O adolescente e a Santa Missa

 

 

Objetivos

Que os adolescentes compreendam o sentido do domingo e o respeite como o dia especial dos cristãos.

Preparação para o encontro

Fotos da sua paróquia, imagens da comunidade reunida ou de algum evento importante da sua comunidade.

Acolhida

Oração inicial: Creio

Ver

Eu participei da missa por você (Pe. Stanislaus, SS.CC.)

O caso relatado abaixo é verídico. É o testemunho de um filho sobre um fato acontecido com seu pai fato que teve influência fundamental na vida de ambos e de sua família. LEIA COM ATENÇÃO E REFLITA SERIAMENTE: QUE VALOR VOCÊ DÁ A SANTA MISSA? Que Nossa Senhora, com seu testemunho de confiança em Deus ao aceitar ser a MÃE DO SALVADOR, seja inspiração para que você entenda melhor a importância de participar da Missa e compreenda o seu valor imensurável.

 

Um dia, há muitos anos, em uma pequena cidade de Luxemburgo, um capitão dos guardas florestais achava-se entretido em animada conversa com um açougueiro, quando uma mulher idosa entrou no açougue. O açougueiro interrompeu a conversa para indagar da velha senhora o que ela desejava. A mulher explicou que havia ido até ali para conseguir um pequeno pedaço de carne, mas que não tinha dinheiro para pagar. O Capitão estava achando muito divertido o diálogo entre a pobre mulher e o açougueiro:

- Apenas um pequeno pedaço de carne! Mas, quanto você vai me pagar por ele?

- Desculpe-me, eu não tenho dinheiro, mas eu participarei da missa por você e rezarei em sua intenção.

Ambos, o açougueiro e o Capitão, eram bons homens, mas completamente indiferentes no que se refere à religião e, então, imediatamente começaram a troçar da resposta da velhinha.

- Tudo bem lhe disse o açougueiro vá participar da missa por mim e, quando voltar, eu lhe darei tanta carne quanto a Missa pesar, o tanto quanto ela valer.

A mulher saiu, participou da Missa e retornou. Ela se aproximou do balcão e o açougueiro, ao vê-la, disse-lhe:

-Tudo bem, agora vamos ver.

Ele tomou um pedaço de papel e nele escreveu "EU PARTICIPEI DA MISSA POR VOCÊ". Colocou-o, então, em um dos pratos da balança e, no outro, depositou um osso pequeno e fino, mas nada aconteceu. Em seguida, ele trocou o osso por um pequeno pedaço de carne. Porém, o papel continuou a pesar mais. Os dois homens começaram a se sentir envergonhados com a sua zombaria, mas continuaram com a brincadeira. Um grande pedaço de carne foi, então, colocado na balança, mas o papel manteve-se mais pesado. Exasperado, o açougueiro examinou a balança, mas essa estava perfeita.

- O que você quer, minha boa mulher? Perguntou o açougueiro, espantado. Precisarei dar a você uma perna inteira de carneiro?

Enquanto falava, colocou uma grande perna de carneiro na balança, mas o papel em muito superou o peso da carne. Então, uma peça ainda maior de carne foi colocada naquele prato, mas, novamente, o peso maior permaneceu no lado do papel. Aquilo impressionou tanto o açougueiro que ele converteu-se no mesmo instante e prometeu oferecer à mulher, dali por diante, sua ração diária de carne.

No que concerne ao Capitão, ele deixou o açougue, completamente transtornado com o ocorrido, e tornou-se ARDENTE FREQUENTADOR DA MISSA DIÁRIA.

Dois de seus filhos ordenaram-se sacerdotes, um deles como jesuíta, o outro como padre do Sagrado Coração.

Desde aquele incidente, o capitão começou a participar da Santa Missa diariamente e seus filhos foram educados seguindo seu exemplo. Mais tarde, quando seus filhos tornaram-se sacerdotes, ele os advertiu para que celebrassem a Missa corretamente e todos os dias para que nunca perdessem o Sacrifício da Missa por alguma falta pessoal

Padre Stanislaus termina dizendo: “eu sou aquele sacerdote do Sagrado Coração e o Capitão era meu pai”.

Iluminar

Palavra de Deus: Mt 19, 16-22

Dica para boa compreensão do texto bíblico: Jesus chamou para junto de si muitas pessoas. Seu desejo de formar uma comunidade de discípulos o impeliu a vencer diversos preconceitos. Por isso, ele chamou aqueles que a sociedade costumava rejeitar: pecadores, cobradores de impostos, mulheres, doentes.

Para mostrar a dignidade de todas as pessoas e a necessidade de mudarmos o nosso modo de pensar e agir, o Filho de Deus questionava a conduta daqueles que se consideravam perfeitos e totais cumpridores da religião. Para tornar-se seu discípulo, é preciso deixar muitas coisas para trás: alguns sonhos e projetos, as riquezas pessoais e, principalmente, o mal e o pecado.

O jovem tem uma sede muito grande de mudar de vida, de descobrir caminhos novos para a felicidade e realização do ser humano. Gosta de desafios e de vencer barreiras e obstáculos. Mas, muitas vezes, troca sua liberdade por práticas enganosas que não lhe podem garantir a felicidade verdadeira. Renunciar a isso parece difícil, mas é a condição para o seguimento de Jesus Cristo.

Qual é a nossa resposta ao chamado de Deus? Somos como o jovem rico?

Temos coragem de deixar tudo para seguir Jesus? Experimentamos a alegria de poder servir?

Palavra de Deus: João 20, 19-29 (opção)

Dica para boa compreensão do texto bíblico: Jesus quer se encontrar conosco na missa - ler e comentar: com quem Jesus encontrou naquele domingo? Qual dos apóstolos não estava presente? Qual foi sua reação quando contaram que haviam se encontrado com Jesus? O que aconteceu no domingo seguinte? Perceber como Jesus se revela pela Palavra.

O domingo tem uma importância especial para o cristão católico, pois desde sua origem, esse dia é para se dedicar ao crescimento espiritual.

Participar da missa é participar do maior ato de amor já realizado no mundo.

Jesus está presente na missa de cinco maneiras diferentes: na pessoa do sacerdote, na Palavra proclamada, no Altar, na Eucaristia e na Assembléia reunida.

Dinâmica dos gravetos:

Entregar um graveto seco a cada catequizando e pedir para que quebrem. Perguntar se foi fácil.

Entregar mais um graveto a cada catequizando.

O catequista ficará com um graveto mais longo e mais grosso.

Pedir para que observem os gravetos separados. Em seguida reunir todos em torno do graveto maior, formando um feixe.

Passar o feixe de mão em mão e pedir para que tentem quebrá-lo.

Perguntar: Qual a diferença entre os gravetos separados e os unidos? Porque os primeiros se quebraram com tanta facilidade?

Explicar que os primeiros gravetos são como os católicos que não participam de sua comunidade: quebram-se com facilidade, ou seja, qualquer problema mais sério os deixa abalados e tendem a perder a fé. Dizem que rezam em casa e isso lhes basta. Porém, o encontro com Jesus Ressuscitados (graveto maior) se dá em comunidade. Quando participamos da comunidade somos mais fortes porque estamos unidos entre nós e com Jesus (feixe). O domingo é o dia da reunião da comunidade com Jesus, que se manifesta presente na missa. Em casa não podemos nos unir aos irmãos que comungam a mesma fé que temos. Por isso todos os católicos devem participar da Missa Dominical, ou, onde não for possível, da Celebração da Palavra, em sua comunidade.

 

PAPO CABEÇA

(após a dinâmica dos gravetos)

Muitos cristãos se dizem católicos, mas não acham importante participar da missa. O que você acha disto?

Como passamos o domingo em nossa comunidade? O que fazemos?

Como passamos o domingo na família? O que fazemos?

O que está sendo mais valorizado nesse dia?

Como está a sua participação na missa? Você acha que é importante participar da missa?

Agir

Que tal assumir como compromisso, a partir de agora, participar da missa aos domingos?

Celebrar

Ler individualmente o Salmo 117(118) e escolher o versículo que mais lhe chamou a atenção.

Acender uma vela grande e passar de mão em mão. Conforme a vela vai passando, cada catequizando vai dizendo em voz alta o versículo escolhido. Após cada versículo cantar: “Este é o dia que o Senhor fez para nós, alegremo-nos e nele exultemos”.

Em seguida pedir que apontando a mão em direção à vela, recitem todos juntos o Salmo 117(118) inteiramente.

Encerrar com o canto “Reunidos aqui” (Louvemos ao Senhor,nº 576) - https://letras.terra.com.br/padre-marcelo-rossi/47905/

Reunidos aqui / Só pra louvar ao Senhor, / Novamente aqui, / em união. / Algo bom vai acontecer, / Algo bom Deus tem pra nós, / Reunidos aqui / ó pra louvar o Senhor.

 


QUEBRANDO A CUCA...

Durante longo percurso histórico (sobretudo no segundo milênio), em nossa Igreja, uma grande maioria de cristãos viu no domingo apenas o frio cumprimento da “lei” do descanso e do culto, sem motivação teológico-espiritual. Simplesmente se guardava o domingo e se ia à missa neste dia porque existia uma lei da Igreja que obrigava...

Hoje, já vivemos outra situação. Lá por sexta-feira ou sábado, quando as pessoas se despedem uma da outra, já é bastante comum dizer: "Bom final de semana!". Não se diz mais "bom domingo", como antigamente. Com algumas exceções, é claro... Mas, para uma grande maioria, o importante não é mais o domingo. O mais importante é o final de semana, do qual faz parte também esse dia. Temos que admitir que, para muita gente, o domingo simplesmente foi substituído pelo “final de semana”.

No mundo e na sociedade em que vivemos hoje, o domingo tem como característica a suspensão dos trabalhos. Trata-se de dia de folga e de folguedos, com início já na sexta à noite. Dia de lazer. Dia próprio para passear, viajar, fazer turismo, visitar amigos e parentes, brincar, ir à praia, fazer uma pescaria. Dia próprio para dormir um pouquinho mais, assistir um jogo de futebol, ir ao cinema, ao teatro, a um show, à igreja, comer num restaurante etc. Tanta coisa se faz no domingo, ou melhor, no final de semana. Existe inclusive toda uma indústria de prestação de serviços para atender à imensa demanda de lazer dos homens e mulheres de hoje. São as chamadas indústrias do lazer. Empresas de turismo, hotéis, restaurantes etc., para atender à folga dos finais de semana.

Para outros, mesmo sendo o dia próprio do lazer, o domingo também não deixa de ser um dia de trabalho. Certas necessidades do mundo moderno obrigam pessoas a trabalharem nesse dia. Nos serviços de transporte, nos hospitais, em grandes indústrias com funcionamento ininterrupto, em indústrias do lazer etc. Outras pessoas, devido ao sufoco econômico que passam, aproveitam a folga do domingo para fazer algum biscate. Outras aproveitam a folga para construir ou reformar a casa, participar de algum mutirão... E assim por diante. (Formação Litúrgica em Mutirão – CNBB – Ficha 01)

 

MAIS UM POUQUINHO

A Identidade Cristã

“Significa assemelhar-se a Jesus Cristo, não só em alguns ambientes, mas em todos os lugares: no campo de futebol, na escola, no cinema, na praia, em casa ... Ser como Jesus é desejar que a felicidade e a paz se façam presentes entre as pessoas.

Jesus fez tudo para nos ajudar a ser cada vez mais felizes. Ele mesmo disse: “Eu vim para que tenham vida, e a tenham em abundância” (Jo 10,10). Ele quer que vivamos plenamente. Por isso precisamos assumir o direito que nos concede e o compromisso que nos propõe: ser semelhantes a ele.

Ser como Cristo é reconhecer as alegrias que a vida oferece, é unir-se com os outros e dar as mãos para participar da construção de um mundo melhor, é realizar o desejo de Deus em nossa vida, é ter coragem de enfrentar os obstáculos e não revidar a violência que nos é proposta. Temos o direito de conhecer o segredo da vida e da felicidade que se encontra em Deus e em nós mesmos. Podemos mostrar às pessoas que se parecer com Jesus é muito mais interessante que copiar a roupa e o cabelo de personagens famosos, que admiramos.

A missão cristã é fazer com que cada vez mais pessoas, irmãos e irmãs nossos, encontrem Cristo como fonte da vida, creiam nele e vivam seus ensinamentos. O cristão é um ser comprometido. Não pode ficar de braços cruzados enquanto no mundo existirem violência, injustiça e ódio, como os muros que separam as pessoas.

É desejo de Deus que o ser humano colabore com Cristo na salvação dos semelhantes. Temos esse privilégio e esse direito. Não é preciso temer, nem fugir do compromisso, pois Cristo está conosco e nos dá forças.”

 

A Missa e seu significado (www.catequisar.com.br)

“Pegando o cálice, deu graças e disse: 'Tomai este cálice e distribuí-o entre vós (...) Tomou em seguida o pão e depois de ter dado graças, partiu-o e deu-lho, dizendo: 'Isto é o meu corpo, que é dado por vós; fazei isto em memória de mim'. Do mesmo modo tomou também o cálice, depois de cear, dizendo: "Este cálice é a nova aliança em meu sangue, que é derramado por vós...". Lc 22, 17-20

Nessa ocasião Jesus celebrou a primeira missa. É importante notar que o Senhor pede que o cálice seja distribuído entre todos; é a partilha, a comunhão entre os presentes. Depois, Jesus diz “isto é”. Ele não disse isto representa ou significa, mas disse bem claramente “é”. Neste momento, no mundo inteiro é celebrada uma missa onde o pão é transformado no Corpo de Cristo e o vinho transformado em Seu Sangue, pelo poder do Espírito Santo.


O grande milagre

•               A Missa é a maior, a mais completa e a mais poderosa oração da qual dispõe o católico.

•               Entretanto, se não conhecemos o seu valor e significado e repetimos as orações de maneira mecânica, não usufruiremos os imensos benefícios que a missa traz.

•               Lembremo-nos, antes de qualquer coisa, de que somos convidados especiais. Jesus convida a cada um de nós em particular para esta festa. Preparemo-nos, portanto, de um modo muito mais cuidadoso do que para qualquer outra festa, porque nesse caso o anfitrião é Deus em pessoa.

•               Ao entrar na Igreja, saibamos dar valor à graça de Deus que nos trouxe ao momento presente, abrindo nosso coração na certeza de que Deus nos ama. Ao entrar, é também importante persignar-se com água benta, pois essa é uma maneira de recordarmos o nosso Batismo e invocar a proteção e a bênção do Senhor.

•               A Missa é para todos, mas a maneira de cada um participar pode ser diferente. Depende da fé que as pessoas têm. Existe quem vem à Missa para fazer pedidos a Deus, outros apenas para cumprir uma obrigação e outros com alegria e fé, para louvar e bendizer a Deus. E você porque veio à Missa? (pausa)

•               Reflitamos um pouco mais sobre a forma de como cada um participa da Missa lendo a seguinte história:

•               Numa certa cidade, uma visitante passou diante de uma bela construção. Ela era inteiramente feita de pedras, e centenas de operários moviam-se por todos os lados para levantá-la. Interessado em observar o comportamento das pessoas, parou para observar e percebeu um grupo de três homens trabalhando.

•               Observou que pegavam pedras, de um canto onde estavam amontoadas, e as carregavam até o outro lado, onde eram colocadas umas sobre as outras. Chamou-lhe a atenção a forma diferente com que cada um dos homens realizava o seu trabalho:

•               O primeiro trabalhador apresentava o rosto tenso, visivelmente descontente com o que fazia. Pegava a pedra no monte e a carregava resmungando, praticamente jogando-a na pilha do outro lado. Algumas vezes a pedra caía e tinha que ser recolocada, o que o deixava ainda mais irritado.

•               O segundo trabalhador não apresentava sinais de aborrecimento, nem de satisfação. De forma neutra, pegava cada pedra, carregava-a pela distância necessária e a colocava, com certo cuidado, na outra pilha. O terceiro trabalhador apresentava no rosto uma expressão tranquila e satisfeita. Com movimentos harmoniosos, pegava a pedra, carregava-a cuidadosamente e com muita atenção assentava-a na outra pilha.

•               Nosso observador resolveu, então, fazer uma mesma pergunta, separadamente, a cada um dos três homens: - “O que você está fazendo?”

•               O primeiro trabalhador respondeu, bastante irritado: - “ Ora, não está vendo?! Pego as pedras daquele lado e as coloco na outra pilha! “

•               O segundo trabalhador deu a seguinte resposta: - “Estou fazendo uma parede com as pedras.”

•               Já o terceiro trabalhador, com orgulho, respondeu: - “Eu? Estou construindo uma CATEDRAL, onde muitos louvarão a Deus, e onde meus filhos aprenderão o caminho do céu!”

•               Essa história relata que apesar de todos estarem realizando a mesma tarefa, porém a maneira de cada um realizar é diferente. Assim igualmente acontece com a Missa. Ela é a mesma para todos, contudo a maneira de participar é diferente, dependendo da fé e do interesse de cada um:

•               - Existem os que vão para cumprir um preceito;

•               - Há os que vão à Missa para fazer seus pedidos e orações;

•               - E há aqueles que vão à Missa para louvar a Deus em comunhão com seus irmãos.

•                

•               MAS PORQUE IR À IGREJA?

•               O individualismo não tem lugar no Evangelho, pois a Palavra de Deus nos ensina a viver fraternalmente. O próprio céu é visto como uma multidão em festa e não como indivíduos isolados. A Igreja é o povo de Deus. Com ela Jesus fez a Nova e Eterna Aliança no seu Sangue. A palavra Igreja significa Assembléia. É um povo reunido na fé, no amor e na esperança pelo chamado de Jesus Cristo.

•               A Missa foi sempre o centro da comunidade e o sinal da unidade, pois é celebrada por aqueles que receberam o mesmo batismo, vivem a mesma fé e se alimentam do mesmo Pão. Todos os fiéis formam um só "corpo". São Paulo disse aos cristãos: "Agora não há mais judeus nem grego, nem escravo, nem livre, nem homem, nem mulher. Pois todos vós sois UM SÓ em Cristo Jesus" (Gl 3,28).

 

 

Video:

O Grande Milagre A Santa Missa