PAIXÃO, MORTE E RESSURREIÇÃO DE JESUS
Objetivos |
Perceber que o sofrimento de Jesus por amor a nós foi para nos levar a viver com Ele a sua ressurreição. Despertar sentimentos de gratidão e confiança em Jesus que se oferece ao Pai por amor a nós. Despertar o desejo de conhecer e amar o Cristo
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Preparação para o encontro |
Bíblias, uma cruz de palito de sorvete para cada catequizando, um pedaço de pano branco, flores, vela |
Acolhida |
Oração inicial: Creio
Jesus é a maior representação da graça de Deus. Ele entregou-Se por nós, antes mesmo de o mundo ter sido criado.
"Eu tenho um amigo, e conheço mais algumas poucas pessoas que adoram dar presentes. Normalmente as pessoa preferem ganhar presentes do que dar. Dar é uma qualidade que poucos têm. Em dar, englobamos... presentes, amor, dedicação, paciência, bondade, tolerância, obediência... enfim... tantas coisas que se fôssemos discorrer aqui, teríamos uma lista sem fim... |
Ver |
Explicar como foram as últimas horas de Cristo, antes de sua morte na cruz. Vamos procurar na Bíblia - Jo 19, 1-30 Jesus foi condenado à morte do jeito mais doloroso que havia no seu tempo: fizeram com que ele carregasse a madeira pesada da cruz até o alto do morro Calvário. Sendo torturado com tanta violência, Jesus sofria o resultado de toda maldade e pecado que os homens haviam cometido. Jesus tinha o poder de Deus, mas aceitou ser homem até o fim. Jesus ficou três horas pregado na cruz, sofrendo terrível agonia. Mas mesmo na cruz, Jesus continuou pensando em todos os homens com muito amor. Olhou para aqueles que o haviam crucificado e rezou: “Pai, perdoa-lhes porque eles não sabem o que fazem” (Lc 23,34). Depois de tanto sofrimento, Jesus, inocente morre crucificado no meio de dois ladrões. Antes de morrer disse: — “Pai, tudo aquilo que me mandaste fazer eu fiz. Em tuas mãos, Pai, entrego meu espírito” (Lc 23, 46). Nós também, muitas vezes, nos comportamos como: Judas, quando traímos Jesus em nossos irmãos, em nossa família, por dinheiro e por discordar da Boa Nova do Reino de Deus. Pilatos quando por medo ou por interesse próprio, não nos comprometemos com os pobres e inocentes. Barrabás quando permitimos que as pessoas sofram por algum mal que nós cometemos. (Lc 15, 1-15).
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Iluminar |
RESSURREIÇÃO DO SENHOR Jesus de fato morreu. Aqueles que o mataram acreditaram que tinham vencido. Mas, ao amanhecer de Domingo, no terceiro dia... Jesus Cristo saiu do sepulcro (túmulo) por seu próprio poder. Ressuscitou para ficar para sempre conosco, vencendo a dor e a Morte. A Ressurreição de Jesus é o grande sinal da vida: Vamos ler Mt 28, 1-8
O amor vence a dor, o sofrimento e a morte. Como podemos vencer a morte e viver a ressurreição em cada dia da nossa vida: na família, na escola, no trabalho e na comunidade?
Brincadeira: Jogo da Velha, Como ele era? Sua aparência era como um relâmpago e sua roupa bramca como a neve. O que ele disse? Não tenham medo!... Jesus ressuscitou... O que elas fizeram depois? Sairam correndo... e foram contar tudo aos discípulos.
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Agir |
Leia na Bíblia as passagens abaixo e escreva na frente de cada uma o que aconteceu com Jesus: Jo 19, 1-3: Jo 19, 17-18: Jo 19, 40-42: |
Celebrar |
Pedir que cada catequizando coloque um pano branco na sua cruz enquanto acendem a vela, simbolizando a ressurreição de Cristo. Explorar o símbolo da cruz, esclarecendo que carregar a cruz não é necessariamente sinal de dor ou sofrimento. Temos que abraçar a cruz por amor a Jesus. Explorar o sinal da cruz e o seu significado como o sinal do cristão. Mas Jesus é Deus todo poderoso e então não fica morto, mas Ressuscita ao 3º dia, no Domingo e prometeu que com o seu poder Ele vai ressuscitar todos nós, também. Esclarecer o significado da ressurreição. A ressurreição de Jesus é o grande sinal da vida.
Oração final Obrigado, Jesus, por sua morte na Cruz!
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O que quer dizer Páscoa?
A palavra PÁSCOA, que chegou até nós pelo latim, pascha, na verdade vem do hebraico, pessach,
que quer dizer trânsito, passagem.
Pessach é a "páscoa" judaica. Comemora a passagem dos judeus pelo Mar Vermelho, fugindo do Egito e da escravidão, em direção à Terra Prometida, a terra de leite e de mel que o Senhor havia reservado para o povo de Israel. Sob o comando de Moisés, "com quem Deus falava face a face, como um homem fala com seu amigo" (Êxodo, 33:11), o grande mar se abriu para deixar passar seu povo e fechou-se sobre o exército do poderoso faraó do Egito. Em resumo: a travessia do Mar Vermelho é o eixo da Páscoa judaica e essencial para compreender a Páscoa cristã.
A Páscoa cristã, isto é, a festa que celebra a ressurreição de Jesus Cristo, aconteceu no mesmo dia do pessach judaico, 1500 anos após a travessia do Mar Vermelho. Jesus era judeu, da cidade de Nazaré, onde hoje é a Palestina. Na noite da quinta-feira, quando foi traído e aprisionado, estava com seus discípulos comemorando o pessach. No dia seguinte seria crucificado. Três dias depois, no domingo, ressurgiria do mundo dos mortos. As mulheres que foram ao túmulo untar o corpo do mestre com óleos, de acordo com o costume judeu, encontraram a sepultura aberta. Um anjo guardava a entrada e lhes disse: "Procurais Jesus de Nazaré, o crucificado? Ele ressuscitou, não está mais aqui."(Evangelho de Marcos, 16, 6-7) A Páscoa cristã é a celebração do sofrimento, morte e ressurreição de Jesus Cristo. Mas, simbolicamente, também é uma festa de libertação. Assim como para os judeus, ela marca a passagem da escravidão no Egito para a liberdade, para os cristãos, o sacrifício de Jesus também liberta a alma dos homens da escravidão do mal e lhes dá uma nova oportunidade de reencontrar com Deus.
Semana Santa e Tríduo Pascal
Buscando levar os fiéis a acompanharem passo a passo cada etapa do sofrimento e da morte de Jesus Cristo, a Semana Santa, na verdade, começa no Domingo de Ramos, quando se benzem ramos de oliveiras ou de palmeiras, para lembrar a entrada triunfal de Jesus Cristo em Jerusalém. É costume levar para casa essas folhas bentas, para ajudar a afastar perigos, incêndios, desgraças. Na 5ª feira Santa é celebrada a Ceia, a primeira missa, tal como Jesus ensinou seus discípulos a fazerem, no dia da Páscoa judaica. A 6ª feira Santa é um dia de silêncio. Nas igrejas, o altar está vazio. As luzes apagadas. O relato da paixão é lido e é nesse dia que acontecem as procissões populares que retratam a Via Sacra: o caminho que Jesus fez até chegar ao Monte Gólgota, onde foi crucificado. O clima nesse dia é mesmo de velório: "Porque Nosso Senhor tinha morrido", lembra Mello Moraes Filho, em seu livro Festas e Tradições Populares do Brasil, "a casa não se varria, os escravos não trabalhavam, os meninos não faziam traquinagens. Não se cantava, não se dançava, não se tocava. Falava-se baixinho, jejuava-se, rezava-se". Até hoje, em sinal de respeito e recolhimento, as pessoas costumam se abster, por exemplo, de comer carne. O sábado é mais irreverente, Sábado de Aleluia, como se diz. É dia de malhar o Judas, ou seja, bater e queimar um boneco de pano representando Judas Iscariotes, o traidor que vendeu seu mestre para os que queriam matá-lo. A alegria, aos poucos, vai mesmo ocupando o lugar da tristeza. A última noite antes do domingo, a Vigília Pascal, é a mais solene. Marisa Figueiredo conta como é a cerimônia na Paróquia de Santana, em São Paulo, onde vai com a família celebrar a Páscoa. "O ritual começa fora da igreja, quando uma chama é acesa. Esse Fogo Novo, como é chamado, é uma lembrança de rituais muito mais antigos, relacionados com as festas pagãs européias que comemoravam a volta da primavera e da luz e o fim da escuridão do inverno. Nesse fogo, o sacerdote acende o Círio Pascal, que simboliza o Cristo. Depois, todos entram na igreja escura, em procissão, segurando velas apagadas. Os ministros vão acendendo as velas no círio e, em pouco tempo, toda a igreja está iluminada. Para nós, Jesus Cristo é a luz do mundo, que ressurgiu das trevas para iluminar nosso caminho. E finalmente chega o domingo de Páscoa, o dia da Ressurreição de Jesus Cristo. Nas igrejas, uma missa solene, mas marcada pela alegria, celebra o grande acontecimento. Nas casas, a festa começa assim que as crianças acordam, com a caça aos ovos deixados durante a noite pelo Coelho de Páscoa. Depois, vem o almoço que reúne a família e os amigos. Todos, de preferência, usando roupas novas e brancas. Esse costume antigo é uma lembrança dos primeiros tempos do cristianismo, quando as pessoas eram batizadas na Páscoa, vestidas de branco, para que todos soubessem que ali começava uma nova vida.