Vocação

 

Vocação I

 

 

Objetivos

− Ser capaz de reconhecer a vocação como caminho de felicidade.

− Reconhecer-se como ser único e singular, capaz de fazer opções com determinação.

− Ser capaz de identificar as diversas vocações.

Preparação para

o encontro

Evangelho do Encontro: Mc 8, 34-38

Preparação:

Levar para o lugar do encontro uma churrasqueira portátil, ou uma vasilha de metal grande, onde possa preparar uma pequena fogueira. Levar também alguns pedaços de madeira, gravetos e pequenos troncos, para fazer a fogueira.

No dia do encontro, escolher um lugar com boa ventilação, onde a fumaça possa sair, para não deixar o ambiente sufocante. Se for possível, o ideal seria fazer o encontro ao ar livre.

Antes do encontro, acenda a pequena fogueira no centro do recipiente, deixando espaço livre à sua volta, coloque ali todos os pedaços de madeira e deixe que queimem.

Colocar as cadeiras em círculo em tornoda fogueira.

Acolhida

Quando chegarem, acolher com um abraço caloroso, dando-lhes as boas vindas.

Fazer uma oração inicial que fale do fogo abrasador do amor de Deus.

Disse Jesus: 'Eu vim trazer fogo à terra, e como gostaria que já estivesse aceso!' (Lc 12,49)

 

Pode-se terminar o momento de oração com um cântico que fale de fogo que transforma, que aquece os corações.

 

Ver

Pedir a todos que observem a fogueira, se aproximem e sintam o calor que vem dela (ter o cuidado de não deixar se aproximarem demais, indo um a um, para que não se queimem).Depois perguntar o que perceberam, o que sentiram.

Em seguida, afastar uma brasa do fogo, deixando-a de lado. Então, pedir a eles que também se afastem da fogueira, e perguntar se ainda sentem o calor. Enquanto falam,
a brasa retirada do fogo vai se apagando, até se tornar apenas um carvão apagado. Apontar o pedaço da madeira que se apagou e perguntar-lhes o que aconteceu com ela. Questionar sobre o fato de ter se apagado.

 

Falar sobre os tipos de Vocação.

  • Vocação humana: vivendo conforme o desejo de Deus;
  • Vocação cristã: viver como batizado a missão do cristão na igreja e no mundo;
  • Vocaçao cristãs específicas: matrimonial, missionária, de vida consagrada, sacerdotal.

Iluminar

Reflexão – Julgar:

A partir da experiência de estar próximo ao fogo, mergulhado nele como a brasa, ou estar longe, os catequizandos(as) vão perceber o sentido de permanecer junto a Jesus, e o sentido de atender ao seu chamado. Quando nos unimos em torno de Jesus, nos deixamos aquecer e inflamar pelo fogo do seu amor e nos tornamos brasa viva a aquecer os demais na vivência do evangelho.

Mas quando nos afastamos dele, nos tornamos frios, como um carvão apagado, que de nada serve a nãoser sujar os que se aproximam de forma incauta.

E isso pode acontecer mesmo com aqueles que estão dentro de uma Igreja, participando de um grupo religioso ou de um movimento. A brasa se apaga mesmo estando próxima do fogo, basta que se distancie das outras, que são lambidas pelo fogo ardente, basta que não esteja ao alcance do fogo.

Estar perto de Jesus é deixar-se guiar por Ele, é entregar-se totalmente em suas mãos, deixando que seu amor nos envolva como o fogo e nos torne chamas vivas, capazes de aquecer outros corações. Esse é o significado da renúncia que devemos fazer para atender ao chamado que Jesus nos faz.

 

[Ler o Evangelho de Mc 8, 34-38]

Agir

Compromisso – Agir:

Questionar sobre o que cada um pode fazer para se manter próximo de Jesus, e o que todo o grupo pode fazer.
Os compromissos devem ser anotados no diário e vividos durante todo o processo catequético (O/A catequista deve zelar para que sempre se lembrem e vivam os compromissos assumidos).

Frente à onda de ignorância, tomar a determinação de buscar a Cristo, para conhece-Lo e ama-Lo melhor.

 

Celebrar

Oração – Celebrar:

Cada um deverá escrever os compromissos pessoais e também os do grupo em um pequeno papel, em forma de oração. Depois cada um lê sua oração e a coloca no fogo para queimar. Concluir com um cântico.

Digamos ao Senhor: Eu quero ser esta madeira! Purificada, transformada por este fogo! Incendeia a minha alma com este Fogo do Céu!

 

Oração final: Ó Fogo abrasador, do Puro Amor, vinde como em Pentecostes. Incendiai a nossa alma, o nosso coração! Queimai em nós todo ódio, toda falta de fé! Queimai em nós todo orgulho, toda vaidade, e fazei que nos prendamos às coisas do céu! Tirai de nós todo apego ao materialismo, às pessoas. Tirai de nós todo respeito humano! Inflamai e purificai o nosso coração com um ardente Amor, por Jesus Cristo. Inspirai-nos o ardente desejo de alcançar o Céu! Ensinai-nos como falar e quando falar, como agir e quando agir. Que sejais vós, Senhor, fonte de toda santidade, a falar a nós, agir em nós, pois só assim daremos frutos, cem por um! Vinde, Espírito Santo de Amor sobre toda a terra, abrasai-a num fogo consumidor e dai-nos a Paz tão desejada nos corações para que cesse toda a violência e haja o Amor. Amém.

 

 

 

"A nossa vocação é a de ir incendiar o coração dos homens, fazer aquilo que fez o Filho de Deus. Ele veio trazer o fogo ao mundo para o incendiar com o amor d'Ele. Que outra coisa podemos desejar senão que esse fogo arda e consuma tudo?

É, portanto, verdade que eu sou enviado não só para amar a Deus, mas para fazer com que os demais o amem também. Não me basta amar a Deus se também o meu próximo não o ama. Devo amar o meu próximo como imagem de Deus e objeto do Seu amor, e fazer de tudo para que, por sua vez, os homens amem o seu Criador que os reconhece e considera como seus irmãos e que os salvou. E procurar que, com a caridade recíproca, se amem por amor a Deus, o qual tanto os amou, a ponto de, por eles, abandonar o seu próprio Filho à morte. Portanto, este é o nosso dever.

Chamado de Deus

"Vem e segue-me!"

A vocação é um Dom de Deus. Deus dá para quem ele quer a vocação. Não é nossa competência dar vocações para pos outros. Vocação não se distribui. Quando falamos em vocação, estamos falando do chamado que Deus faz para cada pessoa. Quando dizemos que cada um de nós tem um caminho, um plano que vem de Deus para ser realizado, estamos falando

de vocação. Trata-se de um chamado de Deus que tem como finalidade a realização plena da pessoa humana. Toda pessoa é vocacionada, é eleita por Deus. Deus elege por causa de algumas pessoas da comunidade e esta eleição se manifesta no nosso dia a dia. É um gesto gracioso de Deus que visa à plena humanização do ser humano. É dom, é graça, é eleição cuidadosa, visando à construção do Reino de Deus. É um chamado para fazer algo, para cumprir uma missão.
Vemos na mensagem do Evangelho um convite contínuo para seguir Jesus: vem e segue-me (Mt 9,9; Mc 8,34; Lc 18,22; Jo 8, 12). Isso diz respeito ao seguimento da prática de Jesus. É uma iniciativa gratuita, uma proposta que parte de Deus e impulsiona o interior de cada pessoa para que livre e conscientemente responda ao plano de amor de Deus.
O chamado de Deus, cujo chamamos de vocação, se distingue entre vocação fundamental e vocação específica. A Vocação Fundamental diz respeito ao nosso grande primeiro chamado que é a vida gerada no seio de uma determinada família, seguindo com o chamado para sermos cristãos e viver a santidade pelo sinal de Deus que recebemos no batismo. A Vocação Específica é a maneira própria de cada pessoa realizar a sua Vocação Fundamental, como leigo, religioso ou sacerdote.
Enfim, Deus chama a cada pessoa, chama pessoalmente e chama para desempenhar um papel concreto dentro da comunidade, de acordo com os seus dons – carismas. O ministério dentro da nossa Comunidade Cristã é a estruturação de um carisma: sacerdócio, catequese, liturgia, ministro da eucaristia, animador dos jovens, etc. A um o espírito dá o dom da sabedoria, a outro o da ciência, a outro o da fé, o dom das curas, das profecias, do discernimento... (1Cor 12,8 ss.). O Chamado de Deus sempre surge dentro da Comunidade, em função da Comunidade, e exige uma resposta concreta, generosa e heróica de todo cristão. Esse Chamado não é para o egoísmo, para o fechamento, mas para a abertura, para a doação, para servir a comunidade, sempre em uma atitude orante, pois a oração é a primeira condição para a descoberta do Chamado de Deus.


(cf. Texto Base do Congresso Vocacional de 1999)


 

VocaçãoII

 

 

Objetivos

− Ser capaz de reconhecer a vocação como caminho de felicidade.

− Reconhecer-se como ser único e singular, capaz de fazer opções com determinação.

− Ser capaz de identificar as diversas vocações.

Preparação para

o encontro

Velas para todos os participantes, ambiente escuro (ideal se for feito a noite ou em sala que possa ter as janelas fechadas), fósforo ou isqueiro, pedaços de papel, lápis ou caneta., durex ou barbante.

Bíblia e Catecismo da Igreja Católica.

Folhas de papel (uma para cada participante). Cópia das mensagens.

Acolhida

Oração inicial: Vinde Espírito Santo.

 

Quando trata dos mandamentos, o Catecismo da Igreja Católica aborda o estudo da doutrina cristã com este belo título: “A vida em Cristo”. Na explicação do Símbolo da fé (primeira parte) se dá a razão dos dons de Deus ao ser humano pela criação, e mais ainda, pela redenção, presente de Deus ao ser humano. O desenvolvimento do ensinamento a respeito dos sacramentos (segunda parte) mostra como na celebração do mistério de Cristo a graça nos é dada, que nos faz participantes da natureza divina e filhos de Deus com o batismo; com o batismo começa uma nova vida, a vida em Cristo.

Entregar a mensagem.

Mas esta vida em Cristo requer o cumprimento dos mandamentos (terceira parte), que é a coerência com a fé e com a vocação, à qual convida São Leão Magno: “Reconhece, cristão, a tua dignidade, e uma vez que foste feito participante da natureza divina, não queiras voltar à tua antiga miséria com uma conduta degenerada. Não esqueças de que Cabeça e de que Corpo tu és membro. Recorda-te de que, arrancado do poder das trevas, fostes transladado ao esplendoroso Reino de Deus” (Sermão 21).

Ver

Dinâmica: LUZ DO MUNDO

Duração: 20 min

Material: uma vela para cada participante, ambiente escuro (ideal se for feito a noite ou em sala que possa ter as janelas fechadas), fósforo ou isqueiro, pedaços de papel, lápis ou caneta., durex ou barbante

Sentados em circulo, sugerir que fechem os olhos e façam uma oração silenciosa, por alguns minutos; enquanto isso apague as luzes do ambiente.

Comentar sobre a escuridão do ambiente, se é confortável ficar assim sentado no escuro, o que eles fazem quando acaba a luz.

O coordenador acende uma vela e lê: O Senhor esteja conosco, Ele está nomeio de nós, proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus 5, 14-16. Palavra da Salvação.

Perguntas: O que quer dizer este texto? Adianta eu acender esta vela e colocá-la atrás de mim? (coloque a vela acesa atrás) Melhora se eu colocar a vela a minha frente e mais para o alto? (mostre a vela) E se cada um de nós tivesse uma vela, ficaria mais claro?

O coordenador levanta e dá a cada participante uma vela, mas não acende. Ficou mais claro? Não, por que? O que falta?

Cristo disse que ele é a luz do mundo, de que luz ele está falando? Ele quer iluminar os cantos escuros do mundo, como? Através de sua Palavra, de seu amor, de sua morte na cruz.

O coordenador sugere que cada um acenda a vela do seu vizinho dizendo algo sobre Cristo e ele começa colocando a chama de sua vela na do vizinho do lado (atenção com os cabelos e com pingar cera derretida sobre as pernas), dizendo algo como: “Cristo te ama”, cada participante deve fazer o mesmo, com o vizinho ao lado, falando uma frase diferente.

Agora ficou mais claro o nosso ambiente, claro com a luz de Cristo. E o que Cristo diz desta luz, ela deve ficar escondida? O que nós devemos fazer com esta luz?

Deixar um momento de reflexão e oração; acender as luzes da sala e apagar as velas. Pedir que falem sobre o que pensaram e sugerir uma atividade para levar a luz de Cristo para outros:

Escrever num pedaço de papel o versiculo ou a frase que lhe foi dita ao acender a vela. Atar o papel à vela, com durex ou barbante (de forma que possa ler o escrito); presentear esta vela aos pais ou a um amigo.

Iluminar

Explicação sobre vocação e missão.

Agir

Refletir sobre esta frase da sábia Madre Teresa de Calcutá:

"Talvez tu sejas o único Evangelho vivo que o teu irmão possa ler."

Celebrar

Leitura: Mt 4,19-22

Pescadores de Homens: Eis nossa Vocação!

Dinâmica:

O barco

Participantes: Indefinido.

Tempo Estimado: 10 a 15 minutos.

Material: Uma folha em branco para cada um.

Descrição: Somos chamados por Deus à vida, e esta nossa vida nós podemos representar como um barco que navega em alto mar. (fazer o barco de papel).

Há momentos da nossa vida que este mar se mostra calmo, mas em muitos momentos nós navegamos por entre tempestades que quase nos leva à naufragar. Para não corrermos o risco de naufragar precisamos equilibrar bem o peso de nosso barco, e para isso vejamos o que pode estar pesando dentro desse barco.

O barco pesa do lado direito. São as influências do mundo. Ex: Ambição, drogas, televisão, inveja, etv.

Vamos tirar de dentro do nosso barco tudo isso para que ele se equilibre novamente. (Cortar a ponta do lado direito do barco)

Navegamos mais um pouco e de repente percebemos que o outro agora é que está pesado, precisamos tirar mais alguma coisa deste barco. Deste lado do barco está pesando: Egoísmo, infidelidade, impaciência, desamor, falta de oração, etc. (Cortar a ponta do lado esquerdo do barco)

Percebemos agora que existe uma parte do barco que aponta prá cima, é a nossa fé em Jesus que nós queremos ter sempre dentro do nosso barco, esta nossa fé nós vamos guardar e cuidar com carinho para nos sustentar na nossa jornada. (Cortar a ponta de cima do barco e colocar em algum lugar visível)

Vamos abrir este nosso barco e ver como ficou (Abrindo parece uma camisa)

Está é a camisa do Cristão, somos atletas de Cristo, e como bom atleta que somos temos que usar muito essa camisa para que nosso time sempre vença (colocar alguma coisa sobre o nosso dever de ser cristão)

Depois de suarmos esta camisa, nós podemos ter certeza disto (Abrir a camisa e mostrar a cruz sinal da certeza da nossa Salvação)

Só conseguiremos esta salvação se assumirmos a proposta de Cristo (Olhando através da cruz podemos ver nosso próximo e entender suas necessidades)

Como vamos nos manter firmes nesta caminhada de cristão não deixando que nosso barco afunde. Temos que nos alimentar, e aqui está o único e verdadeiro alimento para nossa alma, que nos faz fortes e perseverantes (Esta pontinha do barco que guardamos - mostrar e perguntar o que é, resposta: eucaristia - está é a certeza que Jesus estará sempre dentro do nosso barco para enfrentar conosco qualquer tempestade).

Obs.: Os pedaços de papel que retiramos da ponta do barco são os remos. Nós usamos dois remos e os outros dois remos são de Jesus que está sempre em toda nossa caminhada nos ajudando.

 

Rezar o Creio.

 


 

 

 

“Reconhece, cristão, a tua dignidade, e uma vez que foste feito participante da natureza divina, não queiras voltar à tua antiga miséria com uma conduta degenerada. Não esqueças de que Cabeça e de que Corpo tu és membro. Recorda-te de que, arrancado do poder das trevas, fostes transladado ao esplendoroso Reino de Deus” (São Leão Magno: Sermão 21).

“Reconhece, cristão, a tua dignidade, e uma vez que foste feito participante da natureza divina, não queiras voltar à tua antiga miséria com uma conduta degenerada. Não esqueças de que Cabeça e de que Corpo tu és membro. Recorda-te de que, arrancado do poder das trevas, fostes transladado ao esplendoroso Reino de Deus” (São Leão Magno: Sermão 21).

“Reconhece, cristão, a tua dignidade, e uma vez que foste feito participante da natureza divina, não queiras voltar à tua antiga miséria com uma conduta degenerada. Não esqueças de que Cabeça e de que Corpo tu és membro. Recorda-te de que, arrancado do poder das trevas, fostes transladado ao esplendoroso Reino de Deus” (São Leão Magno: Sermão 21).

“Reconhece, cristão, a tua dignidade, e uma vez que foste feito participante da natureza divina, não queiras voltar à tua antiga miséria com uma conduta degenerada. Não esqueças de que Cabeça e de que Corpo tu és membro. Recorda-te de que, arrancado do poder das trevas, fostes transladado ao esplendoroso Reino de Deus” (São Leão Magno: Sermão 21).

“Reconhece, cristão, a tua dignidade, e uma vez que foste feito participante da natureza divina, não queiras voltar à tua antiga miséria com uma conduta degenerada. Não esqueças de que Cabeça e de que Corpo tu és membro. Recorda-te de que, arrancado do poder das trevas, fostes transladado ao esplendoroso Reino de Deus” (São Leão Magno: Sermão 21).

“Reconhece, cristão, a tua dignidade, e uma vez que foste feito participante da natureza divina, não queiras voltar à tua antiga miséria com uma conduta degenerada. Não esqueças de que Cabeça e de que Corpo tu és membro. Recorda-te de que, arrancado do poder das trevas, fostes transladado ao esplendoroso Reino de Deus” (São Leão Magno: Sermão 21).

“Reconhece, cristão, a tua dignidade, e uma vez que foste feito participante da natureza divina, não queiras voltar à tua antiga miséria com uma conduta degenerada. Não esqueças de que Cabeça e de que Corpo tu és membro. Recorda-te de que, arrancado do poder das trevas, fostes transladado ao esplendoroso Reino de Deus” (São Leão Magno: Sermão 21).

“Reconhece, cristão, a tua dignidade, e uma vez que foste feito participante da natureza divina, não queiras voltar à tua antiga miséria com uma conduta degenerada. Não esqueças de que Cabeça e de que Corpo tu és membro. Recorda-te de que, arrancado do poder das trevas, fostes transladado ao esplendoroso Reino de Deus” (São Leão Magno: Sermão 21).

“Reconhece, cristão, a tua dignidade, e uma vez que foste feito participante da natureza divina, não queiras voltar à tua antiga miséria com uma conduta degenerada. Não esqueças de que Cabeça e de que Corpo tu és membro. Recorda-te de que, arrancado do poder das trevas, fostes transladado ao esplendoroso Reino de Deus” (São Leão Magno: Sermão 21).

“Reconhece, cristão, a tua dignidade, e uma vez que foste feito participante da natureza divina, não queiras voltar à tua antiga miséria com uma conduta degenerada. Não esqueças de que Cabeça e de que Corpo tu és membro. Recorda-te de que, arrancado do poder das trevas, fostes transladado ao esplendoroso Reino de Deus” (São Leão Magno: Sermão 21).

“Reconhece, cristão, a tua dignidade, e uma vez que foste feito participante da natureza divina, não queiras voltar à tua antiga miséria com uma conduta degenerada. Não esqueças de que Cabeça e de que Corpo tu és membro. Recorda-te de que, arrancado do poder das trevas, fostes transladado ao esplendoroso Reino de Deus” (São Leão Magno: Sermão 21).

“Reconhece, cristão, a tua dignidade, e uma vez que foste feito participante da natureza divina, não queiras voltar à tua antiga miséria com uma conduta degenerada. Não esqueças de que Cabeça e de que Corpo tu és membro. Recorda-te de que, arrancado do poder das trevas, fostes transladado ao esplendoroso Reino de Deus” (São Leão Magno: Sermão 21).


IDÉIAS PRINCIPAIS:

1. Cristo revela quem é o ser humano

Diz o Concílio Vaticano II que “Cristo manifesta plenamente o homem ao próprio homem e lhe descobre a grandeza de sua vocação” (Gaudium et Spes, 22). Cristo, o Filho de Deus feito homem –homem perfeito- , enviado por Deus Pai para nos salvar e nos dar o exemplo, é como o espelho no qual o homem pode saber quem é e a que vocação foi chamado por Deus.

2. O sentido da vida e a vocação do homem

O homem foi criado por Deus, e é a única criatura da terra que Deus amou por si mesma. Dotada de alma espiritual –com entendimento e vontade-, a pessoa humana está, desde a sua concepção, ordenada a Deus e destinada à eterna bem aventurança. O ser humano consegue a sua perfeição na busca do amor, da verdade e do bem. Em conseqüência, fomos criados por Deus, e o sentido da vida está em caminhar para Deus para viver eternamente com Ele: esta é a vocação do ser humano.

3. Viver de acordo com a vocação

O ser humano deve viver de acordo com a vocação à qual tenha sido chamado por Deus; deve seguir a lei moral que Deus mesmo colocou no mais íntimo de cada pessoa e que lhe intima: “Faz o bem e evita o mal”. Todos devem seguir esta lei que ressoa na consciência, porque é uma lei universal e imutável. O cristão conhece o caminho para alcançar a eterna bem aventurança: cumprir os mandamentos.

4. A liberdade do ser humano

Mas o ser humano é livre; e sendo nossa liberdade frágil, pode obedecer – e também desobedecer – a voz de Deus que lhe deu a liberdade para que seja livre de verdade, sem coação alguma, porque quer que se decida por Deus. A liberdade é a raiz do ato humano, e por isso o ser humano é responsável das decisões que voluntariamente adota. Às vezes, a responsabilidade de uma ação pode ficar diminuída – inclusive, anulada – pela ignorância, a violência, o temor e outros fatores psíquicos e sociais. Por causa do pecado original, o ser humano conserva o desejo do bem, mas a natureza humana está sujeita ao erro e inclinado ao mal no exercício de sua liberdade. Por isso é preciso amar a liberdade e defende-la, mas também é necessário educa-la para que seja “a liberdade que Cristo nos ganhou” (Gálatas 5,1).

5. A vocação do ser humano

Com sua morte na cruz Cristo livrou a humanidade do demônio e do pecado, merecendo para todos a vida nova no Espírito Santo; com a sua graça restaurou o que o pecado tinha destruído. E esta senda que Cristo traçou é a que deve seguir todo aquele que queira ir após Ele, para unir-se com Ele, para identificar-se com Ele. Não existe outro caminho. Nesta união com Cristo se alcança a perfeição da caridade, a santidade à qual todos estão chamados, como ensina o Concílio Vaticano II: “Todos... são chamados à plenitude da vida cristã e à perfeição da caridade”. A vida em Cristo atinge sua plenitude na glória do céu.

6. A vocação do ser humano e a felicidade

Além de santos, Deus nos quer felizes, mesmo contando com que – enquanto peregrinamos – precisamos carregar a cruz, que é a condição da existência cristã. A felicidade na terra sempre traz consigo o meio amargo da precariedade. Este paradoxo fica muito bem manifestado nas bem aventuranças, nas quais Jesus ensina quais são os verdadeiros bens. Somos herdeiros do Reino de Deus, e nossa verdadeira e plena felicidade se realizará na visão de Deus, no descanso com Deus. A vida eterna é um dom gratuito de Deus, tão sobrenatural como a graça que conduz a ela.

7. Cristo, princípio e meta de todo ser humano

Cristo, que é o Senhor do cosmos e da história, é para o ser humano em particular “o caminho, a verdade e a vida” (João 14,6). Em quanto Deus é o criador do universo, que é sustentado com sua palavra poderosa; como homem, é o Redentor do mundo, o único Redentor, pois não existe outro que possa nos salvar. Por isso nossa dignidade, nossa verdade, nossa vida, nosso caminho é Jesus Cristo, a quem o ser humano deve buscar, seguir e amar: “Se conheces a Cristo, sabes tudo; se ignoras a Cristo, não sabes nada”, dizia o escrito afixado em uma biblioteca. O ser humano de nosso tempo tem especial necessidade de buscar, de encontrar a Cristo, já que está vendo destruídas todas as suas esperanças e ninguém mais que Cristo poderá livrar a humanidade do desamparo que a aprisiona. Cristo é a esperança da humanidade, porque “Cristo é o amor que ama, é o caminho para ser andado, a luz para ser acesa, a vida para ser vivida, o amor digno de ser amado” (Madre Teresa de Calcutá). Quem encontra a Cristo experimenta o milagre de ver sua vida transformada, com um ideal que o apaixona e lhe dá vontade de viver, como a loucura confessada por São Paulo: “Já não sou eu quem vive, é Cristo que vive em mim” (Gálatas 2,20).

 

Vocação e missão. É tudo igual?

Em latim, vocação significa “chamar”. Sendo assim, Deus chama a mim, a você, ao nosso grupo, nos convidando ao serviço, à doação, à entrega. Nesse chamado, o que Ele mais quer é que nós estejamos junto d'Ele, de Seu Filho Jesus e do Espírito Santo, participando do amor dessa Família do céu e da nossa comunidade. O Todo-poderoso nos chama, mas nos dá também os carismas e as qualidades de que precisamos para assumir esse chamado.

A palavra missão também vem do latim e significa "enviar". É Jesus quem nos envia, como Ele mesmo falou: “Vão e façam meus discípulos todos os povos, ensinando a respeitar tudo o que vos ensinei” (cf. Mt 28,19-20). Não existe chamado sem missão, como também não existe missão se não houver quem possa realizá-la. Explicando melhor: a vocação, como vimos, é um chamado de Deus para servirmos a todos os irmãos. Esse serviço é a missão. Podemos concluir que vocação e missão não são a mesma coisa, mas elas estão muito ligadas, sendo consequência uma da outra.

 

Vocação

 A palavra vocação vem do verbo no latim "vocare" (chamar?). Assim vocação significa chamado. É, pois, um chamado de Deus. Se há alguém que chama, deve haver outro que escut, que responde.
A vida de todo ser humano é um dom de Deus. "Somos obra de Deus, criados em Cristo Jesus" (Ef 2,10). Existimos, vivemos, pensamos, amamos, nos alegramos, sofremos, nos relacionamos, conquistamos nossa liberdade diante do mundo que nos cerca e diante de nós mesmos.
Não somos uma existência lançada ao absurdo. Somos criaturas de Deus.
Não existe homem que não seja convidado ou chamado por Deus a viver na liberdade, que possa conviver, servir a Deus através do relacionamento fraternal com os outros.
Você é vocacionado, é chamado por Deus a viver no Seu amor.
Encontramos na Bíblia muitos chamados feitos por Deus: Abraão, Moisés, os profetas... Em todas as escolhas, encontramos:

  • Deus chama dlretamente, pela mediação de fatos e acontecimentos, ou pelas pessoas.
  • Deus toma a Iniciativa de chamar.
  • Escolhe livremente e permite total liberdade de resposta.
  • Deus chama em vista de uma missão de serviço ao povo.

Vocação é o encontro de duas liberdades:

  • a de Deus que chama
  • a do Homem que responde

Podemos fazer uma distinção entre os chamados: vocação à existência, vocação humana, vocação cristã e vocação específica, uma sobrepondo-se à outra.

Vocação à existência -À vida
Foi o primeiro momento forte em que Deus manifestou todo o seu amor a cada um de nós. Deus nos amou e nos quis participantes de seu projeto de criação como coordenadores responsáveis por tudo o que existe. Fomos criados à imagem e semelhança de Deus. A vida é a grande vocação. Deus chama para a vida, e Jesus afirma que veio para que todos a tenham em abundância. (Jo 10,10)
Vocação humana - Ser gente, ser pessoa
Foi nos dada a condição da "liberdade dos filhos de Deus", inteligência e vontade. Estabelecemos uma comunhão com o Criador e, nessa atitude dialogai, somos pessoas. A pessoa aprende a conviver, a dialogar, enfim, a se relacionar. Todos têm direitos e deveres recíprocos.
Infelizmente, a obra-prima do Criador anda muito desprezada: enquanto uns têm condições e oportunidades, outros vivem na miséria, sem condições básicas para ressaltar a dignidade com que foram constituídos. No mundo da exclusão acontece a "desumanização"'e pode-se perder a condição de pessoa humana.
Vocação cristã - Vocação de filho, de batizado
Todo batizado recebeu a graça de fazer parte do povo eleito por Deus, de sua Igreja. Através da vocação cristã, somos chamados à santidade, vocação à perfeição, recebendo a mesma fé pela justiça de Deus. Fomos, portanto, eleitos e chamados pessoalmente por Cristo para ser, como cristãos, testemunhas e seguidores do Mestre Jesus. Chamados â fé pelo batismo, a pessoa humana foi qualificada de outra forma. Assim todos fazem parte do "reino de sacerdotes, profetas e reis". (1 Pd 2,9)
Toda pessoa batizada tornou-se um seguidor de Cristo, participante de uma comunidade de fé que pode ser chamada para participar da obra de Deus, como membro de sua Igreja, seguindo caminhos diferentes:
Vocação laical (no matrimônio /no celibato / solteiro - apóstolo)
l Assim todo cristão solteiro ou casado, batizado em Cristo, tornando-' se membro da sua Igreja, é convocado a ser apóstolo, anunciador do l Reino de Deus, exercendo funções temporais. O leigo vive na l secularidade e exerce sua missão insubstituível nos ofícios e trabalhos l deste mundo. O Concilio Vaticano II sublinhou que a vocação e a missão l do leigo "contribuem para a santificação do mundo, como fermento na \ massa'. (LG31)
Vocação ao ministério ordenado (diácono, padre e bispo)
É uma vocação de carisma particular, é graça, mas passa pela mediação da Igreja particular, pois as vocações são destinadas à Igreja. Acontece num acompanhamento sistemático, amadurecendo as motivações reais da opção. O ministro ordenado preside e coordena os serviços da comunidade. Por intermédio dos sacramentos, celebra a presença de Deus no meio do seu povo. O presbítero é enviado a pastorear e animar a comunidade. Ele é o bom pastor que guia, alimenta, defende e conhece as ovelhas. "Isto exige humanidade, caráter íntegro e maduro, virtudes morais sólidas e personalidade madura". (OT 11)
Vocação à vida consagrada  (ser irmão religioso ou irmã religiosa / vida ativa ou contemplativa)
O religioso é chamado a testemunhar Cristo de uma maneira radical, vivendo uma consagração total nos votos de pobreza, castidade e obediência. Com a pobreza, vivem mais livres dos bens temporais, tornando-se disponíveis para Deus, para a Igreja e para os irmãos. Com a castidade, vivem o amor sem exclusividade, sendo sinal do mundo l futuro que há de vir. Com a obediência, imitam a Cristo obediente e fiel à vontade do Pai.

Textos bíblicos
Mateus 25,14-30; João 14, 5 - 7 - Leia estes textos com calma, um de cada vez, procurando trazê-los para a sua vida.
Precisamos distinguir bem vocação de profissão, pois não são exatamente a mesma coisa. Veja o quadro abaixo e observe a distinção entre uma e outra:

 

 

Profissão

Vocação

1 . aptidão ou escolha pessoal para exercer um trabalho

1. chamado de Deus para uma missão, que se origina na pessoa como reação-aspiração do ser

2. preocupação principal: o "ter", o sustento da vida

2. preocupação exclusiva: "o ser" , o amor e o serviço

3. pode ser trocada

3. é para sempre

4. é exercida em determinadas horas

4. é vivida 24 horas por dia

5. tem remuneração

5. não tem remuneração ou salário

6. tem aposentadoria

6. não tem aposentadoria

7. quando não é exercida, falta o necessário para viver

7. vive da providência divina

8. na profissão eu faço

8. ha vocação eu vivo


A profissão dignifica a pessoa quando é exercida com amor, espírito de serviço e responsabilidade. A vocação vivida na fidelidade e na alegria confere ao exercício da profissão uma beleza particular, é o caminho de santidade.

 

A vocação de Jesus Cristo


1º) A vocação de Cristo: CHAMADO - RESPOSTA - MISSÃO
 Na vocação de Cristo também podemos observar: um chamado, uma resposta e uma missão.

 

 

CHAMADO

"...De tal modo Deus amou o mundo que lhe deu seu Filho Único " (Jo 3,16)

-Deus   Pai,   olhando  o mundo privado de seu Plano, chama seu Filho para restaurá-lo.

RESPOSTA

"...E is que venho, ó Pai, para fazer a tua vontade' '(Hb 10,7).  "...Meu alimento é f aze r a vontade daquele que me enviou' '(Jo 4,34)

-O Filho, Jesus Cristo, responde encarnando-se, fazendo-se um como nós e oferecendo sua própria vida.

MISSÃO

"...Eu vim para que todos tenham vida e a vida em abundância" (Jo 10,10)

-A missão é restaurar o Plano de Deus, recuperar a Vida divina para a humanidade.

"Eu vim não para ser servido, mas para servir e dar a vida por resgate de muitos" (Mc 10,45).
Jesus Cristo veio ao mundo como gente para fazer a vontade do Pai, para servir.
Cristo disse "SIM" ao Pai e assumiu sua vocação até o fim. Toda vocação humana tem suas raízes, seu motivo e sua realização na própria vocação de Cristo.
Diz São Paulo: "Nele foram criadas todas as coisas nos céus e na terra... Tudo foi criado por Ele e para Ele" (Cl 1,16ss).
Como Jesus viveu sua vocação?
- nascendo como gente, pobre e sem conforto;
- como criança, em Nazaré, ajudando seus pais;
- aos doze anos, obediente, crescia em estatura, em sabedoria, idade e graça (Lc2, 51-52);
- ao sair de casa, após o batismo no Rio Jordão, ensinou a Palavra de Deus, a Boa Nova. Mostrou que o Reino de Deus é para todos, especialmente os pobres e pecadores.
- escolheu os doze apóstolos e os enviou em missão para dar continuidade a sua obra redentora.

2º) A MISSÃO de Cristo: RESTAURAR TUDO NELE, RESTAURAR A VIDA DIVINA.


Cristo é o restaurador de tudo. É o centro da história:
"Por meio do sangue de Cristo é que fomos libertos e nele nossas faltas foram perdoadas, conforme a riqueza da sua graça... Ele nos fez conhecer o mistério da sua vontade, a livre decisão que havia tomado outrora de restaurar em Cristo todas as coisas, tanto as celestes como as terrestres. " (Ef 1,7-10)
Por Cristo, com Cristo e em Cristo os homens readquirem o equilíbrio, a harmonia e a comunhão perdidas quando estes recusaram a Vida divina:

 

 

Cristo restaura a relação do homem com o universo:
* O homem deve assumir o universo, tomando-o como mediação para o amor ao próximo e a Deus.
* O mundo, o universo, penetrados pela graça, são tarefas do homem, que deve continuar o mistério da criação neste "sétimo" dia da história.

"...Pois sabemos que a criação inteira geme e sofre as dores de parto até o presente" (Rm 8,22)

Cristo reconstrói o homem (união consigo mesmo):
*   O homem tem agora uma Vida nova em
Cristo, a vida da graça, a Vida divina.
* O homem renasce pela água e pelo Espírito
Santo.

"Quem não nascer da água e do Espírito não pode entra r no Reino de Deus... E para que todo o que no Filho crê não pereça, mas tenha a vida eterna (Jo 3,5.15)

Cristo restaura as relações do homem com os outros:
* Reconstruído em si mesmo, o homem é capaz de se possuir e, portanto, de se dar.
* A Vida divina em nós é essencialmente comunitária, como a Vida divina na Santíssima Trindade.

"...Do u-vos um mandamento novo: que vos ameis uns aos outros" (Jo 13,34)
"Nós sabemos que passamos da morte para a vida. Porque amamos os irmãos".         (1Jo 3.14)

Cristo restaura a relação do homem com Deus:
* Em Cristo os homens podem dizer a Deus: "Pai, Pai nosso..."
* Os homens, filhos de Deus, são "o Povo de Deus", a família de Deus, circulando em todos a mesma Vida divina.

"Vede que prova de amor nos deu o Pai: sermos chamados filhos de Deus. E nós o somos" (1Jo 3,1)

"Você já não é escravo, mas filho: e se é filho, é também herdeiro por vontade de Deus" (Gl 4,7)

 

3º) A RESPOSTA de Cristo: FAZER A VONTADE DO PAI
Para poder entender a vocação de Jesus é preciso acreditar na confissão que proclama a Carta aos Filipenses 2,6-8:
"... Jesus Cristo tinha a condição divina, e não considerou o ser igual a Deus como algo a que se apegar ciosamente. Pelo contrário, esvaziou-se a si mesmo e assumiu a condição de servo, tomando a semelhança humana. Assim, apresentando-se como simples homem, humilhou-se a si mesmo, tornando-se obediente até a morte, e morte de cruzl"
Em verdade Cristo, na sua condição divina, tinha por direito todas as prerrogativas divinas. Mas, feito homem, renunciou a essas prerrogativas divinas e adotou a condição humana partilhando todas as fraquezas dessa condição humana, exceto o pecado. Isto tem grandes consequências, pois Cristo, sem deixar de ser Deus, ao assumir a condição humana, Ele tem que percorrer os mesmos caminhos de todo ser humano.
Jesus não nasce sabendo tudo, pelo contrário, tem que aprender como qualquer criança, jovem ou adulto, a também descobrir sua vocação.
• Jesus, como homem, discerne também sua vocação
Dos 33 anos da vida de Jesus, 30 aconteceram na normalidade de qualquer outro (Lc 3,23). Jesus vai a se batizar por João Batista como um fiel a mais, aí se manifestou o Espírito Santo, que lhe conduz ao deserto. Aí Jesus verdadeiramente discerne sua vocação escutando o chamado do Pai, sofrendo as tentações...
E Jesus inicia sua vida pública na sinagoga de Nazaré, sua cidade, anunciando sua missão libertadora.
"Foi entregue a Jesus o livro do profeta /saías; abrindo-o, encontrou a passagem onde está escrito: 'O Espírito do Senhor está sobre m/m, porque E/e me ungiu para evangelizar os pobres; envio u-me para proclamar a remissão aos presos e aos cegos a recuperação da vista, para restituir a liberdade aos oprimidos e para proclamar um ano de graça do Senhor'. Fechou o livro e começou a dizer-lhes: hoje se cumpriu essa passagem da Escritura que vocês acabam de ouwr"(Lc 4,17-21).

Jesus assume todas as consequências do Sim
Veja como Cristo viveu e assumiu a sua missão. Veja como disse Sim ao Pai até a morte, e morte de cruz. Veja como não foi fácil:
"Jesus prostrou-se com o rosto em terra e orou: Meu Pai, se é possível, afasta de m/m este cálice; contudo, não seja como eu quero, mas como tu queres"(m. 26,39).
"Cristo, nos dias de sua vida terrestre, apresentou pedidos e súplicas, com veemente clamor e lágrimas, àquele que o podia salvar da morte; e foi atendido por causa da sua submissão. E embora fosse Filho, aprendeu, contudo, a obediência pelo sofrimento''(H b 5,7-8).
Jesus assume todas as consequências de sua missão, sendo coerente com aquilo que pregou.
"Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a sua vida pêlos amigos".
Jesus morreu como o grão de trigo debaixo da terra (Jo 12,24), para dar frutos, para dar vida:
"Eu vim para que tenham vida e a vida em abundância''(Jo 10,10).

Textos para refletir:
1. O que disseram dele: Is 42 e 61; Jo 1, 19-34; 3, 22-35; Mt 16,16-17; Mc 1,21-28
2. O que o Pai disse dele: Lc 3,21-2 e 9,35; Mt 17, 5-6
3. Como Jesus se apresenta: Lc 1-2; Mt 11,28-30 ; 25-40
4. Aparência física de Jesus: Lc 3,23; Lc 4,2; Lc 6,17-23; Lc 22
5. Atraente: Mt 14, 13-21; Jo 1,35-41; Lc 19,10; Jo 7, 40-47
6. Corajoso: Mt 12,24; Lc 25, 8-9
7. Humano: Lc 19,41; Jo 32,36; Mc 9, 13-14; Lc 7,11-17
8. Atitudes de Jesus: Mt 10,38; Mt 5
9. Jesus que convida: Os que dizem sim — Jo 1,35-41; os que colocam condições — Mt 8,21-22; Lc 9, 57-62; Os que dizem não — Mt 19, 16-22