Finados- somos chamados a ser santos

 

 

Objetivos

Partilhar a historia do santo que a família faz a veneração.

 

Preparação para o encontro

1.Bíblias;

2.Levar sementinhas de girassol, um galho seco e ramos com folhas verdes ( um ramo para cada criança;

3. Levar um vaso com terra.

4. Fazer um mural com o título: SEREI UMA FLOR NO JARDIM DE DEUS SE ...

.Este mural deverá ir apenas com a grama e os talos das flores.

.Fazer para cada catequizando uma florzinha de papel (pode ser forminha para docinho de festa). Será usada na dinâmica do Iluminar

 

Acolhida

Acolher os catequizandos com uma sementinha de girassol.

Invocação da Santíssima Trindade

Rezada.

Oração Inicial

.Criar um clima de oração.

. Pedir aos catequizandos para lembrar das pessoas que ele gostava e que já faleceram.

.Colocar a semente no vaso de terra.

. Fazer em silêncio uma oração a Deus por estas pessoas.

.Alguém pode fazer uma oração espontânea.

 

Ver

Tempestade de Idéias:

.Você sabe o que é morte?

• Você sabe para onde vamos quando morremos?

. O que deverá acontecer com as sementes para que elas possam nascer e florir?

 

Iluminar

Dinâmica Morte: Nascimento para a vida eterna

1 ° passo. Contar a História da Semente.

A Semente adormeceu/ Lá no meio do jardim,/ Passou-se o tempo/ E quietinha ela ficou./O jardineiro com carinho/ A terra ele regou,/Passou noite, passou dia,/E o milagre aconteceu./ A Semente começou a acordar,/ Nasceu raiz, cresceu,/ Virou pé de flor/ E tão bonita ela ficou./Esta é a lição/ Que hoje devemos aprender/ Como a semente ninguém morre/ Só renasce no jardim de Deus./ Você acredita nisso?

2° passo. No final da história plantar um galho no meio do vaso.

 3° passo. Dar para cada catequizando um ramo com folhas verdes.

4° passo. Pedir para falarem o nome de pessoas que eles gostavam e que já faleceram e amarrar o ramo no galho. (Usar no momento da Oração final).

5° passo. Ler o Texto Bíblico João 11, 25-26 e explicar o texto para os catequizandos. Lembrar que nós somos como a semente, a nossa vida terrena é apenas um momento de preparação e passagem para uma vida muito melhor e mais bonita, desde que a nossa vida atual seja bem vivida.

6° passo. CONSTRUINDO O MURAL - SEREI UMA FLOR NO JARDIM DE DEUS SE.

 Dar para cada um uma florzinha.Pedir que escrevam em cada uma das pétalas, uma atitude positiva que realizamos em vida, que nos prepararam para fazer parte  deste  jardim.

 

Leitura Bíblica: João12, 24-25

 

Celebrar a vida eterna

No mês de novembro comemoramos dois aspectos muito importantes de nossa vida. No dia 1, a festa de todos os santos e, no dia 2, finados, a memória dos falecidos.

A memória dos nossos entes queridos já falecidos apresenta uma dimensão espiritual muito importante, que convém vivenciar cuidadosamente.

Na liturgia celebramos a vida plena e eterna a que todos nós somos chamados. É também uma oportunidade para uma profunda reflexão sobre a realidade da morte como passagem desta para a vida definitiva em Deus. É neste sentido que celebramos a memória de nossos parentes e amigos, que já partiram para a casa do Pai.

Em finados celebramos, portanto, a vida eterna dos entes queridos que já faleceram. É o dia em que lembramos o amor que nos liga aos falecidos, na certeza de que o amor a Deus e ao próximo não morre, e a vida continua além da morte.

Daí a importância de viver nossa vocação à santidade. Somos chamados a ser santos: ‘Sede santos, porque eu sou santo’ (1Pd 1,16).

Ser santo é opção de vida, exigida de todos nós. Isto implica em atitudes de bondade, perdão, amor...

Jesus respondeu positiva e corretamente, perfeita e fielmente ao projeto do Pai. Isto lhe dá autoridade para se sentar no alto da montanha e apresentar seu programa de vida, que é também o projeto do Pai e deve ser também o nosso. Assumir isto significa ter um coração de pobre: “Bem-aventurados os que têm um coração de pobre, porque deles é o Reino dos Céus”(Mt 5,3).

Para muitos, os santos são aqueles cujas imagens se encontram nos altares das igrejas, de mãos postas erguidas para o céu. Na verdade, os santos são pessoas que viveram uma profunda intimidade com Deus, arregaçando as mangas, doando a vida em favor dos mais pobres, marginalizados e excluídos da sociedade.

Além disso, existem também santos que ainda vivem entre nós. São pessoas que vivem testemunhando sua fé, doando a vida em favor dos pobres, doentes e excluídos da sociedade. É a proposta da sociedade que Deus faz também para todos nós, o projeto de vida plena e feliz para todos.

Diác. Luiz Demasi

 

1 Cor 15, 16-19

 

Sugestão:       1- Cada catequizando deve trazer a história de um santo diferente, pode ser um santo que a família venere.

                        2- Dividir os catequizandos em grupos e cada grupo deve escrever todos os nomes de santos que eles conhecem.

 

Agir

De nada adianta visitar os cemitérios, levar flores, acender velas  nos túmulos dos mortos, se nosso sentido, nosso coração não estiver voltado para a esperança na ressurreição. Pois do contrário, ato de homenagear os mortos, não passa de um acontecimento social. Para nós cristãos católicos, a vida não deve parar no túmulo, como Jesus também não ficou no túmulo, mas ressuscitou, nós também não ficaremos, mas ressuscitaremos com Ele. Lembremos da palavra dos anjos no dia da ressurreição do Senhor Jesus, quando as mulheres chegaram logo cedo no túmulo: "Por que buscais entre os mortos aquele que está vivo? Ele não está aqui ressuscitou..." Lc 24, 5-6  

 

Celebrar

Final: Oração espontânea.

 

 


 

"A INTENÇÃO CATEQUÉTICA DESTA CELEBRAÇÃO É PARA SEGUIRMOS JESUS E NOS TORNARMOS SANTOS"

Texto de: Cássio Abreu

O dia de todos os santos é uma festa em honra dos santos conhecidos ou não, canonizados ou não pela Igreja. 
No fim do século II, os cristãos começaram a honrar os que morriam martirizados por causa da fé em Jesus Cristo. Acreditando que eles já estavam com Cristo, no céu, oravam a eles para que intercedessem em seu favor.
A celebração de vários mártires, no mesmo dia e lugar, deveu-se ao frequente martírio de grupos cristãos e também ao intercâmbio e partilha das festividades entre as dioceses/paróquias por onde tinham passado e se tornado conhecidos. 
A partir da perseguição do Imperador Dioclesiano (284-306), o número de mártires era tão grande que era impossível designar um dia do ano separado para cada um. O primeiro registro de um dia comum para todos eles aconteceu em Antioquia, no séc. IV, no domingo seguinte ao de Pentecostes, tradição que se mantém até hoje nas igrejas orientais.
Depois, em 609 ou 610, o Papa Bonifácio IV, dedicou o Panteão, (templo romano que era dedicado a vários deuses) a Maria e a todos os mártires.
A data foi mudada quando o Papa Gregório III (731-741), dedicou uma capela, em Roma, e ordenou que eles fossem homenageados no dia primeiro de novembro.
Inicialmente, essa festa era celebrada no aniversário da morte dos cristãos martirizados, realizando-se orações e vigílias no mesmo local em que eles foram mortos, como ao redor do Coliseu romano. Depois a Igreja passou a construir igrejas e basílicas dedicadas em sua memória nesses mesmos locais.
A Igreja ensina que a intenção catequética desta celebração, ressalta o chamado de Cristo a cada um de nós, para segui-Lo e sermos santos, à imagem de Deus, com qual fomos criados originalmente, e com a qual devemos continuar nossa caminhada.
Deus quer nos santificar, mas precisa de nossa ajuda. Por isso, podemos afirmar que existem santos vivos, pois é possível nos santificarmos, com a graça de Deus e com nossa perseverança, ainda nesta vida. Tornando-nos santos aqui na terra de acordo com a vida em que levamos. Depois da morte não podemos mudar mais nada.
Outra verdade é que muitas pessoas que não foram beatificadas ou canonizadas pela Igreja também se encontram na presença de Deus Pai, sendo por isso, santas e perfeitas, podendo interceder por nós, no que a Igreja chama de Comunhão dos Santos.
Rezemos então por todos santos e santas de Deus.
Fonte: Revista Brasil Cristão (ASJ) no. 184 -  Nov/212
 

A  comunhão com os Santos

“Veneramos a memória dos habitantes do céu não somente a título de exemplo; fazemo-lo ainda mais para corroborar a união de toda a Igreja no Espírito, pelo exercício da caridade fraterna. Pois, assim como a comunhão entre os cristãos da terra nos aproxima de Cristo, da mesma forma o consórcio com os santos nos une a Cristo, do qual, como de sua fonte e cabeça, proclama toda a graça e a vida do próprio povo de Deus”.

            Nós adoramos Cristo o qual é Filho de Deus. Quanto aos mártires, os amamos quais discípulos e imitadores do Senhor e, o que é justo, por causa de sua incomparável devoção por seu Rei e Mestre. Possamos também nós sermos companheiros e condiscípulos seus.

A intercessão dos Santos.

“Pelo fato de os habitantes do Céu estarem unidos mais intimamente com Cristo, consolidam com mais firmeza na santidade toda a Igreja. Eles não deixam de interceder por nós ao Pai, apresentando os méritos que alcançaram na terra pelo único mediador de Deus e dos homens, Cristo Jesus. Por conseguinte, pela fraterna solicitude deles, nossa fraqueza recebe o mais valioso auxílio”.

            Não choreis! Ser-vos-ei mais útil após a minha morte a ajudar-vos-ei mais eficazmente do que durante a minha vida.

Veneração dos Santos.

Os patriarcas e os profetas, bem como outras personalidades do Antigo Testamento, foram e serão sempre venerados como santos em todas as tradições litúrgicas da Igreja.

Santos modelos de santidade.

É em Igreja, em comunhão com todos os batizados, que o cristão realiza sua vocação. Da Igreja recebe a palavra de Deus, que contém os ensinamentos da “lei de Cristo”. Da Igreja recebe a graça dos sacramentos, que o sustenta “no caminho”. Da Igreja aprende o exemplo da santidade; reconhece a figura e a fonte (da Igreja) em Maria, a Virgem Santíssima; discerne-a no testemunho autêntico daqueles que a vivem, descobre-a na tradição espiritual e na longa história dos santos que o procederam e que a Liturgia celebra no ritmo do Santoral.

 

Nome dos Santos/ Nome do Batismo

O sacramento do Batismo é conferido “em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo” (MT 28,19). No Batismo, o nome do Senhor santifica o homem, e o cristão recebe seu próprio nome na Igreja. Este pode ser o de um santo, isto é, de um discípulo que viveu uma vida de fidelidade exemplar a seu Senhor. O “nome de Batismo” pode também exprimir um mistério cristão ou uma virtude cristã. “Cuidem os pais, os padrinhos e o pároco para que não se imponham nomes alheios ao senso cristão.”

Memória dos Santos.

Quando, no ciclo anual, a Igreja faz memória dos mártires e dos outros santos, “proclama o mistério pascal” naqueles e naquelas “                                                             que sofreram com Cristo e estão glorificados com ele, e propõe seu exemplo aos fiéis para que atraia todos ao Pai por Cristo e, por seus méritos, impetra os benefícios de Deus”.

Significação da canonização dos Santos.

Ao canonizar certos fiéis, isto é, ao proclamar solenemente que esses fiéis praticaram heroicamente as virtudes e viveram na fidelidade à graça de Deus, a Igreja reconhece o poder do Espírito de santidade que está em si e sustenta a esperança dos fiéis, propondo-os como modelos e intercessores. “Os santos e as santas sempre foram fonte e origem de renovação nas circunstâncias mais difíceis da história da Igreja.” Com efeito, “a santidade é a fonte secreta e a medida infalível de sua atividade apostólica e de seu elã missionário”.

A comunhão com os falecidos.

“Reconhecendo cabalmente esta comunhão de todo o corpo místico de Jesus Cristo, a Igreja terrestre, desde os tempos primevos da religião cristã, venerou com grande piedade a memória dos defuntos (...) e, ‘já que é um pensamento santo e salutar rezar pelos defuntos para que sejam perdoados de seus pecados’ (2Mc 12,46), também ofereceu sufrágios em favor deles.” Nossa oração por eles pode não somente ajudá-los, mas também tornar eficaz sua intercessão por nós.

Morrer com o sinal da fé.

O “selo do Senhor”, é o selo com o qual o Espírito Santo nos marcou “para o dia da redenção” (Ef 4,30). “O Batismo, com efeito, é o selo da vida eterna.” O fiel que tiver “guardado o selo” até o fim, isto é, que tiver permanecido fiel às exigências de seu Batismo, poderá caminhar “marcado pelo sinal da fé”, com a fé de seu Batismo, à espera da visão feliz de Deus – consumação da fé – e na esperança da ressurreição.

Morrer em Cristo Jesus.

Para ressuscitar com Cristo é preciso morrer com Cristo, é preciso “deixar a mansão deste corpo para ir morar junto do Senhor” (2Cor 5,8). Nesta “partida” que é a morte, a alma é separada do corpo. Ela será reunida ao seu corpo no dia da ressurreição dos mortos.

O sentido da morte Cristã.

Graças a Cristo, a morte cristã tem um sentido positivo. “para mim, a vida é Cristo, e morrer é lucro” (Fl 1,21). “Fiel é esta palavra: se com Ele morremos, com Ele viveremos” (2Tm 2,11). A novidade essencial da morte cristã está nisto: pelo Batismo, o cristão já está sacramentalmente “morto com Cristo”, para viver de uma vida nova; e, se morrermos na graça de Cristo, a morte física consuma este “morrer com Cristo” e completa, assim, nossa incorporação a ele em seu ato redentor:

            É bom para mim morrer em Cristo Jesus, melhor do que reinar até as extremidades da terra. É a Ele que procuro, Ele que morreu por nós: é Ele que quero, Ele que ressuscitou por nós. Meu nascimento aproxima-se. (...) Deixai-me receber a pura luz; quando tiver chegado lá, serei homem.

Morte e Ressurreição.

A ressurreição dos mortos foi revelada progressivamente por Deus a seu povo. A esperança na ressurreição corporal dos mortos foi-se impondo como uma conseqüência intrínseca da fé em um Deus criador do homem inteiro, alma e corpo. O criador do céu e da terra é também aquele que mantêm fielmente sua aliança com Abraão e sua descendência. É nesta dupla perspectiva que começará a exprimir-se a fé na ressurreição. Nas provações, os mártires macabeus confessam:

               O Rei do mundo nos fará ressurgir para uma vida eterna, anos que morremos por suas leis (2Mc 7,9). É desejável passar para a outra vida pelas mãos dos homens, tendo da parte de Deus as esperanças de ser um dia ressuscitado por Ele (2Mc 7,14).

Respeito aos corpos dos defuntos.

Os corpos dos defuntos devem ser tratados com respeito e caridade, na fé e na esperança da ressurreição. O enterro dos mortos é uma obra de misericórdia corporal que honra os filhos de Deus, templos do Espírito Santo.