciência. O exame de consciência é como um juízo que fazemos a nós mesmos para ver se cumprimos a vontade de Deus. Trata-se de recordar brevemente, as coisas que fizemos ou deixamos de fazer durante o dia. Ao descobrir coisas que fizemos bem, damos graças a Deus; ao ver o que fizemos mal, pedimos perdão com dor de amor e fazemos um propósito firme de retificar no dia seguinte. Este exame nos ajuda a estar sempre preparados para nosso encontro com Jesus Cristo e para melhorar nossa vida cristã.

·                     Confessar-se com freqüência. No sacramento da confissão, pedimos perdão e o Senhor perdoa nossos pecados. Uma boa confissão é a melhor maneira de prepararmos o juízo de Deus. Se morrêssemos depois de ter confessado bem e estando na graça de Deus, o juízo será o gozo do Pai celeste que nos premiará e a alegria nossa por ter alcançado o céu, com a sua misericórdia.

 

É preciso ajudar aos demais a ganhar o céu e evitar o inferno

O céu é sem dúvida a única coisa que dá sentido à vida do ser humano; perder o Céu é ter fracassado totalmente nesta vida. Mas, como dissemos, só podem entrar no céu os que morrem na graça de Deus. E, quiçá existem pessoas junto de nós que não se dão conta disto, vivendo afastados totalmente de Deus, com o grave perigo de perdê-lo para sempre. Isto nos deve remover interiormente para fazer muito apostolado e conseguir que todos se salvem. Temos de rezar, oferecer pequenas mortificações, viver exemplarmente nossa vocação cristã, falar de Deus aos demais. Deus premia a generosidade, e teremos o goze de encontrarmos no céu estas almas que ajudamos na terra.

 

O "Amém" final do Credo

O Credo, como o ultimo livro da Bíblia, termina com a palavra hebraica "Amém", que finaliza normalmente as orações. Esta palavra, em hebraico, pertence à mesma raiz da palavra crer. Assim, o Amém final do Credo recolhe e confirma sua primeira palavra Creio. Crer quer dizer Amém às palavras, às promessas, aos mandamentos de Deus, é fiar-se totalmente dele.

 

Agir

Propósitos de vida cristã

·                     Procurar fazer antes de deitar o exame de consciência, revisando brevemente o que se fez de bem e de mal durante o dia. Fazer um ato de contrição e tirar propósitos para melhorar no dia seguinte.

Pensar que Deus vai nos julgar ao final da vida e que, sendo Pai misericordioso, é também justo.

·                     Rezar e oferecer pequenos sacrifícios pela conversão dos pecadores e pela perseverança final de todos os cristãos.

·                     Lembrar-se do céu frente às dificuldades que se apresentam em nossa vida de cristãos. Quando vier a tentação, para refutá-la e não ofender a Deus, recordar a existência do inferno.

 

Celebrar

O que podemos fazer com as palavras do VER? Queimar, picar, jogar fora, levar pra casa...? Deixar que eles concluam a necessidade de destruir o que nos leva pro inferno e viver o que nos leva para o céu.

Um dia te encontrarei, e tu lerás em minha face todo o desconforto, todas as lutas todo o lixo dos caminhos da liberdade. E verás todo o meu pecado. Mas eu sei, meu Deus, que o pecado não é grave, quando se está na tua presença. É diante dos homens que somos humilhados.
Mas, diante de ti, é maravilhoso sermos assim tão pobres, a tal ponto somos  amados!” (Jacques Leclercq).

 

Oração final: Credo Niceno-Constantinopolitano.

 


ressurreição da carne                                                            

> Esta parte influi diretamente num princípio muito divulgado por novelas e livros que é a Reencarnação. Jesus, tal como Lázaro e uma viúva (referência At 9, 36-43) voltaram à vida no mesmo corpo, o que implica e nega a proposta espírita de reencarnar.

> Ressurreição implica em volta gloriosa com Jesus e com o mesmo corpo. Reencarnar pressupõe voltar em corpo diferente (em algumas linhas a reencarnação pode ser até em animais ou plantas). Jesus nos mostrou que ‘reencarnação’ é um conceito errôneo e impossível.

 

na vida eterna.

> Para que haja vida eterna, mais uma vez a ‘reencarnação’ se mostra fantasiosa. Isso porque ao morrermos e passarmos pelo Juízo Particular e Juízo Final, estaremos com Jesus no descanso dos eleitos; experimentando a Glória de Deus para sempre. Analisemos, se todos que morreram tiverem que voltar, o Paraíso ficaria vazio? Certamente que não, mostra-se a ressurreição como o único conceito possível e real.

> Jesus morreu na Cruz e Ressuscitou nos garantindo a vida eterna. O problema é que ao olharmos as coisas de Deus com os olhos do homem, muitas vezes pensamos: “não será a vida eterna tempo de mais?”. No evangelho, Jesus mesmo adverte: “A Cezar o que é de Cezar e a Deus o que é de Deus”. Não devemos confundir o divino com o humano, até porque corremos o risco de reduzir a importância e o poder do Pai.

>Bom, se quando estamos fazendo algo que gostamos muito não queremos deixar de fazer, estar em companhia d’Aquele que é o motivo de nossas vidas, a Razão, a Alegria e a Felicidade seria ruim?

 

Amém.

Confirma a primeira palavra do CREDO que é “eu creio”. Significa “que assim seja”.

 

RESSURREIÇÃO - IDÉIAS PRINCIPAIS:

1. Todos morreremos

Todo ser humano sabe que um dia morrerá, e a experiência da morte que a todos afeta, é completamente certa e segura. Diariamente morrem muitas pessoas, com freqüência, pessoas próximas a nós: familiares, amigos, conhecidos; morrem ricos e pobres, gente famosa e gente desconhecida, anciãos, jovens e também crianças. E é preciso considerar que só se vive e se morre uma vez; é fantasia -e um erro -pensar na reencarnação depois da morte. A morte é a separação da alma e do corpo; o final da vida terrena. Poucas horas depois da morte, o corpo começa a corromper-se.

2. A morte é conseqüência do pecado

Recolhendo as afirmações da Sagrada Escritura, a Igreja ensina que a morte entrou no mundo por causa do pecado. O homem é por natureza mortal, mas Deus tinha corrigido esta falha da constituição humana com um privilégio que o livrava da morte, se fosse fiel a seu Criador. Portanto, a morte foi contrária aos desígnios de Deus criador, e entrou no mundo como conseqüência do pecado dos primeiros pais, Adão e Eva.

3. A morte foi transformada por Cristo

Graças a Cristo, a morte cristã tem um sentido positivo. Jesus, o Filho de Deus, sofreu também a morte, própria da condição humana, mas a assumiu em um ato de submissão total e livre à vontade do Pai. A obediência de Jesus transformou a maldição da morte em benção. Por sua morte, Cristo venceu a morte, abrindo assim a todos os homens a possibilidade de salvação. A visão cristã da morte se expressa de modo privilegiado na liturgia da Igreja, quando diz: "A vida dos que em Ti cremos, Senhor, não termina: transforma-se; e ao desfazer-se nossa morada terrena, nos é dada nos céus uma mansão eterna" (Prefácio da Missa dos Mortos).

4. Após a morte

No instante da morte, a alma se separa do corpo -a alma não morre, é imortal -e comparece imediatamente diante de Deus para ser julgada. Segundo a sentença do juízo, a alma vai ao céu, para gozar eternamente de Deus -vai ao Purgatório, se necessita purificar-se, -ou ao inferno, no caso de que o ser humano morra em pecado mortal e sem a graça de Deus. O Senhor é misericordioso, mas também justo; e por isso dá o premio ou castiga conforme as obras que o ser humano tenha realizado em sua vida na terra. Depois da morte já não se pode mais merecer, nem retificar o destino final. O juízo, que acontece no mesmo momento da morte, é o juízo particular. O juiz será Jesus Cristo.

5. Os mortos ressuscitarão no final dos tempos

Como dissemos, o cristão crê firmemente que, assim como Cristo ressuscitou, também nós ressuscitaremos no fim do mundo: nosso corpo, transformado, ressuscitará para unir-se com a alma e nunca mais morrer. Ressuscitarão todos os seres humanos, mas não terão todos o mesmo destino: os bons ressuscitarão para a glória eterna e os maus para a eterna condenação.

 


 

VIDA ETERNA- IDÉIAS PRINCIPAIS:

1. Ao céu vão os que têm a alma limpa

São João nos fala, assim como São Paulo, da visão que teve do céu: "Vi uma grande multidão, que ninguém podia contar, de toda nação, tribo, povo e língua, que estavam diante do trono do Cordeiro (Cristo), vestidos de túnicas brancas e com palmas em suas mãos" (Apocalipse 7,9). Vestidos com túnicas brancas quer dizer que estavam na graça de Deus e limpos de qualquer mancha de pecado. Por isso receberam o premio do céu. Como diz o Evangelho "Bem aventurados os puros de coração, porque verão a Deus" (Mateus 5,8).

2. O céu consiste em ver, amar e gozar a Deus eternamente

O que é o céu? São Paulo, escrevendo aos cristãos de Corinto, dizia: "Nenhum olho viu, nem ouvido ouviu, nem veio à mente do homem o que Deus preparou para os que O amam" (1 Corintios 2,9). É algo tão grande que, ainda que nos puséssemos a sonhar, nunca chegaríamos a imaginar o que é. São Paulo diz: "Estaremos sempre com o Senhor" (1 Tessalonicenses 4,8). Estaremos sempre com Cristo, nosso Amigo. Deus é o sumo bem, a beleza infinita, e o ser humano, que tem ânsias de ver coisas maravilhosas, estará para sempre plenamente saciado -saciado sem saciar-se- ao contemplar a Deus. O veremos tal como Ele é. Além disso, O amaremos ardentemente e por Ele seremos amados eternamente. Os desejos de amor que o ser humano tem para dar e receber, ficarão plenamente preenchidos. Por estas razões, no céu só haverá gozo e alegria. Não existirá enfermidade, nem dor, nem sofrimento, mas unicamente gozar de Deus em companhia da Virgem Maria, dos santos e dos anjos. Estaremos com todos aqueles que foram fiéis a Deus, muitos dos quais chegamos a conhecer nesta terra.

3. A purificação final, ou Purgatório

Os que morrem na graça e amizade de Deus, mas imperfeitamente purificados, Ainda que estejam seguros de sua eterna salvação, sofrem depois da morte uma purificação a fim de obter a santidade necessária para entrar na alegria do céu. A Igreja chama Purgatório a esta purificação final dos eleitos, que é completamente diferente do castigo aos condenados.

4. Podemos ajudar às almas do Purgatório

Deus quer que a Igreja da terra ajude as almas que estão no purgatório, purificando-se e com o desejo ardente de ir para o céu, para estar com Deus plenamente. Como se explicou no tema sobre a comunhão dos santos, temos de ajudá-las e podemos fazê-lo com estes auxílios:

·                     Oferecer como sufrágio a Santa Missa. É a melhor maneira, porque oferecemos pelos defuntos os méritos infinitos do mesmo Jesus Cristo.

·                     Rezar muito pelas almas do purgatório. Pedimos a intercessão da Mãe de Deus para que, o quanto antes, cheguem ao céu. A Virgem é também Mãe dos que estão no purgatório e temos de pedir-lhe por nossos familiares, amigos e benfeitores, e pelas almas pelas quais ninguém pede.

·                     Oferecer em favor das almas nossas boas obras. Nosso trabalho, esmolas, pequenas mortificações, tudo Deus aceitará em benefício das almas do purgatório.

5. O inferno existe

Jesus Cristo, que diz a verdade sem que possa enganar-se nem enganar-nos, porque é Deus, nos falou da existência do inferno em muitas passagens do Evangelho. Ao revelar o mistério do juízo final, se manifesta a sentença que o Juiz ditará sobre os malvados, situados à sua esquerda: "Afastai-vos de mim, malditos, ao fogo eterno, preparado para o diabo e para seus anjos". E conclui: "Irão ao suplício eterno" (Mateus 25,41.46). Outras passagens com este ensinamento são a cizânia que será lançada no fogo (cf. Mateus 13,40-20); os peixes maus serão jogados fora (cf. Mateus 13,47-48); quem não traja a veste nupcial será jogado às trevas exteriores (cf. Mateus 22,13); as virgens néscias não entrarão (cf. Mateus 25,1-13); o servo inútil será posto para fora da casa do patrão (cf. Lucas 16,1-8) e muitos outros. Se pensarmos, veremos que o inferno existe porque Deus é justo; e tendo de premiar aos seres humanos que livremente fizeram o bem, tem que castigar aos que livremente fizeram o mal. No inferno não existe nenhum descanso e nunca se para de sofrer, porque é eterno. Quem assim ensinou foi Nosso Senhor, que disse "Afastai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno" (Mateus 25,41). A existência do inferno e a eternidade de suas penas são uma verdade de fé que devemos crer firmemente.

6. Vão para o inferno os que morrem em pecado mortal

No momento do Juízo, o Senhor condena os maus ao inferno. Quem são estes maus que vão para o inferno? São Paulo enumera as obras da carne: fornicação, luxuria, idolatria, inimizades, invejas, homicídios..., e afirma: "Os que fazem tais coisas não herdarão o Reino de Deus" (Gálatas 5,19-21). Em definitivo, são todos os que, ao morrer, tem a alma manchada pelo pecado mortal.