Nossa Senhora Coroada no Céu

 

 

Objetivos

Falar sobre a Assunção de Maria.

 

Preparação para o encontro

Bíblias;

 

Acolhida

Oração inicial: Ave Maria

Após a subida de Jesus aos Céus, Maria devia passar ainda muitos anos na Terra. 

Sem a presença visível de seu Divino Filho, Nossa Senhora devia exercer junto à Igreja recém-nascida, o papel de Mãe, que lhe havia confiado o Salvador. Era na Eucaristia que Ela encontrava consolação para as saudades enorme que sentia, desejando ardentemente revê-Lo.  Quanto mais se prolongava o exílio, mais aumentava o ardor de seus desejos! Soou, por fim a hora da bendita alegria e do triunfo, em que o próprio Divino Mestre veio buscá-la, para coroá-la nos Céus. Assim, a santa Mãe de Deus, por singular privilégio, subiu aos céus em corpo e alma. Esta extraordinária glorificação de Maria Santíssima, que a Igreja celebra no dia 15 de agosto. 

 

Ver

Assunção de Maria 

Na festa da Assunção de Maria, vamos antes analisar o que é subir ao céu, o que é estar no céu em corpo e alma.
Deus em sua infinita misericórdia e bondade nos criou a fim de alcançarmos a eterna felicidade, ou seja, aquela que o próprio Deus goza. Mas quem sabe exatamente o que é esta palavra tão usada, conhecida e propagada = felicidade?
Se fosse possível a um martelo, ou uma agulha ter felicidade, esta consistiria no instante em que o martelo, que é feito para golpear o prego e fazer com que penetre, ou na madeira ou na parede, de modo que a =felicidade= do martelo se completaria no momento em que estivasse dando o golpe sobre o martelo.
O mesmo se diria da agulha se ela tivesse inteligência, já no momento quando o fio passasse no pequeno orifício e começasse a costurar a roupa, ia se completando a felicidade.
O mesmo se daria no mundo vegetal ou animal. Por exemplo, uma rosa, ela se pudesse, sentir-se-ia felicíssima quando fosse colhida e levada para o jarro, a fim de adornar uma mesa, um oratório, ou melhor ainda, uma capela. Quer dizer, a felicidade se dá, quando a finalidade para a qual aquele se realiza. 
Todo ser humano foi criado para Deus, e é somente quando cumpre essa finalidade, na sua plenitude, é que alcança a verdadeira felicidade. Fomos criados para atingir esse objetivo e subir ao céu, como nossa Mãe e aí gozar da visão beatífica.

 

LEITURA PARA MEDITAÇÃO:   Apocalipse 12,1

 

Iluminar

Assunta ao Céu: a suprema beleza de Maria 
Vamos esclarecer alguns pontos à propósito deste mistério:
1 - Por quê se diz assunção de Maria e, de Jesus diz-se Ascensão?
Porque a Jesus compete ter criado as forças para ascender ao céu, por isso se aplica a Ele o termo ascensão. Enquanto que com a Virgem Maria, a sua força depende da do Criador, está sujeita a Deus.
2 - Por outro lado é freqüente aparecer nas pinturas, esculturas representando Nossa Senhora sendo levada pelos anjos, quando subiu gloriosamente aos céus. Ora, há um inconveniente nessas representações, pois dão a entender que Ela não teria forças, por si só, para erguer-se ao céu; o que não é verdade. A teologia nos explica que Ela subiu por suas próprias forças, e não sustentada pelos Anjos.
Então, dizemos ter Maria, nossa Mãe, subido com sua própria força, porque a partir do momento em que se entra na visão de Deus, a alma unindo-se ao corpo, este se torna glorioso. É uma conseqüência inevitável. A glória do corpo vem da glória da alma, pois a alma é a forma do corpo, explica a teologia.
3 - Nossa Senhora subiu ao Céu com corpo glorioso. Este tem qualidades próprias. São qualidades do corpo glorioso: a agilidade (mover-se para todos os campos), ter impassibilidade (não estar sujeito à dor, doenças, etc.), ter subtileza (penetrar aonde queira) e ter claridade (fulgor, o esplendor da alma contagia o corpo). 
Pela agilidade, em virtude da qual o corpo glorioso pode-se transladar com a velocidade do pensamento para onde queira, Maria Santíssima subiu ao céu por sua própria agilidade, sem necessidade de nenhum auxílio. Iam com Ela os Anjos da corte celeste, fazendo-Lhe guarda de honra, pois de ajuda não necessitava.

 

Nos dirá mais tarde o Papa J.Paulo II: “Assim pois a Assunção é, ao mesmo tempo, a «coroação» de toda a vida de Maria, da sua vocação única, entre todos os membros da humanidade, a ser a Mãe de Deus. É a «coroação» da fé que Ela, «cheia de graça», demonstrou durante a anunciação e que Isabel, sua parente, assim sublinhou e exaltou durante a visitação.” (Homilia 15.08.1980)

 

Maria: a mais belas de todas as mulheres! 
Os santos, por mais que tenham seus corpos tomados por enfermidades, são belos; e a beleza propriamente dita só tem os santos. Nossa Senhora é a mais bela de todas as mulheres. Nem o Anjos se tivessem corpo, seriam tão belos quanto Ela.
A verdadeira beleza só se adquire com a prática da virtude, é o pecado que enfeia as pessoas. O mundo de hoje vai se tornando cada vez mais repelente por causa da enormidade dos pecados que se cometem! Nas épocas em que a virtude se torna mais saliente, a beleza se torna mais visível, mais patente.
Maria ascendeu ao Céu em corpo glorioso, fulgurou na luz sublime, acima de todos que no céu estão, antes de tudo porque cumpriu plenamente à vontade do Pai; porque foi santíssima. É este o convite que Ela nos faz nesta meditação - que sejamos santos! Isto significa seguir a mesma via da obediência que Ela seguiu; cumprir os mandamento da Lei de Deus, e se cometer alguma falta, procurar logo um confessionário.

 

Agir

Rezar a oração da Salve Rainha durante a semana.

 

Celebrar

ORAÇÃO A NOSSA SENHORA ASSUNTA AO CÉU (Composta pelo Papa Pio XII)

“Oh Virgem Imaculada,  Mãe de Deus e  dos  Homens.  Cremos com todo o fervor de nossa fé em Tua triunfante Assunção em alma e corpo ao céu, onde és aclamada rainha por todo o coro dos anjos e por todos os Santos, e a eles nos unimos para louvar e bendizer o Senhor que Te exaltou sobre todas as demais criaturas: para oferecer-se a veemência de nossa devoção e de nosso amor. Sabemos que Teu olhar, que maternalmente acaricia a humilde e sofredora humanidade  de Cristo na terra, se sacia no céu na contemplação da gloriosa humanidade da sabedoria incriada, e que o gozo da tua alma, ao contemplar face a face a adorável Trindade faz com que teu coração palpite com beatífica ternura. E nós, pobres pecadores, nós, a quem o corpo se sobrepõe aos anseios da alma,  nós Te imploramos  que purifique nossos sentidos, de maneira a que aprendamos, cá em baixo, a deleitar-nos em Deus, tão somente em Deus, no encanto das criaturas. Estamos certos de que Teus olhos misericordiosos fixar-se-ão em nossas misérias e em nossas  angústias: em nossas  lutas  e em nossas fraquezas;  que Teus lábios sorrirão sobre nossas alegrias e em nossas vitórias;  que Tu ouvirás a voz de Jesus dizer-Te de todos nós, como o fez Ele de seu  amado discípulo: Aqui está teu filho.

E nós, que Te invocamos, Mãe nossa, nós Te tomamos como o fez João, como guia forte e  consolo de nossa mortal vida. Nós temos a vivificante certeza de que teus olhos, que choraram na terra, banhada pelo sangue de Jesus, voltar-se-ão uma vez mais para este mundo presa da guerra, de perseguições, de opressão dos justos e dos fracos. E, com meio à escuridão deste vale de lágrimas, nós esperamos de Tua luz celestial e de Tua doce piedade, consolo para as aflições de nossos corações, para atribulações da Igreja e de nosso país.

Cremos finalmente que na glória, na qual Tu reinais, vestida de sol e coroada de estrelas Tu és, depois de Jesus, o gozo de todos os  anjos e todos Santos. E nós, que nesta terra passamos como peregrinos, animados pela  fé na futura ressurreição, olhamos para Ti, nossa vida, nossa doçura, nossa esperança. Atraí-nos para Ti, com a mansidão de tua voz, para ensinar-nos um dia,  depois de nosso exílio, a Jesus, bendito fruto de Teu seio, ó graciosa, ó piedosa, ó doce Virgem Maria”.

 

“Deus eterno e todo-poderoso, que elevastes à glória do céu em corpo e alma a imaculada Virgem Maria, Mãe do vosso Filho, dai-nos viver atentos às coisas do alto, a fim de participarmos da sua glória”.Amém

 

Oração final: Salve Rainha

 

 


 COROAÇÃO DE MARIA

 

Dogma da Assunção e Festa chamada: COROAÇÃO DE NOSSA SENHORA.

Com a proclamação do dogma da Assunção corporal de Maria ao céu, o título de Rainha e Senhora do universo, vem espontâneo aos teólogos, aos pregadores e aos papas. Para encerrar o Ano Santo de 1954, decretado pelo Papa Pio XII para celebrar o primeiro centenário do dogma da Imaculada Conceição, o Santo Padre escreveu a encíclica “Ad caeli Reginam” sobre a realeza de Maria e instituiu para toda a Igreja a festa de Nossa Senhora Rainha.

A festa da realeza de Maria a princípio foi celebrada no dia 31 de maio, como conclusão do mês em muitos países dedicado a Maria, com suas belíssimas noites marianas e ladainhas cantadas. Introduziu-se o costume da coroação de Maria, carregado de muita ternura, porque eram quase sempre crianças que coroavam a Mãe do Céu. A introdução da Missa vespertina diminuiu o interesse pelas “novenas”. A reforma litúrgica introduzida pelo Concílio Vaticano II (a.62-65) preferiu celebrar no dia 31 de maio o mistério da Visitação e passou a festa de Nossa Senhora Rainha para o dia 22 de agosto, dentro da oitava da solenidade da Assunção de Maria ao Céu.

O Papa Pio XII , no dia 1o. de novembro de  1950, na Basílica de  São Pedro, dirigiu  a  cerimônia que ficou e ficará para sempre nos anais da Igreja Católica como uma das  mais solenes da era contemporânea,  o Dogma da Assunção da Virgem Mãe de Deus.  Vejamos alguns trechos da alocução de Sua Santidade firmada nessa cerimônia: “Veneráveis irmãos e  amados filhos e  filhas que vos haveis  congregado em nossa  presença e  todos vós que nos ouvis nesta Santa Roma e  em todos os  lugares do mundo católico. Emocionados pela proclamação como um dogma de  fé da Assunção ao céu da Santíssima Virgem, em corpo e alma, exultando de alegria que inunda os corações de todos os fiéis, agora satisfeitos em seus ardentes desejos, sentimos irresistível necessidade de elevar junto convosco o hino de graças à amada providência de Deus, que quis reservar para vós a alegria deste dia e a nós o conforto de colocar sobre a fronte da mãe de Deus e da nossa mãe um brilhante diadema que coroa suas singulares prerrogativas. (…)  Implorando há longo tempo, finalmente nos chega este dia, o qual por fim, é nosso. A voz dos séculos – deveríamos dizer a  voz da eternidade – é nossa. É a voz que, com a ajuda do Espírito Santo, definiu solenemente  o alto privilégio da celestial Mãe. E vosso é o grito dos séculos. Como se houvessem  sido sacudidos pelas batidas dos vossos  corações e  pelo balbuciar dos vossos  lábios, as  próprias pedras  desta patriarcal basílica vibram e juntamente com elas os inumeráveis antigos templos levantados em todas as partes em honra de Maria, monumentos de uma só fé e pedestais  terrenos do celestial trono da glória da Rainha do Universo, parecem exultar em pequenas batidas.(…) As muitas intranqüilas e angustiosas almas, triste legado de  uma idade violenta e  turbulenta, almas oprimidas, porém não resignadas, que já não crêem na bondade da vida e aceitam-na somente  como se fossem obrigadas a aceitá-la, ela lhes abre as  mas altas visões e  as conforta para contemplar que destino e  que obras ela há sublimado, ela , que foi eleita por Deus para ser Mãe do mundo, feita em carne, recebeu docilmente a palavra do Senhor. (…)  Enquanto suplicamos com todo o ardor que a Virgem Maria possa assinalar o retorno do calor, do afeto e da vida aos corações humanos, não nos devemos  cansar de recordar que nada deve prevalecer sobre o fato, sobre a consciência de  sermos  todos filhos da mesma Mãe, laço é de união através do místico Corpo de Cristo, uma nova era e uma nova Mãe dos vivos, que quer conduzir  todos os  homens  à verdade e  à graça de seu divino Filho. E agora, oremos com devoção.”