Vocação – Aparição de Nossa Senhora de Itaúna

 

Objetivos

-Distinguir o significado de Vocação e Profissão.

-Conscientizar os catequizandos a respeito da responsabilidade, de cada um, para com as vocações, bem como da importância de descobrirmos e vivermos nossa vocação.

-Resgatar a importância do papel do pai em nossas vidas.

-Conversar com os catequizandos sobre a importância de amar e valorizar o pai ou o

responsável em todos os dias do ano, não somente nesta data.

 

Preparação para

o encontro

Figura de um pássaro, cartaz, toalha, flores, bíblia, imagem etc.

Acolhida

Oração inicial: Ave Maria

Iniciar o encontro contando a história da aparição de Nossa Senhora de Itaúna.

 

Ver

Escrever no quadro a palavra VOCAÇÃO.

 

Trabalhar o tema Vocação através da história –

A VOCAÇÃO DE PIERRE

Pierre é um pássaro.

Ele vive na “Floresta das Vocações”.

Nesta floresta, cada pássaro, inseto ou animal tem uma vocação específica.

E desde muito cedo eles descobrem qual é a sua vocação específica.

Porém Pierre, já é um pássaro jovem, e segundo ele, ainda não conseguiu descobrir qual é a sua vocação específica.

- Vovô Pardal, tenho observado os meus amigos, e percebi que cada um deles já descobriu qual é a sua vocação! Veja o Canário Zé, o mês que vem ele vai se casar com a andorinha Teté! E o João-de-Barro, é um arquiteto perfeito, veja só as lindas casas que ele projeta e constrói! E eu? Qual é a minha vocação?

- Querido netinho Pierre. . . Infelizmente eu não posso lhe dizer qual é a sua vocação! Cabe a você descobrir sozinho! A única coisa que posso fazer por você é apontar caminhos! Mas tenha certeza de uma coisa Pierre: a sua vocação se encontra no seu coração.

Após conversar com seu avô, Pierre saiu um pouco feliz, pois seu avô lhe havia dito que ele também possuía uma vocação!

Mas também saiu com mais dúvidas ainda: se todos tinham uma vocação, qual era a sua???

Todas as manhãs Pierre gostava de cantarolar em uma pitangueira que ficava em frente a um antigo asilo, próximo da “Floresta das Vocações”.

E para os velhinhos daquele asilo o canto de Pierre simbolizava vida, esperança, amor.

Mas um dia Pierre cansou de cantarolar. . .

Os velhinhos daquele asilo começaram a se entristecer e conseqüentemente ficaram doentes.

- Pierre, meu neto querido, porque você não está cantando mais?

- Sabe o que é vovô? Eu desanimei. . . Para que cantar se eu não sei qual é a minha vocação?

- Você se lembra do dia em que eu lhe disse que eu poderia apontar caminhos para que você pudesse por si mesmo descobrir qual era a sua vocação?

- Sim, me lembro! - Pois bem, este momento chegou!

O avô de Pierre o conduziu até a pitangueira que ficava em frente ao asilo, onde todas as manhãs Pierre cantarolava.

- Olhe para estes velhinhos Pierre! Como você os vê?

- Eles estão muito tristes vovô!

- Além de estarem tristes, eles também estão doentes!

- Mas porque vovô?

- Por um simples motivo meu neto querido! Você era o motivo da alegria destas pessoas! Quando você cantava estes velhinhos tinham vida, esperança. . . Você era sinal de que Deus não os havia abandonado!

Eles acreditavam na vida, porque você era sinal de vida para eles. . .

- Puxa vovô! Então está é a minha vocação!!! Levar vida, alegria e esperança para as outras pessoas!!!

A partir daquele dia Pierre se tornou o pássaro mais feliz da “Floresta das Vocações”.

- Vovô, muito obrigado por me indicar o caminho!

- Cada um de nós Pierre, já nasce com uma vocação gravada em nosso coração! Mas temos a liberdade de dizer: sim ou não a ela! Mas para que possamos dizer sim ou não é necessário passarmos por várias etapas de amadurecimento: medo, questionamentos, desafios, visão da realidade... E hoje você só é feliz porque pode dizer um sim maduro a sua vocação!

 

Tempo para reflexão.

 

Iluminar

- Segue-se um período de discussão aberta a todo o grupo, onde todos são convidados a expressar as suas idéias relativas ao que lhes sugere a palavra “VOCAÇÃO”:

-“Quando ouvem a palavra “Vocação” o que é que lhes vem à cabeça?”

- Ir colaborando com os catequizandos para dar o verdadeiro sentido da palavra vocação. É preciso distinguir bem vocação de profissão, pois não são exatamente a mesma coisa.

 

Todos nós temos uma vocação.

A vocação é um chamado de Deus. Deus nos chama, pelo Batismo, para a vida e o serviço.

Deus nos faz vários chamados: vocação à existência, vocação humana, vocação cristã e vocação específica (cristãos leigos e leigas, Diáconos, Padres, Bispos, Religiosos e Religiosas).

 

Vocação é o encontro de duas liberdades: a de Deus que chama, e  a do Homem que responde.

Em todos os chamados podemos observar que:

- Deus chama através de fatos e acontecimentos ou através de pessoas.

- Deus toma a iniciativa de chamar.

- Deus escolhe e permite total liberdade de resposta.

- Deus chama para uma missão de serviço ao povo.

A vocação cristã exige que sejamos testemunhas de Cristo.

Foi Jesus quem chamou os primeiros colaboradores.

 

A profissão dignifica a pessoa quando é exercida com amor, espírito de serviço e

responsabilidade. A vocação vivida na fidelidade e na alegria confere ao exercício da profissão uma beleza particular, é o caminho de santidade.

Ler Lc 5, 10-11. Vamos responder:

1)      (Simão) Pedro era pescador e Jesus o chamou. O que Jesus lhe disse?

2)      Mas ao convite de Jesus houve uma resposta de Pedro. O que ele fez?

 

Agir

Não basta apenas ter uma vocação, um chamado.

É necessário dar uma resposta.

 

Celebrar

Fazer um momento de oração pelas vocações, principalmente pelo dia dos pais.

 

 

 

UMA REFLEXÃO PASTORAL SOBRE AS “APARIÇÕES E MENSAGENS DE NOSSA SENHORA EM ITAÚNA [MG]BRASIL

 

    O ano de 1955 foi marcado por uma explosão de devoção mariana na cidade de Itaúna.Em um matagal e lugar esburacado na periferia da cidade, começou-se a presenciar fenômenos extraordinários que interferiram na vida pacata desta tradicional cidade mineira. Primeiramente, foram crianças de origem muito humilde que presenciaram tais fenômenos. Viram vultos que identificaram mais tarde como sendo aparições de Nossa Senhora. Depois, com o movimento surgido, as multidões   começaram  a correr ao local, também alguns senhores fizeram tais experiências. O que foi visto, foi acima de tudo uma experiência de profunda espiritualidade mariana e eclesial; o crescimento da devoção mariana mediante o testemunho  de pessoas maduras e profundamente respeitáveis; uma experiência de profunda fidelidade pastoral do então pároco da única paróquia de Itaúna, Senhora Sant’Ana e destes videntes que em momento algum perderam a serenidade e o sentimento eclesial.

     Alguns elementos surpreendentes deste fenômeno: Os videntes eram homens ( diferente de outros fenômenos semelhantes onde os videntes são na sua maioria: crianças, adolescentes e mulheres, e até portadoras de desequilíbrios mentais) a sobriedade e fidelidade eclesial dos videntes e a caridade pastoral do pároco, a atualidade da mensagem, a longa duração e os bons frutos do fenômeno.

     A cidade de Itaúna sempre foi marcada por forte devoção mariana e vivência eclesial. Das seis paróquias atuais, quatro delas e a maioria das capelas são dedicadas à Maria. Era uma das cidades preferidas do primeiro bispo de Belo Horizonte, Dom Antonio dos Santos Cabral: tanto, que quando da criação da diocese de Divinópolis, em 1959, ele tentou conservá-la sob a sua jurisdição. Na época já era uma cidade industrial, muito forte na indústria siderúrgica e têxtil. Despontava-se também como forte centro cultural, ao ponto de na década de 70 receber da ONU o título de “ cidade educativa “ . O fenômeno deve ser compreendido à luz deste pano de fundo, sobretudo da forte devoção mariana cultivada em mais de cem anos de vida paroquial e na festa de Congado, também muito tradicional na cidade.

     Além das crianças que presenciaram os primeiros sinais deste fenômeno, destacaram-se videntes de sexo masculino. Foram eles Ovídio Alves de Souza, Otaviano Gentil de Castro, José Rita, Antonio Nunes de Oliveira, João Queiroz e Eduardo Vasconcelos de Morais. Destacaremos em nosso estudo o primeiro. Que alem de ser o grande expoente deste fenômeno de vidência deixou-nos documentos escritos.

     O Sr. Ovídio Alves de Souza,sempre foi um homem sempre bem quisto em nossa cidade. Farmacêutico diplomado, trabalhador, cumpridor de seus deveres sociais, católico, considerado por todos como dotado de grande senso de honestidade e equilíbrio. No seu diário, datado de 1956, revela-nos que não foi dos primeiros a deixar-se  envolver pelo fenômeno. Foi até ao local das “aparições” depois de alguns dias, fascinado mais pelo movimento popular que se criou, do que pelo próprio fenômeno. Sua motivação primeira não foi religiosa, mas fascínio diante do fato extraordinário que constituía o movimento de pessoas que estavam sendo envolvidas. O jornal “Tribuna de Minas”, editado em Belo Horizonte, no dia 20 de agosto de 1955, afirma “que mais de mil pessoas acorriam ao local a cada dia”.Como pessoas conhecidas, consideradas sensatas estavam “vendo a santa”, começou  a acreditar e a buscar também ter a visão.

diário fala também de oposições sofridas, críticas, incompreensão do dono do terreno, incredulidades etc....Apesar disso, não foi uma caminhada tumultuada. Pelo que sei e li, o Interiormente rezava: Ó Virgem Maria Santíssima, em honra e Glória do Divino Espírito Santo, concedei-me uma graça. Fazei que eu note a vossa presença, não só para aumentar a minha fé, mas também para conversão dos que não crêem” ( Ovídio, Diário das aparições,p2)

     No dia 27 de julho de 1955 teve sua primeira “visão”.Assim ele descreve a primeira visão: : Tinha a estatura normal, uma capa azul clara partindo do rumo da cabeça, cobria todo o corpo. Mãos postas, dedos compridos e claros, uma fita prateada por cima da capa parecia contornar a cabeça, estava de perfil, não consegui ver a sua feição devido o rosto estar completamente escuro. Não vi os seus pés” (Diário p.2). Confessa que depois desta primeira aparição e de outra quando viu “um homem vestido como apóstolo” e uma criança pequena, perturbou-se sentiu medo( Diário p.3).Não conseguindo fugir à vontade de vê-la novamente, depois de alguns dias voltou a frequentar o local. Voltou a vê-la novamente, inclusive em visão conpartilhada por testemunhas( Diário p.34). Assim descreve a visão compartilhada por seu pai: “..estava com um manto azul,rosto moreno claro, cabelos jogados pelos ombros, com as mãos cruzadas ao peito. Tinha a cabeça um pouco inclinada para o lado “esquerdo”(Diário p.4). Após esta, e outras manifestações, compartilhadas por testemunhas, pediu ao Padre Ferreira Neto que celebrasse duas missas para as almas do Purgatório, temendo ser aparições de almas(cf Diário p.4).Depois, apareceu-lhe ajoelhada em oração(Diário p.5).No dia 24 de outubro do mesmo ano apareceu-lhe com um rosário em sua mão esquerda(Diário p.5).Depois viu-a em companhia de um santo semelhante a Jesus Cristo(Diário p.6).No dia 21 de novembro  apareceu novamente, desta vez com um rolo de papel nas mãos (Diário p.6).Falou também de um sinal de sua presença: um forte relâmpago em dia de sol(Diário p.6). Apareceu-lhe também com um objeto triangular em mãos e com uma estrela sob os pés.Em outra aparição percebeu neste objeto varias letras escritas em maiúsculo. Por fim , no dia 28 de Novembro, conseguiu decifrar claramente o escrito: “Jesus Christo eterno Deus.O paganismo ameaça o mundo.Erguei o altar, orai com fé e vereis o milagre da conversão”(Diário p.8). Outros elementos importantes das mensagens também são apresentados:Ela apresentou-se ao vidente com a inscrição “Maria Virgem Imaculada”(Diário p.18). Alem da fé pedia:”Piedade, Penitência e Paciência”(Diário p.20). Em outra aparição aparecia a inscrição: “aliança com Deus...e propagai a fé”( Diário p.20).Como pode-se ver , existem vários elementos comuns a outras”aparições”aqui presentes: a insistência na oração, o título de Imaculada, o Rosário, a mensagem de conversão, e o milagre.O novo aqui, aparece sobretudo no caráter otimista que pervade todo o fenômeno, na figura profundamente eclesial e sóbria do vidente, o fato de existir outros videntes e do sexo masculino, a relativização do grupo e das mensagens de cunho apocalíptico.Profundamente atual é a referência ao  processo de paganização do mundo, o que pode ser visto muito claramente na Economia Mundial- profundamente desumana  e excludente- ,na política, nos costumes atuais..etc. O  vidente narra ainda várias  outras visões, todas com muitos detalhes, como lugares, datas e horários, pessoas, ornamentos, testemunhas,etc.

     Uma  mensagem de cunho social muito significativa é narrada: “Nossa Senhora apareceu como se estivesse assentada, com a criança maltrapilha e aspecto faminto, vista anteriormente, assentada em seu colo com a cabeça encostada em seu peito, virada para a minha frente.Nossa Senhora estava com as duas mãos em cima da barriga da criança. Ela estava  com o rosto virado para o lado esquerdo ‘fiz-lhe a seguinte pergunta: o que vós desejais? ‘Ela virou o rosto para frente num movimento muito lento e abaixou a cabeça, como se estivesse olhando para a criança que estava em seu colo.”( Diário p.19).

     O ambiente em torno dos videntes, sobretudo do Sr. Ovídio foi sempre marcado pela serenidade.

     Um outro aspecto importante a ser destacado é o acompanhamento do pároco, que pelo que é documentado no Diário acompanhava todos os acontecimentos com muita atenção e era sempre informado pelos videntes sobre todas as “aparições”e mensagens. Foi realmente pastor. No diário não encontrei nenhuma expressão ofensiva à sua pessoa ou a qualquer autoridade eclesiástica. Pelo contrário, um dos elementos fortes que pervade todo o documento é o sonho de reconhecimento das aparições por parte da Igreja.

     O vidente documenta as suas experiências, de 02 de Agosto de 1955 até 15 de Agosto de 1965. Agora, sua presença diária no local  continuou até o fim de sua vida.Ali, com o apoio do Pe. José Ferreira Neto e da comunidade , construiu uma gruta, verdadeiro templo ao ar livre, e uma moderna capela, usada para celebrações em dias chuvosos e salas para catequeses e reuniões pastorais. Após concluídas estas obras, entregou-se aos cuidados da comunidade,que hoje tem vida própria como comunidade eclesial, ligada à paróquia de Sant’Ana. O local é muitíssimo visitado pela comunidade. Fica aberto de 06 da manhã às 21:00 horas, e sempre com a presença de muitos fiéis. O vidente com a sua fidelidade à experiência mística  e à Igreja , foi um sóbrio missionário. Em suas visitas diárias à gruta, local das “aparições”, sempre vestido de terno e gravata, foi sempre marcado pelo semblante alegre e sereno. Além de cartão postal de Itaúna, o local constitui-se num grande centro de espiritualidade de nosso povo. Nunca permitiu ali nenhuma comercialização, possível razão do sucesso popular e pastoral da experiência mística. Com certeza, constitui hoje num local de encontro com Deus e com sua “Serva”- Maria Virgem e Imaculada- mãe e discípula fiel do Senhor.

     Graças a Deus e também ao zelo e sensibilidade pastoral de nosso bispo diocesano, Dom José Belvino do Nascimento, o Sr. Ovídio pode, antes de sua morte, ter a alegria de ver pintada em quadros e na capela da gruta a visão de Maria que contemplou na gruta, e também de rezar a oração a Nossa Senhora de Itaúna, assinada por nosso bispo.

Não teve a alegria de ver a imagem de Nossa Senhora de Itaúna – também construída por ordem de nosso bispo-, pois faleceu antes de vê-la pintada. Na palavra de seus filhos o consolo, “ele não precisou ver a imagem de gesso, pois viu-A face a face”. Com certeza o Sr. Ovídio pôde partir deste mundo feliz, e deixar-nos essa herança de amor a    Deus e a Maria Santíssima. Que o Senhor Deus da vida nos abençoe e tenha o Sr. Ovídio e os outros videntes falecidos na glória, recompensando-os por sua humildade e fidelidade à Igreja.

                                                                                       

 

Pe.Amarildo José  de Melo

Pároco de Sant’Ana

[ Jornal Tribuna-26 / 07 / 2003 ]

 

   

 

 PROFISSÃO X VOCAÇÃO

 

Profissão

Vocação

1 . aptidão ou escolha pessoal para exercer um trabalho

1. chamado de Deus para uma missão, que se origina na pessoa como reação-aspiração do ser

2. preocupação principal: o "ter", o sustento da vida

2. preocupação exclusiva: "o ser" , o amor e o serviço

3. pode ser trocada

3. é para sempre

4. é exercida em determinadas horas

4. é vivida 24 horas por dia

5. tem remuneração

5. não tem remuneração ou salário

6. tem aposentadoria

6. não tem aposentadoria

7. quando não é exercida, falta o necessário para viver.

7. vive da providência divina

8. na profissão eu faço

8. na vocação eu vivo

 

Vocação e missão. É tudo igual?

Em latim, vocação significa “chamar”. Sendo assim, Deus chama a mim, a você, ao nosso grupo, nos convidando ao serviço, à doação, à entrega. Nesse chamado, o que Ele mais quer é que nós estejamos junto d'Ele, de Seu Filho Jesus e do Espírito Santo, participando do amor dessa Família do céu e da nossa comunidade. O Todo-poderoso nos chama, mas nos dá também os carismas e as qualidades de que precisamos para assumir esse chamado.

A palavra missão também vem do latim e significa "enviar". É Jesus quem nos envia, como Ele mesmo falou: “Vão e façam meus discípulos todos os povos, ensinando a respeitar tudo o que vos ensinei” (cf. Mt 28,19-20). Não existe chamado sem missão, como também não existe missão se não houver quem possa realizá-la. Explicando melhor: a vocação, como vimos, é um chamado de Deus para servirmos a todos os irmãos. Esse serviço é a missão. Podemos concluir que vocação e missão não são a mesma coisa, mas elas estão muito ligadas, sendo consequência uma da outra.

 

APROFUNDAMENTO PARA O CATEQUISTA

A vida cristã é vocação.. O cristão é chamado por Jesus Cristo e a ele dá a sua resposta.

Este chamado do Senhor continua nas etapas da vida da pessoa. Manifesta-se especialmente na escolha do caminho concreto de cada um: o seu estado de vida, sua profissão, o modo de viver. Assim, uma pessoa não deve se casar só para não ficar solteriro/a; também não deve procurar a vida consagrada para fugir de qualquer problema. Casar-se o permanecer solteiro/a, abraçar a vida religiosa ou assumir a missão do cristão leigo no mundo, é uma questão de vocação. E vocação é uma questão de amor. Só será realizada e feliz a pessoa que fizer de sua vida a incansável tarefa de construir o AMOR: amor comprometido a partir da formação de uma família; ou amor concretizado numa entrega mais ampla, e só limitado pelos espaços da caridade; ou amor apaixonado pelo Reino de Deus e a ele consagrado sem reservas. A tudo se pode renunciar na vida. Só não se pode renunciar ao amor. Uma pessoa não morre quando deixa de viver, mas sim quando deixa de amar.

Por isso o projeto de vida de uma pessoa tem que ser um projeto de amor. E um projeto de amor é sempre uma grande aventura. Aventura inclui riscos.

Então, a pessoa deve refletir, ponderar, planejar. É importante não se deixar levar por impulsos só de emoção, mas procurar um aconselhamento competente. Pedir a iluminação interior que vem de Deus. Nunca agir por covardia ou medo, ou por interesse inconfessável. Manter o coração aberto para o Senhor, cultivando a alegria cristã, que o mundo não tem para dar.

O Senhor chama de modos muito variados: o exemplo de uma pessoa, uma leitura, o momento de oração pessoal, uma música ou um canto, a conversa com alguém, uma vontade interior muito forte, um fracasso ou uma queda, a participação num grupo, na escola, na Igreja, no trabalho...

Em qualquer hipótese procure fazer de sua vida essa aventura maravilhosa que é construir o amor. O resto pode ser importante na medida que for meio.