Campanha da Fraternidade

 

Objetivos

Refletir sobre o tema e lema da Campanha da Fraternidade

 

Preparação para o encontro

Folhetos da missa com oração e hino da CF.

 

Acolhida

Oração inicial: Oração da Campanha da Fraternidade.

Música: CF

 

Ver

POR QUE CAMPANHA?

A Campanha da Fraternidade é um grande mutirão de evangelização e conscientização da Igreja Católica no Brasil, com o apoio de várias Igrejas cristãs.

Foi criada em 1962, é organizada pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e se desenvolve durante o período da Quaresma.

Durante a Quaresma a Igreja nos sugere fazer uma campanha de fraternidade, que é um esforço de amor ao próximo para alcançarmos um determinado objetivo.

Vivemos numa mudança de época, nos relacionamos muito mal com o mundo e com Deus. Ele está sendo excluído da vida familiar, da vida da sociedade. A publicidade conduz ilusoriamente a mundos distantes, fascinantes para que os desejos se tornem felicidade.

No caminho de aprendizagem com Jesus precisamos refletir a Palavra de Deus em nossas casas, para que lá seja um espaço de paz. A Palavra de Deus é luz, ilumina a vida da família.

Tema deste ano.
Lema deste ano.

 

Iluminar

Para explicar sobre a fraternidade, a solidariedade, contar a história.

Fazer a dinâmica.

 

Agir

Participar das atividades na paróquia sobre a CF.

 

Celebrar

Oração:

Senhor, somos pequenos, mas também queremos participar do teu projeto de fraternidade e de construção de um mundo melhor.

Ajuda-nos a perceber as necessidades dos outros e a crescer respeitando e sabendo cuidar da beleza do universo que você criou.

 

Natureza e Histórico da CF

 

Em 1961, três padres responsáveis pela Cáritas Brasileira idealizaram uma campanha para arrecadar fundos para as atividades assistenciais e promocionais da instituição e torná-la, assim, autônoma financeiramente. A atividade foi chamada Campanha da Fraternidade e realizada, pela primeira vez, na Quaresma de 1962, em Natal (RN), com adesão de outras três dioceses e apoio financeiro dos bispos norte-americanos. No ano seguinte, dezesseis dioceses do Nordeste realizaram a Campanha. Não teve êxito financeiro, mas foi o embrião de um projeto anual dos Organismos Nacionais da CNBB e das Igrejas Particulares no Brasil, realizado à luz e na perspectiva das Diretrizes Gerais da Ação Pastoral (Evangelizadora) da Igreja em nosso País.

Em seu início, teve destacada atuação o Secretariado Nacional de Ação Social da CNBB, sob cuja dependência estava a Cáritas Brasileira, que fora fundada no Brasil, em 1957. Na época, o responsável pelo Secretariado de Ação Social era dom Eugênio de Araújo Sales, e por isso, presidente da Cáritas Brasileira. O fato de ser administrador apostólico de Natal (RN) explica que a Campanha tenha iniciado naquela circunscrição eclesiástica e em todo o Rio Grande do Norte.

Esse projeto foi lançado, em nível nacional, no dia 26 de dezembro de 1963, sob o impulso renovador do espírito do Concílio Vaticano II, em andamento na época, e realizado pela primeira vez na Quaresma de 1964. O tempo do Concílio foi fundamental para a concepção, estruturação e encaminhamentos da CF, do Plano de Pastoral de Emergência, do Plano de Pastoral de Conjunto e de outras iniciativas de renovação eclesial. Ao longo de quatro anos seguidos, por um período extenso em cada um, os bispos foram hospedados na mesma casa, em Roma, participando das sessões do Concílio e de diversos momentos de reunião, estudo, troca de experiências. Nesse contexto, nasceu e cresceu a CF.

Em 20 de dezembro de 1964, os bispos aprovaram o projeto inicial da mesma, intitulado: "Campanha da Fraternidade: pontos fundamentais apreciados pelo episcopado em Roma". Em 1965, tanto a Cáritas quanto a Campanha da Fraternidade, que estavam vinculadas ao Secretariado Nacional de Ação Social, foram vinculadas diretamente ao Secretariado Geral da CNBB. A CNBB passou a assumir a CF. Nessa transição, foi estabelecida a estruturação básica da CF. Em 1967 começou a ser redigido um subsídio, maior que os anteriores, para a organização anual da CF. Nesse mesmo ano, iniciaram-se, também, os encontros nacionais das Coordenações Nacional e Regionais da CF. A partir de 1971, tanto a Presidência da CNBB como a Comissão Episcopal de Pastoral começaram a ter uma participação mais intensa em todo o processo da CF.

Em 1970, a CF ganhou um especial e significativo apoio: a mensagem do Papa, transmitida em cadeia nacional de rádio e televisão, quando de sua abertura, na Quarta-feira de Cinzas. A mensagem papal continua enriquecendo a abertura da CF.

De 1963 até hoje, a CF é uma atividade ampla de evangelização desenvolvida num determinado tempo (Quaresma), para ajudar os cristãos e as pessoas de boa vontade a viverem a fraternidade em compromissos concretos, no processo de transformação da sociedade, a partir de um problema específico que exige a participação de todos, na busca de alternativas de solução. É grande instrumento para desenvolver o espírito quaresmal de conversão, renovação interior e ação comunitária, como a verdadeira penitência que Deus quer de nós em preparação à Páscoa. É momento de conversão, de prática de gestos concretos de fraternidade, de exercício de uma verdadeira pastoral de conjunto em prol da transformação de situações injustas e não-cristãs. É preciso maio para a evangelização no tempo quaresmal, retomando a pregação dos profetas, confirmada por Cristo, segundo a qual, a verdadeira penitência que agrada a Deus é repartir o pão com quem tem fome, dar de vestir ao maltrapilho, libertar os oprimidos, promover a todos.

A CF tornou-se especial manifestação de evangelização libertadora, provocando, ao mesmo tempo, a renovação da vida da Igreja e a transformação da sociedade, a partir de problemas específicos, tratados à luz do Projeto de Deus.

 

A CF tem como objetivos permanentes:

 

A)        despertar o espírito comunitário e cristão no povo de Deus, comprometendo, em particular, os cristãos na busca do bem comum;

b)        educar para a vida em fraternidade, a partir da justiça e do amor, exigência central do Evangelho;

c)         renovar a consciência da responsabilidade de todos pela ação da Igreja na Evangelização, na promoção humana, em vista de uma sociedade justa e solidária (todos devem evangelizar e todos devem sustentar a ação evangelizadora e libertadora da Igreja).