Sacramento da Eucaristia
Objetivos Levar os catequizandos a: - Perceberem que a Eucaristia é a presença de Jesus em nosso meio. - Perceberem que a Eucaristia é o alimento de nossa fé.
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Preparação para o encontro Ornamentar a sala com flores,vela... Bíblia e cópia das mensagens.
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Acolhida Cântico Oração inicial Leitura:“Isto é o Meu Corpo que é dado por vós.” (Cf. Lc 22, 14-20)
A Eucaristia não foi um rito mágico, inventado por Jesus na última Ceia, ou umas palavras misteriosas pronunciadas sobre o pão e o vinho, A Ceia foi como um símbolo de toda a vida de Jesus. Ele viveu durante toda a vida numa disponibilidade total, especialmente com os pobres, Não guardou nada para si próprio. Deu tudo o que tinha. Deu-se a si próprio. Entregou a sua vida aos outros...
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Ver A EUCARISTIA É O CORAÇÃO DA VIDA CRISTÃ É o “sacramento do amor, sinal de unidade, vínculo de caridade, banquete pascal em que Cristo é reconhecido como alimento, o espírito é cumulado de graça e nos é dado o penhor da glória futura. (SC 47). O sacramento da Eucaristia apresenta uma multiplicidade de aspectos e por isso foi designado com muitos nomes: Dinâmica: Os nomes do Sacramento da Eucaristia (Vai-se escrevendo no quadro os vários nomes ditos pelos participantes) Eucaristia – porque é ação de graças pela salvação oferecida por Deus. Banquete do Senhor – porque é a Ceia do Senhor e antecipação do banquete nupcial do Cordeiro. Fração do Pão – porque Jesus utilizou o rito próprio dos judeus, ao partir e abençoar o pão como os chefes de família. É o nome dado à Eucaristia pelos primeiros cristãos (Igreja – família) Assembleia eucarística – porque celebrada em assembleia (Igreja – comunidade de irmãos Memorial da paixão e ressurreição do Senhor – Celebração pascal -porque é a celebração do mistério pascal (Mistério da fé: Anunciamos, Senhor, a vossa morte, proclamamos a vossa ressurreição, Vinde Senhor Jesus!) Santo Sacrifício – porque atualiza o único e verdadeiro sacrifício de Cristo. Sacramento do Corpo e Sangue de Cristo – porque o pão e o vinho se transformam no Corpo e Sangue do Senhor. Missa – de “Ite, missa est!”; a Eucaristia é uma missão que recebemos – a de cumprir a vontade de Deus na nossa vida, sermos e fazermos o que celebramos.
“A Eucaristia é um Sacramento que, pela admirável conversão de toda a substância do pão no Corpo de Jesus Cristo, e de toda a substância do vinho no seu precioso Sangue, contém verdadeira, real e substancialmente o Corpo, Sangue, Alma e Divindade do mesmo Jesus Cristo Nosso Senhor, debaixo das espécies de pão e de vinho, para ser nosso alimento espiritual”. (Catecismo de São Pio X)
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Iluminar Como é que nós celebramos a Eucaristia? Será que conservamos o sentido profundo da Ceia do Senhor? A Eucaristia é uma lembrança viva da doação total de Jesus e, portanto, um sacramento que transforma a nossa vida, ensinando-nos a amar melhor os irmãos? Se a Eucaristia não for sacramento do amor, perdeu o seu sentido. Se não for sacramento da "comunidade" que vive a paz e a união, perdeu a sua referência a Jesus.
NO RITUAL DO PASSADO, O MEMORIAL DO PRESENTE É no contexto do memorial e do compromisso com o Deus da Aliança que Jesus celebra a última ceia. Os evangelhos sinóticos e também Paulo querem testemunhar o que aconteceu na última ceia, dando ênfase à celebração e ao memorial.Trazem presente uma refeição de partilha. Todos comem o mesmo pão e bebem do mesmo vinho. Jesus identifica o pão e o vinho com o seu corpo e o seu sangue, expressando a realidade da cruz, pela qual deverá passar em função de sua fidelidade ao Pai. Jesus dá-se a si mesmo de forma visível e concreta. Tinha consciência do alcance de suas palavras: “Tomai e comei: isto é meu corpo” (Mc 14, 22; Mt 26, 20); “Tomai e bebei: este é o cálice da nova aliança...” (Lc 22, 20). O Pão que ele estava repartindo com os seus não era um pão comum, mas o Pão da Vida. Comer deste pão é assumir o ideal do mestre: amar os outros até a partilha e doação suprema. A memória eucarística é o grande momento comunitário para recordar tudo o que Jesus disse e fez. Portanto, não é um ato isolado na vida de Jesus, mas como memória de uma vida totalmente doada a serviço dos outros. É também celebração da memória dos mártires que, no seguimento fiel a Jesus, doaram sua vida pela causa do Reino. Portanto, não é uma simples repetição de palavras. As palavras se tornam cheias do Espírito do Senhor e, por isso, eficazes porque se transformam em força, alimento, resistência e perseverança na construção do Reinado de Deus.
EUCARISTIA: Ministro- Bispo e Sacerdote.
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Agir A Eucaristia é o caminho de interação entre fé e vida. Alimentando-se desta riqueza, é possível assumir um comprometimento de viver como Jesus viveu e, ao mesmo tempo, solidarizar-se com a multidão que vive sem o pão diário.
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Celebrar Por fim, a Eucaristia nos enche das graças e bênçãos do céu, fortalece-nos para a peregrinação desta vida, faz-nos desejar a vida eterna, unindo-nos desde já a Cristo, sentado à direita do Pai, à Igreja do Céu, a Santíssima Virgem e a todos os santos. A Sagrada Eucaristia é de tal forma a vida dos cristãos que Santo Tomás de Aquino afirmou que ela possui, no fundo, o efeito da transformação do ser humano em Deus, e Santo Inácio de Antioquia ensinou que, nela [Eucaristia], partimos o mesmo pão, que é remédio de imortalidade, antídoto para não morrermos e, dessa forma, vivermos eternamente em Jesus Cristo. Portanto, o sacrifício de Jesus na cruz torna-se presente durante a consagração do pão e do vinho, ou seja, na Eucaristia, desta forma, os mistérios da Eucaristia são os mistérios do próprio Cristo. Este é um grande dom da nossa fé: crer que, na Eucaristia, Jesus se faz presente em Corpo, Sangue, Alma e Divindade.
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SACRAMENTO DA EUCARISTIA
Com o sacramento da Eucaristia culmina a iniciação cristã; em realidade culmina a inteira vida sobrenatural - particular e comunitária ou da Igreja como tal -, porque é o "sacramento dos
sacramentos", o mais importante de todos, já que contém a graça de Deus - como os demais sacramentos- e o autor da graça, Jesus Cristo Nosso Senhor. Não é pelos sentidos que o sabemos, mas pela fé, que se apóia no testemunho de Deus: "Isto é o meu Corpo, que será entregue por vós; fazei isto em memória de mim" (Lucas 22,19). São palavras de Jesus a seus Apóstolos na última Ceia, ao deixar-lhes a Eucaristia como presente de seu poder e de seu amor infinitos. Nós cremos firmemente, assim como os Apóstolos que estavam presentes naquele momento, na Ceia.
O Concílio Vaticano II exorta à piedade e ao recolhimento cada vez mais profundo com a Eucaristia, quando ensina que é "fonte e cume de toda a vida cristã" e que, "participando do sacrifício eucarístico, os fiéis oferecem a Deus a Vítima divina e se oferecem a si mesmos juntamente com ela" (Lumen Gentium, 11).
1 A Eucaristia, fonte e cume da vida da Igreja
A Eucaristia é o coração da Igreja; para destacar esta idéia, o Concílio Vaticano II serve-se desta frase - que não é enfática, mas justa - dizendo que aí esta a "fonte e o cume da vida cristã". Como diz também que "a Sagrada Eucaristia contém todo o bem espiritual da Igreja, quer dizer, o mesmo Cristo". Esta é a razão de que "os demais sacramentos, como também todos os ministérios eclesiais e as obras de apostolado estão unidos à Eucaristia e a ela se ordenam" (Presbyterorum ordinis, 5).
2 Os diversos nomes deste sacramento
A riqueza inesgotável da Eucaristia se expressa mediante os distintos nomes que recebe.
Cada um evoca algum aspecto de seu conteúdo ou a circunstância do momento da instituição.
· Eucaristia, que significa ação de graças a Deus;
· Banquete do Senhor, porque Cristo a instituiu na quinta-feira feira santa, na última Ceia;
· Santo Sacrifício, porque atualiza o único sacrifício de Cristo na cruz;
· Comunhão, porque nos unimos ao mesmo Cristo recebendo seu Corpo e seu Sangue;
· Santa Missa, porque quando os fiéis, ao terminar a liturgia eucarística, são enviados ("missio") para que cumpram a vontade de Deus em sua vida ordinária.
3 A instituição da Eucaristia
Jesus Cristo instituiu a Eucaristia na quinta-feira santa, na Última Ceia. Tinha já anunciado aos discípulos em Cafarnaum (cf. João 6) que lhes daria seu corpo e sangue como alimento, como também vinha preparando a fé dos seus com argumentos incontestáveis: o milagre de Caná -convertendo a água em vinho- e a multiplicação dos pães, que manifestavam o poder de Jesus Cristo. Assim, ao escutar na última Ceia: Isto é o meu corpo (Lucas 22,19), tinham o firme convencimento de que era como Jesus dizia; assim como a água tinha sido convertida em vinho por meio de sua palavra onipotente e os pãezinhos se multiplicaram até saciar a fome de uma grande multidão.
4 A celebração litúrgica da Eucaristia
Os Apóstolos receberam um encargo do Senhor: "Fazei isto em memória de mim" (Lucas 22,19), e a Igreja não cessou mais de realizar estas palavras na celebração litúrgica, que não é uma mera recordação, mas atualização real do memorial de Cristo: de sua vida, de sua morte, de sua ressurreição e de sua intercessão mediadora junto ao Pai, que se realiza na Eucaristia. Desde meados do século II, e segundo o relato do mártir São Justino, temos atestadas as grandes linhas da celebração eucarística, que permaneceram invariáveis até os nossos dias.
5 A Eucaristia, renovação não cruenta do sacrifício da cruz
Jesus Cristo ofereceu a Deus Pai o sacrifício de sua própria vida morrendo na cruz. Foi um autêntico sacrifício com o qual nos redimiu de nossos pecados, superando todas as ofensas que a humanidade tenha feito ou poderia fazer, porque seu sacrifício na cruz é de valor infinito.
Mas, ainda que o valor do sacrifício de Cristo tenha sido infinito e único, o Senhor quis que se perpetuasse -se fizesse presente- para aplicar os méritos da redenção; por isso, antes de morrer, consagrou o pão e o vinho e ordenou aos Apóstolos: "Fazei isto em memória de mim". Desta maneira, os fez sacerdotes do Novo Testamento para que, com seu poder e em sua pessoa, oferecessem continuamente a Deus o sacrifício visível da Igreja.
Jesus Cristo instituiu a Missa não para perpetuar a Ceia, mas sim o sacrifício da cruz. Assim, a Missa renova de forma não cruenta (sem outro derramamento do sangue de Cristo) o mesmo sacrifício do Calvário; e a Eucaristia é igualmente, sacrifício da Igreja, pois, sendo a Igreja o Corpo de Cristo, participa da oferenda de sua Cabeça, que é Cristo.
6 Os frutos da comunhão
A comunhão sustenta a vida espiritual de modo parecido a como o alimento material mantém a vida do corpo. Concretamente, podemos assinalar estes frutos da comunhão sacramental:
· Acrescenta a união com Cristo, realmente presente no sacramento.
· Aumenta a graça e as virtudes em quem comunga dignamente.
· Nos afasta do pecado: purifica dos pecados veniais, das faltas e negligências.
· Fortalece a unidade da Igreja, Corpo Místico de Cristo.
· Cristo, na Eucaristia, nos dá o penhor da glória futura.
7 Disposições para comungar bem
As disposições exigidas para receber dignamente a Cristo, na comunhão são:
a) Estar na graça de Deus, quer dizer, limpos do pecado mortal. Ninguém pode aproximar-se para comungar, por muito arrependido que pareça estar, se antes não tiver confessado os pecados mortais. O pecado venial não impede a comunhão, mas é lógico que tenhamos desejos de receber a Jesus com a alma muito limpa; por isso a Igreja aconselha a que se confesse com freqüência, ainda que não tenhamos pecados mortais. Se alguém se aproximasse para comungar em pecado mortal, cometeria um sacrilégio.
b) Guardar o jejum eucarístico, que supõe não ter comido nem bebido desde uma hora antes de comungar; a água e os medicamentos não quebram o jejum. Os anciãos e enfermos - e aqueles que cuidam deles - podem comungar ainda que não tenha passado uma hora depois de ter tomado algo.
c) Saber a quem se recebe. Posto que se recebe Cristo neste sacramento, não podemos aproximar-nos para comungar desconsideradamente, ou por mera rotina, ou para que nos vejam. Temos de fazê-lo para corresponder ao desejo de Jesus e para encontrar na comunhão um remédio para a nossa fraqueza.
8 Obrigação de comungar e necessidade da comunhão freqüente
Comungar realmente não é necessário para salvar-se; se um recém nascido morre, se salva. Mas Jesus Cristo disse "Se não comeis a carne do Filho do Homem e não bebeis seu sangue, não tereis a vida em vós" (João 6,53). Em correspondência a estas palavras, a Igreja nos ordena em seu terceiro mandamento que, ao menos uma vez no ano, por ocasião da Páscoa da Ressurreição, todo cristão com uso da razão deve receber a Eucaristia. Também existe a obrigação de comungar quando se está em perigo de morte; neste caso a comunhão é recebida como "Viático", que significa preparação para a "viagem" da vida eterna.
Isto é o mínimo, e o preceito deve ser bem entendido; daí que a Igreja exorte a receber ao Senhor com freqüência, até diariamente. Se algum dia não podemos comungar, é bom fazer uma comunhão espiritual, expressando o desejo que temos de receber o Senhor sacramentalmente.
Oração: “Creio ó meu Jesus, que estais presente no Santíssimo Sacramento. Amo-vos sobre todas as coisas e desejo-vos possuir em minha alma. Mas como agora não posso receber-vos sacramentalmente, vinde espiritualmente ao meu coração. E, como se já vos tivesse recebido, uno-me inteiramente a vós; não consintais que de vós me aparte”.(Santo Afonso Maria de Ligório).
9 Corpus Christi - Origem da Celebração
A celebração teve origem em 1243, em Liège, na Bélgica, no século XIII, quando a freira Juliana de Cornion teria tido visões de Cristo demonstrando-lhe desejo de que o mistério da Eucaristia fosse celebrado com destaque.
Em 1264, o Papa Urbano IV através da Bula Papal “Trasnsiturus de hoc mundo”, estendeu a festa para toda a Igreja, pedindo a São Tomás de Aquino que preparasse as leituras e textos litúrgicos que, até hoje, são usados durante a celebração. Compôs o hino “Lauda Sion Salvatorem” (Louva, ó Sião, o Salvador), ainda hoje usado e cantado nas liturgias do dia pelos mais de 400 mil sacerdotes nos cinco continentes.
A procissão com a Hóstia consagrada conduzida em um ostensório é datada de 1274. Foi na época barroca, contudo, que ela se tornou um grande cortejo de ação de graças.