Ordenados para servir o povo de Deus

 

 

Objetivos

Que os catequizandos descubram a importância do Sacramento da Ordem na vida da Igreja e, além disso, fazer uma reflexão vocacional.

 

Preparação para o encontro

Colocar a Bíblia em destaque, figuras de bispos, sacerdotes e diáconos, sobre uma toalha branca.

CIC 1536 a 1600 (ver Apêndice) e DA 184 a 208.

 

Acolhida

Oração inicial: Creio

 

Perguntar aos catequizandos quem tem na família pessoas ordenadas: diáconos, sacerdotes, bispos; ou pessoas consagradas.

 

Ver

TESTEMUNHO DE FÉ

OBJETIVO : Mostrar que a fé (e o crescimento nela) é profundamente social.

MATERIAL : Uma bíblia para cada grupo.

DESENVOLVIMENTO : O animador orienta os participantes : Na nossa vida cotidiana, nos encontramos constantemente com pessoas que exercem uma influência grande sobre a nossa vida. Esta influência tanto pode ser positiva como negativa. o que se deve fazer diante da consciência desse fato?
Depois disso, cada um, em particular, identifica entre seus amigos, vizinhos, parentes : quantos realmente crêem? Quantos são católicos não praticantes? quantos mudaram de religião nos últimos tempos? Quantos vivem a fé, apenas seguindo os mandamentos ao pé da letra? Ainda em particular, cada um coloca por escrito os testemunhos de fé que encontrou em sua vida. A respeito de cada testemunho de fé que encontrou, analisar as repercussões que tiveram, dentro de si, mesmo. 
Tiram suas conclusões para levar à plenária.

Ler 2Tm 1, 6-8

 

"Dons" de Deus (1:6-14). Timóteo recebeu um dom espiritual pela imposição das mãos do apóstolo Paulo (veja Atos 8:18), e precisa usá-lo sem medo e de acordo com o poder, amor e moderação de Deus (1:6-7).

Além deste dom espiritual, Paulo lembra Timóteo de um outro "dom" que recebeu - o chamado na graça de Deus para sofrer junto com Paulo no ensino das "sãs palavras" que manifestam a todos a vida e imortalidade (1:8-14; veja Atos 5:40-42). Sofrer por fazer o bem é um dom de Deus que faz o servo fiel crescer (veja Hebreus 12:4-13; Tiago 1:2-4).

 

Iluminar

Todos os cristãos têm a missão de evangelizar, mas cabe aos ministros ordenados a principal responsabilidade de realizar e também de coordenar, articular e animar este serviço evangelizador na Igreja. Também no início da Igreja foi assim: o Senhor chamou os doze e conferiu-lhes ministérios especiais e continua com a mesma pedagogia. Por isso, tudo o que as comunidades e cada um dos fiéis puder fazer pelas vocações de especial consagração, será sempre um ato de amor a Cristo e um grande serviço ao Povo de Deus.

 

Dom Gil Antônio Moreira que é um dos Bispos da CNBB falando sobre as vocações aos ministérios ordenados da Igreja em um dos seus textos; Ele dizia: “As vocações aos ministérios ordenados são básicas para as demais vocações na Igreja. Cristo, ao chamar os doze para o ministério de apóstolos, deu-lhes instruções e responsabilidades especiais. Pediu deles dedicação total, entrega incondicional ao ministério. Deixaram tudo: família, profissão... Somente Cristo, Sumo e Eterno Sacerdote, poderia fazer isto: conferir-lhes o poder sacerdotal que era somente Dele, único e eterno Sacerdote. Assim os apóstolos passaram, com humildade, a agir não só em nome, mas na pessoa de Cristo. É Cristo mesmo que age através deles. Cristo os chamou e os enviou para constituir, ampliar, assistir, alimentar, em fim, santificar a Igreja.

 Os sucessores dos apóstolos são os bispos, mas, unido ao ministério episcopal de forma muito íntima, está o ministério presbiteral e ao seu lado, com suas funções próprias, o ministério diaconal. Por isso, o número de padres e diáconos deve ser suficiente , para atender à comunidade do povo de Deus. É preciso que eles sejam verdadeiramente vocacionados, ou seja, que assumam com autenticidade este estado de vida e este serviço. Não basta ser em número suficiente, é preciso que sejam bons e santos , pois só assim estarão sendo fiéis ao chamado e aptos para servirem autenticamente ao Povo de Deus.”

 

Agir

Rezar a oração pelas vocações, pedindo ao Senhor que envie operários para a sua messe.

Procure descobrir uma forma de servir a comunidade fazendo algo pelos seus irmãos na fé.

 

Celebrar

Jesus nos ensinou a rezar pedindo a Deus que enviasse mais pessoas para estarem a serviço do reino; Por isso rezemos:

 

Senhor da Messe e Pastor do rebanho, faze ressoar em nossos ouvidos teu forte e suave convite: "Vem e Segue-me"! Derrama sobre nós o teu Espírito, que Ele nos dê sabedoria para ver o caminho e generosidade para seguir tua voz. Senhor, que a Messe não se perca por falta de operários. Desperta nossas comunidades para a Missão. Ensina nossa vida a ser serviço. Fortalece os que desejam dedicar-se ao Reino na diversidade dos ministérios e carismas. Senhor, que o Rebanho não pereça por falta de Pastores. Sustenta a fidelidade de nossos bispos, padres, diáconos, religiosos, religiosas e ministros leigos e leigas. Dá perseverança a todos os vocacionados. Desperta o coração de nossos jovens para o ministério pastoral em tua Igreja. Senhor da Messe e Pastor do Rebanho, chama-nos para o serviço de teu povo. Maria, Mãe da Igreja, modelo dos servidores do Evangelho, ajuda-nos a responder SIM. Amém

 

 


 

QUEBRANDO A CUCA...

 

Com a difusão do Evangelho pelo mundo, os apóstolos escolheram homens dentre os membros das comunidades e a eles transmitiram, “... mediante a imposição das mãos” (CIC 1556), a missão que receberam do Senhor. Esses homens são chamados bispos. Pela necessidade surgida com o crescimento da Igreja, os apóstolos e seus sucessores, os bispos, transmitiram a sua missão em grau diverso também a outros homens como colaboradores dos bispos em sua missão: são os presbíteros (padres) e os diáconos.

O sacramento que confere essa missão deixada pelo Senhor é chamado “Ordem”. Os gestos essenciais de seu rito estão na Igreja desde a época apostólica. São eles “... a imposição das mãos pelo bispo sobre a cabeça do ordenando e [ ... ] a oração de consagração específica que pede a efusão do Espírito Santo e de seus dons apropriados ao ministério para o qual o candidato e ordenado" (CIC 1573).

O Sacramento da Ordem habilita a pessoa “a agir como representante de Cristo, Cabeça da Igreja * ...+” (CIC 1581), e marca-a com um sinal do Espírito Santo, uma marca que jamais se apagará, “ ... porque o caráter impressa pela ordenação permanece para sempre” (CIC 1582). Uma vez ordenada, a pessoa assim estará por toda sua vida, mesmo que venha a deixar de exercer seu ministério ou abandonar a fé.

Três são os graus do Sacramento da Ordem:

 

- O terceiro é o episcopado, exercido pelos bispos - O bispo é aquele que possui o grau pleno do Sacramento da Ordem, por isso é chamado sumo sacerdote, sucessor dos apóstolos. Os bispos são os primeiros responsáveis pela santificação, governo e ensino da porção do povo de Deus que lhes é confiada – a diocese – perante a qual " ... fazem as vezes do próprio Cristo, Mestre, Pastor e Pontífice, e agem em seu nome" (CIC 1558).

 

-  O segundo é o presbiterado, exercido pelos presbíteros (ou padres) – o presbítero. É o cooperador direto e imediato do bispo. Não possui a plenitude do Sacramento da Ordem, por isso seu ministério está ligado à ordem episcopal e dela depende (cf. CIC 1567).

 

-  São responsáveis “por pregar o Evangelho, apascentar os fiéis e celebrar o culto divino, de maneira que são verdadeiros sacerdotes do Novo Testamento” (CIC 1564).

 

-  O primeiro é o diaconato, exercido pelos diáconos – o diácono exerce algumas atividades diferenciadas. “São-lhes impostas as mãos não para o sacerdócio, mas para o serviço” (CIC 1569). Tomam-se semelhantes a Cristo, que se fez servidor de todos. "Cabe aos diáconos, entre outros serviços, assistir ao bispo e aos padres na celebração dos divinos mistérios, sobretudo a Eucaristia, distribuir a Comunhão, assistir ao matrimônio e abençoá-lo, proclamar o Evangelho e pregá-lo, presidir os funerais e consagrar-se aos diversos serviços da caridade" (CIC 1570). Por meio do Sacramento da Ordem, Cristo continua a agir em sua Igreja. As pessoas que se deixam possuir dessa maneira por Cristo são vocacionados a uma missão grandiosa, e uma graça divina.

 

O sacerdote não pode cair na tentação de se considerar somente mero delegado ou apenas representante da comunidade, mas sim um dom para ela, pela união do Espírito e por sua especial união com Cristo. ‘Todo Sumo Sacerdote e tornado dentre os homens e colocado para intervir a favor dos homens em tudo o que se refere ao serviço de Deus’” (Hb 5,1) (DA 193). Crescer em Comunhão, Livro do Catequista, Vol. V, Ed. Vozes, p. 80, 2008)