O bom samaritano

 

Encontro:  Jesus nos ensinou a Amar

 

 

Objetivos

Mostrar que o amor que Jesus nos ensina é dado por Deus e acontece na concretude da vida, em palavras e atos, com isso, torna-se propício o assunto do amor de Deus nas famílias.

Preparação para

o encontro

Bíblia

Cópia da oração.

Balas; Dois cabos de vassoura; Barbante.

Acolhida

Acolher bem os catequizandos.

Entoar um canto.

Rezar o Pai Nosso

As pessoas não iniciam por si só o amor, elas amam porque anteriormente já foram amadas por seus pais, familiares e amigos, e amados por Deus, por isso conseguem amar, porque vivem o amor e em amor. O amor concreto é verificado pela vida na confiança, espontaneidade, pontualidade, de modo que a família o põe em prática no seu dia-a-dia. Como viver a concretude do amor no cotidiano de casa? No que posso contribuir para dar-lhe mais espaço e tempo ao amor em minha família?

Ver

BUSCANDO SOLIDARIEDADE

Objetivo: Despertar para necessidade de solidariedade entre as pessoas para se alcançar um objetivo.

Materiais: Balas; Dois cabos de vassoura; Barbante

Desenvolvimento: Pede-se dois voluntários para realizarem a dinâmica. Esses deverão, cada um, ser amarrados aos cabos de vassoura com os braços abertos. Os cabos de vassouras devem ser colocados nas costas, acompanhando os braços, e amarrados com barbante no pulso, bem próximo das mãos, de tal forma que não seja possível dobra-los (como se estivesse crucificado). Coloca-se então os bombons sobre uma mesa e pede-se aos voluntários para comerem os bombons, sem dobrar os braços. Enquanto isso, o grupo observa o processo, sem as sugestões.

Concluída a dinâmica, faça uma avaliação da mesma com todos os participantes; podendo-se usar as seguintes perguntas:

- como os voluntários se sentiram? E os demais participantes?

- O que o grupo observou? Como se deu o processo de comer os bombons? Poderia ter sido diferente?

Como?

- Isso tem haver com o nosso dia-a-dia? O quê? Por quê?

- Quais são as nossas amarras? Quais as conseqüências dessas amarras? O que fazer e como para nos

libertar de nossas amarras?

- O que o bombons pode significar para nós? O que faz nossa vida ser mais doce, alegre e feliz?

- O que aprendemos para nossa vida com esta experiência?

Iluminar

Leitura bíblica Lc 10, 25-37- O bom samaritano.

Jesus realmente queria que as pessoas aprendessem a importância de seus atos. Em várias outras ocasiões, lembrava que não importam os títulos, funções ou cargos, se não ajudarmos uns aos outros.

Nesta parábola usa propositalmente a figura de um samaritano, que era considerado pecador e tratado como alguém que não presta. Os judeus costumavam menosprezar os samaritanos e os tratar como inimigos. Talvez por isso Jesus mostrou que os preconceitos não contam e o que vale é a atitude da pessoa.

 

Motivar os jovens a ler o texto, grifar as três palavras mais repetidas e elaborar com elas a mensagem central do encontro.

Reflexão:

  1. Qual seria a minha atitude diante de um marginalizado?
  2. Como eu agiria diante desta realidade?

 

Partilha:

Como eles se sentiram quando ouviram a leitura?

Essa é uma atitude comum nos dias de hoje?

Você já presenciou alguma cena como essa?

Agir

A Janela – (Vida e Conhecimento)

Certa vez, dois homens estavam seriamente doentes na mesma enfermaria de um grande hospital. O cômodo era bem pequeno e nele havia uma janela que dava para o mundo. Um dos homens tinha, como parte do seu tratamento, permissão para sentar-se na cama por uma hora durante as tardes (algo que tinha a ver com a drenagem de fluido de seus pulmões).

Sua cama ficava perto da janela. O outro, contudo, tinha de passar todo o seu tempo deitado de barriga para cima. Todas as tardes, quando o homem cuja cama ficava perto da janela era colocado em posição sentada, passava o tempo descrevendo o que via lá fora.

A janela dava para um parque onde havia um lago. Havia patos e cisnes no lago, e as crianças iam atirar-lhes pão e colocar na água barcos de brinquedo. Jovens namorados caminhavam de mãos dadas entre as árvores, e havia flores, gramados e jogos de bola. E ao fundo, por trás da fileira de árvores, avistava-se o belo contorno dos prédios da cidade. O homem deitado ouvia o sentado descrever tudo isso, apreciando todos os minutos. Ouviu sobre como uma criança quase caiu no lago e sobre como as garotas estavam bonitas em seus vestidos de verão. As descrições do seu amigo eventualmente o fizeram sentir que quase podia ver o que estava acontecendo lá fora... Então, em uma bela tarde, ocorreu-lhe um pensamento:

Por que o homem que ficava perto da janela deveria ter todo o prazer de ver o que estava acontecendo?

Por que ele não podia ter essa chance?

Sentiu-se envergonhado, mas quanto mais tentava não pensar assim, mais queria uma mudança.

Faria qualquer coisa!

Numa noite, enquanto olhava para o teto, o outro homem subitamente acordou tossindo e sufocando, suas mãos procurando o botão que faria a enfermeira vir correndo. Mas ele o observou sem se mover... mesmo quando o som de respiração parou. De manha, a enfermeira encontrou o outro homem morto e, silenciosamente, levou embora o seu corpo. Logo que pareceu apropriado, o homem perguntou se poderia ser colocado na cama perto da janela. Então colocaram-no lá, aconchegaram-no sob as cobertas e fizeram com que se sentisse bastante confortável.

No minuto em que saíram, ele apoiou-se sobre um cotovelo, com dificuldade e sentindo muita dor, e olhou para fora da janela. Viu apenas um muro...

A vida é, sempre foi e será aquilo que nós a tornamos.

Celebrar

ORAÇÃO DE SÃO FRANCISCO

Senhor,

Fazei-me um instrumento de vossa paz!

Onde houver ódio, que eu leve o amor;

Onde houver ofensa, que eu leve o perdão;

Onde houver discórdia, que eu leve a união;

Onde houver dúvida, que eu leve a fé;

Onde houver erros, que eu leve a verdade;

Onde houver desespero, que eu leve a esperança;

Onde houver tristeza, que eu leve a alegria;

Onde houver trevas, que eu leve a luz.

Ó Mestre,

Fazei que eu procure mais consolar, que ser consolado; compreender, que ser compreendido, amar, que ser amado... pois: é dando que se recebe , é perdoando que se é perdoado, e é morrendo que se vive para a Vida Eterna.

Texto de apoio:

O Bom Samaritano-Lucas 10 25-37

 

Preâmbulo

A parábola se inicia com um preambulo no qual o "doutor da Lei" tenta enredar Jesus através de um raciocino luciférico. Pedindo uma "receita" para a salvação.
"Que hei de fazer" - sugerindo que se possa fazer algo para se viver eternamente, ou se ter a via imanente.
Jesus se sai maravilhosamente, busca dentro do entendimento do doutor (a Lei), a resposta, e ainda o obriga a responder a si mesmo, de uma maneira humilhante para um "doutor da Lei".
"Amar" é a resposta!
"Quem é o meu próximo?" Se defende o doutor.
A explicação é clara. Ao invés de buscar uma definição Jesus apresenta esta parábola, que define a pergunta do fariseu.
O evangelista contrapõe, o modo de ser dos judeus apegados as leis e as tradições, com o modo se ser livre, direto, claro, sem dogmas e sem intermediações da mensagem de Jesus.
Por que quer deixar uma mensagem com este sentido.

Sentido Literal

O sentido literal desta parábola é dar um exemplo de amor ao próximo, desinteressado, verdadeiro e puro.
Ensinando como devemos nos comportar com o nosso próximo e quem é este próximo.
Reforçando a mensagem básica do cristianismo "amar o próximo com a si mesmo".

Sentido Oculto

Além desta conceituação ética, esta parábola encera um sentido mais profundo, mostrando que todos nós somos ajudados na caminhada terrena. Que esta ajuda vem de onde menos esperamos, o bom Samaritano. Reafirmando a pureza do cristianismo.
A salvação sem intermediação da ciência ou da religião.

Mensagem de esperança e de fé, mostrando que o mundo tem ainda Samaritanos, atentos a nos auxiliar.
A todos nós que estamos feridos e chagados pelos ladrões que perambulam pelo deserto deste mundo.
Não estamos desamparados!

De Jerusalém a Jericó pelo Mundo

Ao que tomou a palavra e disse: "Descia um homem de Jerusalém a Jerico, e caiu nas mãos dos ladrões, que o despojaram, cobriram de feridas e, deixando-o meio morto, se foram embora.
Jerusalém (Visão da Paz) e fica a 800 metros de altitude e Jericó (a lua dele) 250 metros abaixo do nível do mar.
Para se ir de Jerusalém a Jericó é uma descida íngreme, que passa por uma região deserta, onde se era freqüentemente assaltado por ladrões. Temos aqui o homem em sua caminhada evolutiva.
Saindo de um lugar de "Visão da Paz" (casa do Pai).
Descendo o caminho íngreme e acidentado em direção as profundezas da terra (abaixo do nível do mar).
Peregrinando em direção ao aprendizado, através de vivenciar as emoções e as sensações;
em direção a manifestar a "lua em si" (Jericó).
O homem, em sua jornada evolutiva, passa por uma região árida, infestada de ladrões (agressores).
Este caminho se faz pelo mundo.

Os Desvalidos

Cai na mão destes agressores que o despojam, cobrem no de feridas, o deixam meio morto á margem da estrada, e vão embora.
Neste estado lamentável, o viajante, fica á beira do caminho (no mundo).
Desce como o filho Pródigo um dia encetou a viagem deste Eon.
Os ladrões (as paixões do mundo) o despojam, tirando-lhe a vitalidade, o cobrem de feridas, o deixando cheio de vícios de complexos.
O deixam meio morto, vivendo uma vida vegetativa, como estão tantos viajantes que ainda não se encontram despertos.
E se vão embora, assim agem todos os agressores. Agridem, não com este intuito, mas para sobreviverem conforme seu entendimento, e seguem suas vidas, muitas vezes nem se apercebendo do mal que fizeram.
Esta é a situação dos desamparados, dos que ficam á margem do mundo.
Os desamparado materialmente (que foram despojados) bem como os que ficam cobertos de feridas (chagas morais).
Aqueles que estão como mortos, incapazes de prosseguir por seus próprios meios a peregrinação evolutiva. Que foram abandonados por seus agressores (físicos e emocionais), depois de serem exauridos.
Estes são os desvalidos, aos quais Jesus deixa esta mensagem de Fé e de esperança!

A Religião

Casualmente descia um sacerdote pelo mesmo caminho; viu-o - e passou para o outro lado.

Por ele passa um sacerdote (homem da religião), preocupado com os seus ritos e suas elevação espiritual, passa ao largo (caminha pelo lado oposto).
O homem da religião viu o desvalido, e caminha pelo lado oposto (tradução literal).
Casualmente o sacerdote descia.
Casualmente, por que não estava no mundo buscando desvalidos, fazia sua peregrinação, da mesma forma que outros homens.
Assim são ainda hoje os sacerdotes, a maioria se dedica à religião para resolver seus problemas pessoais, estão mais preocupados consigo do que com o seu próximo.
Há sacerdotes que são bons Samaritanos, mas o sacerdócio nada tem a ver com ser um Samaritano.

A Ciência

Igualmente, chegou ao lugar um levita; viu-o - e passou para o outro lado.

Igualmente, da mesa forma que o sacerdote, o levita anda pelo mundo, tentando resolver seus problemas.
"Levita", da tribo de Levi, eram encarregados de cuidar do Templo e guardar a Lei.
A ciência na antigüidade não era independente da religião do modo que é hoje.
O Levita aqui se contrapõe ao sacerdote como sendo um homem de conhecimento, é um Doutor da Lei.
Exatamente como aquele que fez a pergunta motivando a parábola.
Jesus usa o Levita para não ofender mais o doutor. Que contestou o "próximo" por que se sentiu claramente ofendido.
O homem da lei, aqueles que detém a ciência e o conhecimento, este também passa ao largo deixando o viajante deitado na estrada.
Tanto os homem da religião como os do conhecimento, caminham pelo lado oposto ao do viajante desvalido.
Ambos estão mais interessados naqueles viajantes que ainda tem haveres, ou que não tem feridas.
A ciência, como a religião estão mais preocupadas consigo mesmo, pouco se importando com seus irmãos sofredores que estão ao largo do caminho.

 

O Samaritano

Chegou perto dele também um Samaritano, que ia de viagem; viu-o - e moveu-se a compaixão;

Samaritano - Homem da Samaria (Vigilância), quer dizer aquele que esta vigilante, que esta desperto!
Chegou perto - diferente do sacerdote que simplesmente descia e do Levita que chegou ao lugar. Só o Samaritano chegou perto, verdadeiramente se envolveu com o desvalido.
Que ia de viagem - O Homem desperto peregrinava como o nosso viajante.
Diferente do sacerdote que casualmente descia, como se a descida para ele fosse casual, tão grande é sua importância dentro da religião.
O Levita, homem do conhecimento, da ciência, chegou ao lugar, da mesma forma que nossa ciência nos dias de hoje chegam a belos diagnósticos e concluem maravilhas, mas como o Levita "caminham pelo lado oposto" ao do viajante.
Unicamente o homem desperto (Samaritano) que realmente faz a mesma viagem, é quem vê o desvalido e o atende.
O Homem Desperto; aquele que vive com os olhos aberto, aquele que vive realmente, aquele que despertou para a verdadeira vida, este é o Samaritano (vigilante)!
Somos atendidos em nossas dores e sofrimentos não pelos doutores e sacerdotes, mas por aqueles que neste mundo já abriram os olhos pela vivência do mundo.
O Samaritano fazia a mesma viagem, sozinho. Fazia a viagem seguro sem temer os ladrões. O homem desperto nada mais tem a temer das paixões do mundo, nem da agressões de   terceiros.
Claramente mostra que a superioridade do Samaritano era oriunda do seu intimo.
Este homem desperto (Samaritano), não é ainda um homem pleno, que tenha realizado seu encontro místico, um homem que tenha a "água viva" que é o verdadeiro Amor.
Foi movido pela compaixão, que antecede o Amor.

O Atendimento

aproximou-se, deitou-lhe óleo e vinho nas chagas e ligou-as; em seguida, fê-lo montar em seu jumento, conduziu-o a uma hospedaria e teve cuidado dele.

Passando o Samaritano (Homem vigilante), o homem desperto, tem compaixão com o viajante.
Prensa-lhes as feridas, dá lhe vinho de beber, e o leva a uma hospedaria (local de abrigo), onde o deixa.
Aproximou-se - Entra em contato com o viajante, se aproxima, não o ajuda de longe, como há os que fazem dano esmolas.
Deitou-lhe o óleo - um bálsamo para acalmar suas chagas. O vinho - que ajuda a vivificar a chaga para que se cure.
O óleo apascenta o sofrimento psíquico e o vinho é um hausto novo para que o sofredor se entenda.
Montar no seu jumento - Emprestou-lhe da sua própria potencialidade de manifestação.
Este é um tipo de auxilio que só aqueles muito adiantados na trilha evolutiva são capazes de prestar.
Só o homem desperto pode "emprestar o seu jumento" com segurança.
Tantas vezes "emprestamos o nosso jumento", quando nos damos totalmente num relacionamento, e tantas vezes saímos roubados, por que o outro passa a conduzir o nosso jumento.
Conduzi-o - O homem verdadeiramente desperto pode emprestar o seu jumento por que tem a segurança que conduzirá.
A uma hospedaria e teve cuidado dele - A um abrigo que não era um templo nem uma universidade, simplesmente um abrigo.
Para que o viajante se recuperasse por si mesmo com o bálsamo e o vinho com que foram prensadas as suas feridas.

Compaixão e Amor

No dia seguinte, tirou dois denários e deu-os ao hospedeiro, dizendo: Tem cuidado dele, e o que gastares a mais pagar-to-ei na volta.

O Bom Samaritano o atende e o conduz (inconscientes) a um local de abrigo, a um pouso, onde nada ensinam, onde nada o obrigam, onde não é um templo nem uma universidade, mas simplesmente um abrigo.
Neste abrigo o homem desperto nos avaliza a vida, num gesto de desinteresse, de piedade,
quase de amor. Passa a noite com o desvalido na hospedaria em que o introduziu.
Mais do que tudo avaliza a vida do peregrino perante o dono da hospedaria.
Tirou da sua cintura (tradução literal) dois denários (valor de 2 dias de trabalho) e deu os ao hospedeiro.
Doou de si, do seu trabalho. Não mediu doação - se gastares mais te pagarei na volta.
O homem desperto traz consigo a certeza da sua volta!
Este gesto antecede o casamento místico com o Cristo interno (o átomo Nous do coração), que vamos encontrar descrito na passagem da mulher Samaritana do Evangelho São João.
O Homem desperto (Samaritano) nada pede, auxilia desinteressadamente!
Sabe que o viajante só despertará através de si mesmo, nunca através das lições do sacerdotes nem dos ensinamentos da ciência.
O Homem desperto é fruto de uma experiência interior, que todos nos vamos um dia passar.
Auxiliou anonimamente, não perguntou quem era o viajante, doou de si, da sua natureza e do seu trabalho.
Tudo por compaixão.
Este homem desperto (Samaritano) está a um passo do Amor!

A Mensagem

Qual destes três se houve como o próximo daquele que caíra nas mãos dos ladrões?"
"Aquele que lhe fez misericórdia" - respondeu o doutor.
Tornou Jesus "Vai e faze tu o mesmo".

Esta parábola descrita por São Lucas nos traz mensagens de fé e de esperança.
A salvação vem para todos os desvalidos.
Mostra a situação que ainda hoje encontramos no mundo, onde o sacerdote e o cientista passam ao largo dos desvalidos que se encontram a margem do mundo.
Há uma opção pelos que tem bens (não despojados) e pelos que tem saúde (não tem chagas).
É uma negação ao auxilio da ciência e da religião ao homem que sofre.
O viajante vai encontrar ajuda onde menos espera, em alguém que segue junto na peregrinação terrena, alguém que não tem nome, que nada lhe pede, que nada espera, alguém que é simplesmente o Samaritano (homem desperto)!
O Samaritano (homem desperto) é o grau maior da evolução deste Eon.
Despertar é o caminho que devemos seguir para termos o encontro místico com a divindade que habita no coração.
Este encontro místico está descrito na passagem da mulher Samaritana, que recebe a "água viva", que é o verdadeiro amor. Amor impessoal. Amor que quando bebido sacia a sede das vivência terrenas. Amor que propicia a imortalidade (imanência) do ser.
Para chegar a este amor é necessário se ter a compaixão, a piedade, a caridade.
O Bom Samaritano amparou o desvalido por que teve compaixão.
A caridade antecede o Amor!


 

O Bom Samaritano

O amor de Deus se revela no amor ao próximo... O texto proposto, nos apresenta diferentes atitudes dos personagens, diante da necessidade do próximo.
Os Doutores da Lei, conhecem as Escrituras, têm conhecimento dos Mandamentos de Deus, porém, não há coerência de vida. Para amar não é suficiente saber.
a) Podemos ressaltar três atitudes principais dos personagens deste texto:
1. A mística gananciosa : ( ladrões ) - “O que é teu, é meu”.
2. A mística egocêntrica : ( levita e sacerdote ) - “O que é meu, é meu”.
3. A mística divina, a mística do Papai do Céu: ( Samaritano) - “O que é meu , é teu... é nosso.”
b) Todos estes personagens , fazem parte da minha vida.
É necessário tomar consciência de sua presença em mim e perceber como eles atuam em mim.
· Quem são em mim os “assaltantes”? ... De que modo assaltam e como funcionam...
· Quem é o “assaltado” em mim? Quais são os ferimentos causados e evidenciados?
· Quem são o “sacerdote, o levita” e o “samaritano” em minha vida?
· Ver de que modo as “místicas” dos personagens deste Evangelho se manifestam em mim... em que momentos eles se tornam mais vivos e ativos...
· O que representa a “hospedaria”, para mim? Sinto-me disposto a assumir o preço da cura, isto é, ser responsável pelas “feridas” atuais e as do passado, sem atribuir e acusar os culpados?
E Jesus perguntou : na tua opinião, qual dos três, foi próximo do homem que caiu nas mãos dos assaltantes?’ Ele respondeu: “ Aquele que usou de misericórdia para com ele”. Então Jesus disse: “Vai e faze a mesma coisa”....

Terminada a oração, reveja brevemente como se saiu nela, perguntando-se:
· O que mais me tocou nesta oração?
· Que sentimento predominou em mim?
· Senti algum apelo, desejo, inspiração?
· Tive alguma dificuldade ou resistência?

Agradeça ao Senhor as iluminações e toques recebidos e percebidos durante esta sua oração, renove sua fidelidade a Jesus. Reze um Pai-Nosso e registre sua experiência de oração no seu caderno-vida.

Ir. Teresa Cristina Potrick, ISJ