O valor da Santa Missa- mandamentos da Igreja

8º Encontro – O valor da Santa Missa- mandamentos da Igreja

 

 

Objetivos

Compreender o sentido do domingo e o respeito como o dia especial dos cristãos.

Receber os catequizandos novos que chegaram, destacando a importância da caminhada de aprofundamento na fé que estão iniciando.

 

Preparação para

O encontro

Sugestão: montar um altar com a bíblia, vela, flores, imagens de comunidade reunida, quadro ou fotografia da sua igreja, ou local onde se reúne a comunidade, fotografias de algum evento importante da sua comunidade ou de alguma missa.

Gravetos ou palitos de churrasco.

Leitura de apoio

- Catecismo da Igreja Católica 1382 a 1401

 

Acolhida

Oração Inicial: Pai Nosso

 

O domingo é o dia de se aproximar da comunidade de fé, na qual Jesus Cristo está presente.

 

Ver

Debate

Fazer um debate, bem livre e espontâneo, dando aos adolescentes a oportunidade de expressar seus pensamentos e idéias.

Iniciar perguntando:

O que vocês fazem normalmente aos domingos e feriados?

Por que esse dia é diferente dos outros, muda toda a programação das pessoas, a maior parte das atividades profissionais param de trabalhar, os parques ficam lotados de pessoas?

Será que o domingo é só para isso?

Quem participa das missas aos domingos?

 

Falar sobre: Os mandamentos da Igreja

 

Iluminar

Dinâmica para ajudar o grupo a refletir sobre a temática do encontro:

Entregar um graveto fino e seco ou palito de churrasco para cada um e pedir que o quebrem. Perguntar se foi fácil.

Entregar mais um graveto para cada um.

O catequista fica com um graveto mais longo e grosso.

Pedir para que observem os gravetos separados.

Reunir todos os gravetos em torno do graveto maior, formando um feixe.

Passar o feixe de mão em mão e pedir para que tentem quebrá-lo.

Perguntar: qual a diferença entre os gravetos separados e os unidos? Por que os primeiros quebraram e os segundos não?

Explicar que os primeiros gravetos são como os católicos que não participam da sua comunidade: quebram-se com facilidade, ou seja, qualquer problema mais sério tendem a abandonar a fé. Dizem que rezam em casa e que isto lhes basta. Porém, o encontro com Jesus ressuscitado (graveto maior, que pode ser um pedaço de um cabo de vassoura) se dá em comunidade. Quando participamos da comunidade somos fortes porque estamos unidos entre nós e com Jesus (feixe).

O domingo é o dia da reunião da comunidade com Jesus, que se manifesta ressuscitado a cada “oito dias”, através da celebração da Santa Missa.

Em casa não nos encontramos com Cristo como na comunidade, pois não podemos nos unir aos irmãos que comungam da mesma fé que temos. Por isso, todos os cristãos católicos devem participar da missa dominical, ou, onde não é possível, da Celebração da Palavra, em sua comunidade local.

 

Impressionante exemplo da justiça de Deus

Santa Isabel, rainha de Portugal, tinha um pajem muito virtuoso e prudente, digno de toda confiança, a quem incumbia de conceder aos pobres grande parte de suas esmolas. Outro pajem, invejando-o, foi dizer ao monarca que a confiança da rainha por aquele pajem era fruto de uma inclinação pecaminosa. O rei, que naquele tempo estava entregue a uma vida irregular, acreditou na calúnia, e planejou matar secretamente o referido pajem. Certo dia, passando pelo local onde havia uma usina de cal, chamou os operários e ordenou-lhes que, quando alguém viesse, de sua parte, perguntar se eles haviam feito o que o rei ordenara, que o pegassem e o lançassem ao grande forno para aí perecer.

No dia seguinte, D. Dinis mandou o pajem da rainha ir à usina perguntar se o que ele havia ordenado havia sido feito. Entretanto, a Providência velava pelo virtuoso jovem. Passando no caminho por uma igreja, o pajem entrou para rezar. E vendo que ia começar uma Missa, permaneceu algum tempo para assisti-la. Terminada a primeira missa, começou uma segunda, depois uma terceira, e o piedoso pajem ficou também na igreja para rezar no transcorrer delas.

Enquanto isso o rei, levado pela impaciência, chamou outro pajem —providencialmente, o mesmo caluniador — e enviou-o à usina, a fim de se inteirar se sua ordem havia sido cumprida. Imediatamente os operários apoderaram-se do infeliz e lançaram-no ao forno.

O primeiro pajem chegou depois àquele local e perguntou se o que o rei ordenara fora executado, recebendo a resposta afirmativa. De volta ao palácio, foi dar conta de sua missão ao soberano, que ficou muito surpreso de vê-lo vivo e quis saber o que acontecera. O pajem contou-lhe então que, quando ia a caminho da usina, passou pela igreja para uma rápida oração. E que seu pai, ao morrer, havia lhe recomendado assistir a todas as missas que visse em andamento. Por isso ele assistira a três missas sucessivas, e só depois fora executar o que o rei ordenara.

O monarca reconheceu no fato um julgamento de Deus, testificando a inocência da rainha, a virtude de seu pajem e a malícia do caluniador.

Fonte: https://www.catolicismo.com.br/materia/materia.cfm?IDmat=54A8796B-A4EA-3FB8-E934E972FDE120BB&mes=Julho2005

 

Agir

Converse com os catequizandos sobre a importância de participar na comunidade nos domingos e festas litúrgicas.

Proponha a eles a elaboração e formalização do compromisso de serem assíduos e fiéis participantes na comunidade.

 

Celebrar

Pedir que leiam individualmente o Sl 117 (118) e escolham um versículo que mais lhes chamou a atenção para rezar.

 

Oração final: Creio

 

 

Saiba Mais

A santificação do Dia do Senhor é o Terceiro Mandamento. É o dia de descanso que os judeus observam em memória ao dia de repouso de Deus no sétimo dia da criação. Também celebra a memória da libertação da escravidão no Egito. Essa lei normalmente foi aplicada com muito rigor. Os seguidores mais exigentes das leis de Moisés chegaram a estabelecer uma relação de atividades que se poderia realizar sem desrespeitar a lei.

Jesus inaugurou um novo tempo na história da humanidade. Ele, o “Senhor do sábado” (Mc 2, 28), fez uma nova interpretação da lei de Moisés e afirmou que no sétimo dia da semana não se podia deixar de amar, servir e fazer o bem, pois “o sábado foi feito para o homem e não o homem para o sábado” (Mc 2, 27). Assim, Jesus “... se permite no dia de sábado fazer o bem de preferência ao mal, salvar uma vida de preferência a matar” (CIC 2173).

Isso não significa que Jesus tenha negado o valor do preceito em respeito ao Dia do Senhor. Mas acabou dando-lhe uma nova interpretação e um novo sentido. Acrescentou-lhe algo novo, ligado ao seu novo modo de ser depois da morte. Com sua ressurreição no primeiro dia da criação, o domingo, os cristãos passaram a cumprir como o Dia do Senhor o primeiro dia da semana. “Devido à tradição apostólica que tem sua origem do dia mesmo da ressurreição de Cristo, a Igreja celebra a cada oitavo dia o Mistério Pascal” (SC 106) . Esse é um dia que os cristãos guardam, desde as primeiras comunidades, para ouvir a Palavra de Deus e participar da Eucaristia, lembrando a Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus Cristo.

Como primeiro dia da semana, lembra o primeiro dia da criação. Agora, em Cristo, a criação de uma nova humanidade, uma nova forma de viver a plenitude da graça de Deus.

Domingo é o dia da Igreja. Tanto a Igreja doméstica, a família, como a Igreja que reúne toda a comunidade de fé. Acima de tudo é um dia de alegria, de comemoração. É um dia para louvar, agradecer a Deus pelos dons da vida, e também pedir a renovação das energias. Mas, acima de tudo, é o dia da ressurreição de Jesus Cristo, da qual participamos na celebração eucarística. É por isso que o domingo sem Eucaristia não é um domingo completo.

 

MANDAMENTOS DA IGREJA

 

1º Mandamento: Participar da Santa Missa nos Domingos e Dias-Santos.

A participação na Santa Missa do "Dia do Senhor" ou dos dias-santos de Guarda é um dever obrigatório para todo cristão batizado, porque Jesus Cristo ressuscitou no primeiro dia da semana, que é o Domingo.

"Por que buscais entre os mortos Aquele que está vivo? Não está aqui, mas ressuscitou. Lembrai-vos de como Ele vos disse, quando ainda estava na Galiléia" (Lucas 24, 5-6), Isto foi dito por dois Anjos às discípulas que foram ver o Corpo de Jesus no sepulcro. A Santa Missa é o Santo Sacrifício de Cristo que foi consumado no Calvário, sendo renovado e celebrado do nascer ao pôr-do-sol em todo o mundo pela salvação da humanidade. Faltar à Missa aos Domingos e Dias-santos sem nenhum motivo que impeça de assistí-la é considerada falta grave pela Igreja, ficando a pessoa impedida de receber Comunhão.

Os Dias-santos de Guarda são quatro:

-1º de Janeiro - Festa da Santa Mãe de Deus;

-Corpus Cristi (a data varia, de acordo com o Calendário Litúrgico da Igreja);

-Festa da Imaculada Conceição de Maria (8 de Dezembro);

-Festa do Natal (25 de Dezembro) em que se celebra o Nascimento do Salvador do mundo.

Obs: Além dos Domingos, os dias de preceito (ou guarda) são: Natal, Epifania, Ascensão, Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo, Santa Maria Mãe de Deus e sua Imaculada Conceição, e sua Assunção, São José, Santos Apóstolos Pedro e Paulo, e Todos os Santos. Todavia, no Brasil, por autorização da Santa Sé, a solenidade de São José NÃO é de preceito; e a Epifania, Ascensão, Assunção, e São Pedro e São Paulo, são transferidas para o Domingo seguinte. Nesse sentido, cumprimos o preceito no próprio Domingo, o que é bem mais fácil. Em dias de semana, porque não foram transferidas no Brasil, restam o Natal, o Santíssimo Corpo e Sangue de Cristo, a Imaculada Conceição, e a solenidade de Santa Maria Mãe de Deus (1º de janeiro).

 

2º Mandamento: Confessar-se ao menos uma vez cada ano.

O segundo mandamento prescreve que o cristão batizado deve confessar-se ao menos uma vez por ano, mas como o gênero humano tem uma natureza, digamos, corrupta devido a herança do pecado original cometido pelos primeiros pais (Adão e Eva) no início da Criação, o espírito necessita de uma "limpeza espiritual" constante para não acumular muitas faltas ou pecados graves (mortais) que comprometem a salvação da alma.

É através do Sacramento da Reconciliação ou Confissão Sacramental que a Igreja de Cristo proporciona ao homem a reconciliação com Deus e com os irmãos, libertando com o perdão dos pecados. "Se vossos pecados forem escarlates, tornar-se-ão brancos como a neve! Se forem vermelhos como a púrpura, ficarão brancos como a lã!" (Isaías 1, 18).

Questionário:

1 – Qual a importância da missa em minha vida?

2 – Quando, na verdade, começa a missa (missão) aos domingos?

3 – Estou sendo um bom católico?

4 – As minhas confissões têm sido sinceras?

5 – Qual o exemplo que devo tirar da vida de Cristo?

6 – Qual a importância dos Mandamentos da Igreja?

7 – Vocês acham que os Mandamentos de Deus e os da Igreja têm ligações entre si?

 

3º Mandamento: Comungar ao menos pela Páscoa.

Comungar ao menos pela Páscoa ou "fazer a Páscoa" como prescreve a Igreja, é cumprir um dever muito antigo que já fazia o Povo de Deus do Antigo Testamento.

“Celebrar a Páscoa recebendo a Comunhão ou Eucaristia significa o encontro e comunhão com Jesus Cristo que liberta de todo o mal”.

Assim, fazer parte da celebração do mistério da Eucaristia é estar com Deus, em Cristo, de forma mais plena, mas somente isso será possível se o Cristão Católico estiver cumprindo com todos os mandamentos, conforme prescreve o Sacramento da Eucaristia.

 

4º Mandamento: Jejuar e não comer carne quando manda a Santa Igreja.

A Santa Igreja prescreve no quarto mandamento que a Quarta-feira de Cinzas e a Sexta-feira da Paixão são dias de se fazer jejum do corpo ou de alimentos com abstinência de carnes nestes dias, em respeito à Morte de Jesus Cristo na Cruz e como meios de penitenciar o corpo e o espírito, a fim de que os "canais da graça" sejam liberados da mancha dos pecados do egoísmo e do orgulho.

 

“Fazer penitências, às vezes, nos parece ser algo impossível, chato e por muitas vezes arrumamos desculpas para não fazermos. Mas, se pensarmos em tudo o que Cristo fez para nos salvar e olharmos o que nos é pedido hoje, veremos que não será nem metade de tudo o que ele sofreu. Então, peço que tenhamos fé, paciência e respeito por este mandamento e que saibamos usar o nosso jejum, em oração, da melhor forma que encontremos. Assim, imagino que a melhor forma de Jejuarmos é termos um propósito.  Escolha o teu!”

Questionário:

1 – Tenho comungado ao menos na Páscoa?

2 – Tem sido uma Comunhão boa?

3 – Qual seria o propósito que eu escolheria para “Jejuar”?

4 – Como tem andado a minha vida cristã?

 

5º Mandamento: Pagar Dízimos, conforme o costume.

O quinto mandamento da Igreja informa que os fiéis cristãos batizados também são responsáveis pela construção do Reino de Deus aqui na terra, ou seja, pela construção e manutenção da Igreja. Isto é feito através da coleta do dízimo na missa ou até mesmo para aqueles que optam por pagar um quantia não fixa mensal

 Isto tudo auxilia os Seminários na formação dos Sacerdotes, que no futuro prestarão serviço a Deus e ao Seu Povo, que somos nós. "A messe é grande, mas os operários são poucos. Pedi, pois, ao Senhor da messe que envie operários para sua messe" (Mateus 9, 37-38).

Conforme o costume a Igreja, de certo modo, não estabelece uma quantia exata do que se deve pagar nas ofertas dos dízimos, mas devemos lembrar que a Igreja tem compromissos mensais, tal como contas de luz, água e telefone. Mas para cumprir este preceito, deve-se ter espontaneidade (você não deve ser obrigado por ninguém) e ter discrição (“que não saiba a mão esquerda o que a mão direita fez”).

DÍZIMO significa 10% do que ganhamos honestamente, produzimos, ou colhemos nos nas lavouras, nos rebanhos, etc. O dízimo é uma oferta ou oferenda que reservamos para Deus, em sinal de gratidão e reconhecimento pelos inúmeros benefícios que usufruímos da Natureza (a chuva, o sol, a terra, o ar, a água, as árvores, os animais, etc.); porém seu dízimo também pode ser ofertar-se em trabalho junto à Igreja, auxiliando assim a pescar mais almas para o caminho de Deus.

JESUS ratificou a necessidade das "ofertas" ou "oferendas" materiais à Sua Igreja, quando Ele observava como as pessoas colocavam suas quantias em dinheiro no "Cofre do Templo" : os ricos destinavam grandes quantias daquilo que lhes sobravam; uma pobre viúva destinou apenas duas pequenas moedas que eram do para seu próprio sustento. E Jesus disse que aquela pobre viúva pôs mais do que os outros porque ela dividiu do pouco que tinha para se manter, repartindo com Deus. Consequentemente, foi ela quem mais agradou a Deus. Disse Jesus: "Em verdade vos digo: esta pobre viúva pôs mais do que os outros. Pois todos aqueles lançaram nas ofertas de Deus o que lhes sobra; esta, porém, deu, da sua indigência, tudo o que lhe restava para o sustento" (Lucas 21, 3-4).

 

Questionário:

1 – O quanto de mim (do meu tempo) tenho doado à Igreja? Qual seria a importância da doação do tempo que temos à Igreja?

2 – Qual a importância do dízimo para a Igreja?

3 – Como isto influencia na formação de novos padres e sacerdotes em geral?

4 – Fazer parte de algum grupo, comunidade católica também é servir a DEUS?

5 – Como  seria se a Igreja não tivesse a ajuda de todos, tanto no dízimo em dinheiro, tanto na doação do tempo que temos à disposição da Igreja?