Maria na Igreja- aparições de Nossa Senhora

 

Objetivos

Mostrar que através do “sim” de Maria concretiza-se o plano da salvação na pessoa do seu Filho Jesus Cristo.

 

Preparação para o encontro

Bíblias, toalha, flores, bíblia, imagem de Nossa Senhora, terço.

 

Acolhida

Oração inicial: Salve Rainha

 

Quem gostaria de falar o que sabe sobre Nossa Senhora? (direcionar o encontro a partir do que sabem e ir completando)

- Maria era uma moça como as outras; pertencia a uma família simples da cidade de Nazaré, na Palestina. Seus pais eram Joaquim e Ana.

- Maria era bondosa, humilde, trabalhadora e cheia de coragem. Sua preocupação era ajudar os outros, ser amiga de todas as pessoas.

- Ela procurava viver a Aliança, por isso observava os 10 Mandamentos.

- Maria, foi totalmente aberta à Palavra de Deus. Disse “sim”. Por isso, Deus nasceu no seu coração, Deus morou nela e a fez mãe de seu Filho único – Jesus.

 

Ver

Pedir para que os catequizandos enumerem e anotem tudo o que sabem sobre Maria, desde os fatos até as qualidades e destacar uma que mais admiram.

 

Maria disse: “Façam tudo o que ele lhes disser” – Você tem feito tudo o que Jesus ensinou?

No seu dia a dia você consegue perceber as necessidades dos outros? O que você faz?

Você é solidário com as pessoas mais carentes? Procura ajudar?

 

Terminar mostrando na Bíblia, que Maria é modelo de fé, de serviço, de solidariedade, de confiança e de oração.

 

Palavra de Deus: Lc 1, 26-38 / Jo 2, 1-12 / Jô 19, 25-27 / At 1, 14

O Evangelho fala pouco de Maria, mas nos mostra que:

- Maria é a Mãe de Jesus, o Filho de Deus, mas não toma o seu lugar.

- Se a devoção a Maria não tiver Cristo, não é evangélica.

- Mostra como Maria viveu e agiu. Teve perfeita atitude de discípula de Cristo.

 

Maria é a mulher forte. Conheceu de perto a pobreza, o sofrimento, o exílio.

O Deus de Maria não é um deus pequeno, mas é o Deus dos pequenos. É o Deus que nela faz grandes coisas.

Maria se doou a Deus e ao povo e teve fidelidade ao Plano de Deus. Esta e a primeira e fundamental exigência da catequese.

 

Iluminar

Debate

- Reuni-los em grupos e pedir para que comparem as suas anotações e escolham a qualidade ou o fato que mais foi destacado entre as anotações dos catequizandos.

- Pedir para que atualizem-no, ou seja, tentem descobrir como Maria agiria naquela determinada situação ou como seria aquela sua qualidade se ela vivesse hoje.

- Explicar que toda a vida de Maria é exemplo para nós. Ela viveu plenamente em si a vida nova prometida pelos profetas e anunciada por Jesus.

 

Em Atos dos Apóstolos 1,14, vemos Maria unida em oração com todos os outros discípulos de Jesus.

Maria é modelo de solidariedade, de santidade e de oração, é uma verdadeira cristã.

 

AS MAIS BELAS LENDAS MARIANAS -Nossa Senhora cozinheira-

 

O Natal estava chegando!
O monge cozinheiro do mosteiro era um jovem, grande devoto de Nossa Senhora, simples e prestativo. Recebera do abade ordem de preparar um almoço festivo para mais de cem monges que iriam comemorar juntos o nascimento de Jesus.
Na despensa do mosteiro havia uma belíssima imagem de Nossa Senhora com o Menino Jesus no colo. Antes de iniciar o seu trabalho diário o monge ajoelhava-se diante da imagem e pedia benção e proteção para seus afazeres.
No dia de Natal, por ser uma festa tão grade o monge cozinheiro quis prolongar um pouco a sua oração a Nossa Senhora e pedir uma benção especial para sair-se bem no preparo do importante almoço. Pegou o menino Jesus no colo de sua Mãe, beijou-o e cheio de alegria e gratidão pelo nascimento de Jesus Salvador começou a entoar cânticos de Natal, dançando sem parar, beijando e falando com o Menino Jesus, agradecendo-lhe por ter vindo morar entre nós, para nós e por causa de nós e de nossos pecados.
Ficou tão entusiasmado, totalmente absorvido pela alegria da festa, que nem percebeu que o tempo estava passando. De repente ouviu o sino tocar para o “Ângelus”.   Era meio-dia, os monges começaram a sair da capela e ir para o refeitório.
Quase desmaiou de susto! Festa de Natal, hora do almoço festivo e ele nem tinha começado os preparativos. O que fazer? O que pensariam os colegas e os convidados? Qual o castigo que receberia do abade? Que vergonha! Ficou desesperado.
Quis devolver a Nossa Senhora o Menino Jesus que tinha nos  braços, depositando-o no colo dela.  Outro susto! A Imagem de Nossa Senhora não estava mais na despensa. Tinha desaparecido. Colocou Jesus no chão e correu para a cozinha.
Que maravilha! Que surpresa incrível! Viu Nossa Senhora diante do fogão já fritando, cozinhando, lidando com as panelas: a comida estava pronta.   Enquanto ele brincava com o Menino Jesus, ela o substituíra no fogão.
O almoço festivo foi servido.   Jamais houve naquele convento um almoço tão delicioso como naquele dia de Natal. Imagine, Nossa Senhora, ela mesma, cozinhando na festa da comemoração do nascimento de seu Filho Jesus.
Maria voltou para seu lugar na despensa e o monge, fora de si de tanta alegria, recolocou carinhosamente o Menino Jesus nos seus braços.
“Não fiquem preocupados dizendo: “O que vamos comer? O que vamos beber? Os pagãos é que ficam procurando essas coisas. O Pai de vocês, que está no céu, sabe que vocês precisam de tudo isso” ( Mt 6, 31-32)

 

Para refletir e responder:

O que você achou mais interessante nesta lenda mariana?

 

-Existem várias Histórias sobre as interseções e aparições de Nossa Senhora.

-Contar a História de alguma das aparições de Maria Santíssima.

 

Agir

Rezar uma Ave Maria por dia durante a semana.

 

Celebrar

Rezar uma dezena do terço com o grupo.

Encerrar com um canto.

 

Aviso: Trazer no próximo encontro alguma história sobre Nossa Senhora para ser partilhada com o grupo.

 


Do livro Maria apresentada aos jovens- Irmão Aleixo Maria Autran, marista (Editora FTD)

 

As aparições marianas (mariofanias), ao longo da História da Igreja, são fatos históricos, que a Autoridade Eclesiástica, após lento e prolongado exame, reconheceu e aprovou oficialmente. Esses acontecimentos são fatores de incremento do culto cristão à Mãe de Deus: festa litúrgica, santuário mariano, orações e invocações especiais, etc.

Tais fenômenos são manifestações da perene ação salvadora de Deus por meio de Jesus Cristo e de Sua Mãe Santíssima. São fatos carismáticos como os demais que sempre existiram no cristianismo: profecia, milagres, mártires, revelações privadas, etc. O Espírito Santo intervém como Lhe apraz e sempre. Graças a Ele, a Virgem Maria irrompe visivelmente em nossa história, de maneira milagrosa e surpreendente, confirmando o fato de sua presença entre nós e garantindo a mensagem de que se faz portadora.

 

Qual a atitude da Igreja em face das aparições de Nossa Senhora?

Extrema prudência e exame lento e minucioso antes de reconhecer oficialmente a veracidade dos fatos.

De acordo com os critérios sugeridos pelo Papa Bento XIV, a Igreja instaura um processo, a nível diocesano primeiro, para examinar:

a) as pessoas videntes: suas qualidades naturais, virtudes, antecedentes religiosos, sua instrução, psicologia;

b) o fato das próprias aparições, começando por se estabelecer cientificamente esse fato na sua realidade histórica para, depois, verificar sua natureza sobrenatural.
Geralmente, são acompanhadas por sinais extraordinários (fontes milagrosas, fenômeno solar em Fátima, etc.); também esses sinais são submetidos a minucioso exame.

c) finalmente, a mensagem.

 

João Paulo II, em sua homilia em Fátima (13-5-1982), sintetizou assim esse ponto:

«A Igreja ensinou sempre, e continua a proclamar, que a revelação de Deus foi levada à consumação em Jesus Cristo, que é a plenitude da mesma, e que “não se há de esperar nenhuma outra revelação pública, antes da gloriosa manifestação de Nosso Senhor Jesus Cristo” (Dei Verbum, 4). A mesma Igreja aprecia e julga as revelações privadas seguindo o critério de sua conformidade com aquela única Revelação pública.

Assim, se a Igreja aceitou a mensagem de Fátima, é sobretudo porque esta mensagem contém uma verdade e um chamamento que, no seu conteúdo fundamental, são a verdade e o chamamento do Evangelho.»

Vale a pena estudar essa Homilia de João Paulo II, verdadeiro apanhado sobre a teologia das Aparições em geral e autêntica interpretação da Mensagem de Fátima.

São muitas as “aparições” de Maria reconhecidas pela Igreja?

Bem poucas. Das 30 “visões” de Nossa Senhora, de quem se falou desde 1930 até 1950, por exemplo, apenas as de Banneux Beauring foram reconhecidas pela Autoridade Eclesiástica. A aparição em Tre Fontane (Roma, 1947) foi também parcialmente reconhecida, 18 delas receberam o julgamento negativo. As demais estão ainda sub judice”.

Geralmente demora vários anos a sentença da Igreja. Nesse intervalo de tempo, não se autoriza o culto público no local das aparições nem o cumprimento de certos detalhes da Mensagem Mariana, como foi o caso da “consagração do mundo ao Imaculado Coração de Maria”, pedida em Fátima (Só em 1942, Pio XII fez a consagração do Gênero Humano ao Coração de Maria).

 

Que valor teológico e prático terão as mensagens de Maria, falando aos homens de hoje?

Damos a palavra ao teólogo Karl Rahner:

“Estas revelações particulares não se relacionam unicamente com a vida espiritual de um particular; por mais privadas que sejam, dirigem-se, por meio do beneficiário direto, à Igreja ou a uma boa parte da Igreja; revelações privadas que representam uma devoção nova, exortam à penitência e à conversão, comunicam determinadas instruções, previnem contra alguma doutrina, recomendam tal ensinamento espiritual ou tipo de espiritualidade, etc. No decurso da história da Igreja tem havido revelações assim, que certamente exercem influência importante.”

Basta considerarmos o extraordinário movimento de renovação espiritual que impõem Lourdes Fátima para o mundo todo.

 

As aparições de Nossa Senhora têm sido mais freqüentes nesses dois últimos séculos?

Elas sempre aconteceram. Pensemos, por exemplo, nas Aparições de Nossa Senhora de Guadalupe, em 1531, ao índio mexicano, Juan Diego, ou nas numerosas “aparições da Virgem”, que deram início a santuários e peregrinações já bem antigos, na Europa; como: Nossa Senhora das Três Espigas, que, em 1491, teria aparecido a um ferreiro na Alsácia; ou Nossa Senhora de Puy que, de acordo com a tradição nos primeiros tempos do cristianismo, apareceu, no Monte Anis (França), a uma mulher doente, curou-a e lhe disse que escolhera aquela montanha para que nela se construísse uma Igreja… Na Espanha, a tradição pretende que o santuário de Nossa Senhora do Pilar, em Saragoça, “que, no momento da reconquista, é indicado por seu bispo, como muito estimado pela sua antiga fama de santidade e dignidade” (João Paulo II), prende-se a uma visita de Maria, ainda viva aqui na terra, ao Apóstolo São Tiago Maior. Na Itália, abundam esses antigos santuários ligados a aparições marianas: CaravaggioGenazzano (Nossa Senhora do Bom Conselho) etc.

Durante muito tempo, a Nossa Senhora do Carmo esteve associada à célebre aparição de Maria entregando o Escapulário a São Simão Stock em Cambridge (Inglaterra) a 16 de julho de 1251.

Todavia, nos últimos tempos, chamados por Pio XII de ERA DE MARIA, Ela se tem manifestado mais vezes como Mensageira de Deus.

São essas mariofanias “visões” ou “encontros”?

São sempre a presença real de Maria aos videntes, que a experimentam como uma existência real e objetiva (não como fantasias). Entretanto é possível que a Virgem se sirva de representações na própria subjetividade do vidente para se comunicar. O modo não é tão importante.

 

 

Quantas são as aparições marianas e quais são as principais entre as que são reconhecidas oficialmente pela Igreja Católica?

Nos 20 séculos de história cristã, contam-se cerca de duas mil indicações relativas a aparições marianas que tiveram uma certa relevância histórica. As que são reconhecidas pela Igreja nos últimos dois séculos são apenas uma dezena. As mais importantes entre as reconhecidas são: Guadalupe, no México (1531); Rue du Bac, em Paris (1830);La Salette, na França (1846); Lourdes, na França (1858); Fátima, em Portugal(1917); Banneux, na Bélgica (1933); Amsterdã, na Holanda (1945); Akita, noJapão (1973); Kibeho, em Ruanda (1981).

Qual é a atitude da Igreja diante desses fenômenos?

Muito prudente, ou melhor, muito prudente mesmo. Antes de se pronunciar, a autoridade eclesiástica procede com pés de chumbo. O bispo do lugar, se considera que há pressupostos, geralmente institui uma comissão teológica, que interroga os videntes e avalia os testemunhos, avaliando também eventuais mensagens ligadas à aparição.

Quais são os critérios utilizados pela Igreja para apurar a autenticidade de uma aparição?

A credibilidade dos videntes: jamais devem se contradizer, seus relatos devem ser coerentes, devem ser reconhecidos saudáveis do ponto de vista mental.

Em segundo lugar, a ortodoxia das eventuais mensagens, que devem estar de acordo com a mensagem evangélica e também com o magistério da Igreja.

Finalmente, os frutos, ou seja, as conversões e as eventuais graças ligadas ao lugar da aparição.

Que julgamento o bispo pode dar no fim do processo?

Estão previstas três fórmulas para três diferentes tipos de julgamento. Se a autoridade eclesiástica chega a verificar que se tratou de uma fraude ou até da fantasia de algum visionário, o julgamento é “constat de non supernaturalitate”, isto é, consta a não sobrenaturalidade.

Se, ao contrário, o julgamento é interlocutório e não foi possível apurar a veracidade, mas nem desmenti-la, se adota a fórmula “non constat de supernaturalitate”, isto é, não consta a sobrenaturalidade, mas isso não exclui que possa ser verificada em um segundo momento. Esse último julgamento foi utilizado para Medjugorje.

Qual foi a aparição mariana que durou mais tempo?

A poucas dezenas de quilômetros da fronteira com o Piemonte, nos Alpes Marítimosde Dauphiné, em Laus, entre 1664 e 1718, Nossa Senhora apareceu por 54 anos a uma pobre pastora analfabeta, Benoite Rencurel. As aparições de Laus foram reconhecidas oficialmente no dia 13 de junho de 2008 pelo bispo de Gap et d’Embrun,Dom Jean-Michel di Falco-Leandri.

Um fiel católico deve acreditar nas aparições marianas reconhecidas oficialmente pela Igreja?

Não, o fiel católico não é obrigado a acreditar nas aparições marianas, embora reconhecidas oficialmente. A Igreja considera concluída a revelação pública com a morte dos apóstolos e, portanto, todas as aparições, todas as mensagens posteriores, mesmo que tenham um valor universal, são consideradas revelações “privadas”, as quais o fiel não é obrigado a acreditar, porque não acrescentam nada à mensagem evangélica e ao magistério da Igreja.

Por que, de acordo com os teólogos católicos, Nossa Senhora se revelaria em tantas aparições?

O significado é o da ajuda, do apoio, às vezes da advertência, sempre acompanhado pelo convite à oração e à conversão: em Fátima, Nossa Senhora apareceu às vésperas da Revolução de Outubro e falou sobre a Rússia.

Em Kibeho, em Ruanda, com dez anos de antecedência, ela apresentou aos videntes a visão de lagos e rios de cor vermelho como sangue, cenários que se verificariam por ocasião dos tremendos confrontos entre as etnias hutu e tutsi.

Fonte: https://www.comshalom.org/blog/carmadelio/24921-quais-sao-as-aparicoes-marianas-reconhecidas-pela igreja-e-medjugorge