Um menino diferente
Objetivos |
Compreender que Jesus convida cada uma a crescer como cristão em estatura, sabedoria e graça. Saber que posso obedecer como Jesus obedeceu
|
Preparação para o encontro |
Bíblia, cópias dos desenhos. |
Acolhida |
Oração inicial: Pai Nosso |
Ver |
Jesus tinha uma vida parecida com a de toda criança: brincava, tinha amigos, foi à escola, aprendeu a profissão de carpinteiro com José, freqüentava a sinagoga para rezar, ouvir e aprender a Palavra de Deus. Uma vez por ano, conforme o costume dos judeus, saía de sua cidade natal com seus pais, para ir ao Templo de Jerusalém para celebrar a Páscoa. Numa dessas vezes, quando tinha doze anos....
Ler em Lucas 2, 41-52 Onde vivia Jesus e sua Família? Qual era a profissão de José? Aonde Jesus e sua família iam todos os anos comemorar a páscoa? O que aconteceu com Jesus? Com quem Jesus conversava? Como Jesus ia crescendo?
-Ressaltar os valores: Jesus freqüentava o Templo com seus pais, sendo sempre submisso e obedientes a eles. -Mostrar que Jesus brincava, ajudava nas coisas de sua família e de sua comunidade e preocupava-se muito com as coisas de Deus. Anualmente seus pais, parentes e amigos caminhavam em caravanas para celebrar a Festa da Páscoa em Jerusalém. - Jesus foi em tudo semelhante a nós, menos no pecado (Hb 4,15)
Obs: ♥Obedecendo à sua mãe e a seu pai legal, Jesus cumpre com perfeição o quarto mandamento que é: Honra teu pai e tua mãe. Sua vida oculta em Nazaré permite a todo homem estar unido a Jesus nos caminhos dos cotidianos da vida (CIC 533). ♥Também pela Lei, aos 12 anos de idade, os homens eram considerados “cidadãos judeus”, adquirindo direitos e obrigações civis e religiosas, da mesma forma que as mulheres ficavam legalmente autorizadas a se casarem. Geralmente a declaração da “maioridade” dos rapazes, era feita no Templo, num dia da semana durante as celebrações da Páscoa. Quando JESUS completou 12 anos de idade, a viagem à Jerusalém para participar da Páscoa, também tinha o objetivo de declarar a sua maioridade, conforme determinava a Lei. -Conversar sobre as diversas fases do crescimento em todos os sentidos: tamanho, sabedoria e graça, isto é, crescimento físico, intelectual e espiritual. Que altura você gostaria de ter? Geralmente, temos uma idéia da altura que queremos ter. Talvez escolham um adulto que tenha a altura que querem. Deus nos deu um corpo e colocou uma alma dentro. Já pensaram, que altura vocês querem que sua alma tenha? Vocês podem ser um catequista ou um membro de alguma pastoral ou até um padre. O corpo precisa de exercício para crescer forte, e há coisas que podem nos fazer crescer espiritualmente como Jesus. Podemos estudar a Bíblia, ser obediente a nossos pais, falar com outros sobre Jesus e convida-los para vir a igreja conosco. Lembre que precisamos crescer tanto espiritualmente como fisicamente. |
Iluminar |
Brincadeira da Família ( O pai mandou ):
Perguntar o que acharam da brincadeira. O que ele nos ensina?
Devemos ser sempre obedientes e escutar a orientação dos nossos pais (professores, catequistas), para não fazer coisa errada. Jesus era um menino muito especial. Ele é Filho de Deus. Ele nunca fez uma coisa errada. Era obediente e estudioso; crescia como vocês; dava-se bem com as pessoas, e todo mundo gostava dele. Ele sempre fazia coisas que agradavam a Deus. Vocês têm crescido fortes e bonitos, mas, também precisam crescer nas coisas de Deus. Se vocês vierem sempre à Igreja, rezarem, estudarem a Bíblia, estarão crescendo como Jesus.
|
Agir |
Quais são as atividades que você costuma participar na sua paróquia e comunidade? Como você pode seguir o exemplo de Jesus e ser obediente à lei de Deus?
|
Celebrar |
Ler e refletir Lc 2, 51-52. Lembrar que Jesus está no meio de nós, por isso somos todos irmãos. Fazer os pedidos espontaneamente e todos agradecem “Obrigado, Jesus!”
Aviso: Jesus foi obediente a seus pais e a Deus. Devemos também obedecer! Guardar uma pedrinha para cada vez que você for obediente durante esta semana e trazer para o próximo encontro. Lembrar que a obediência agrada o coração de Deus. Estamos obedecendo a Deus quando vivemos como irmãos, em fraternidade.
|
O Menino Jesus no Templo
Vejamos o Evangelho de S. Lucas (Lc 2, 42s) : Aos doze anos, no Templo de Jerusalém, o Menino Jesus confunde os doutores da lei que o ouviam "pasmados de sua sabedoria e das suas respostas". E, à mãe aflita que o procurava, Ele responde que era preciso cuidar das coisas de Seu Pai. Em Sua missão divina, cumpria a vontade do Pai Eterno.
Depois, voltou para casa. Com Maria e José. "E lhes era submisso". E crescia em sabedoria e graça, diante de Deus e dos homens. "Jesus crescia realmente quanto ao corpo, e quanto ao espírito, pela ciência adquirida: mas só aparentemente e que crescia na graça, cuja plenitude, já possuida, se manifestava progressivamente: o sol, que é o mesmo, parece mais quente ao meio-dia".
Por vontade do Pai - vontade que era a mesma Sua ("Ele entregou-se porque quis"), o Verbo fizera-se Carne. Poderia Ter-se feito completo, acabado. Mas, não. Quis em tudo ("com exceção do pecado") tornar-se semelhante a nós. Por isso, nasceu menino, nasceu infante. Isto é, o que não fala. O Verbo nasceu infante e, humildemente, aprendeu a falar conosco...
Fazendo-se criança, Jesus quis percorrer todas as etapas da vida humana. Por isso, como um menino, "crescia em sabedoria e graça". E, como um menino, era submisso a seus pais.
Naquela modesta família, incomparavelmente acima de todos, estava Jesus. Depois, Maria. Depois, José. Mas José era o chefe. Seguido por Maria. E Jesus "lhes era submisso". Nesse estranho equilíbrio há um desafio ao nosso orgulho.
Depois desses fatos, até a idade de 30 anos (período designado por sua vida oculta) nada mais se conhece a respeito de Jesus. Modestamente, obscuramente, até a idade de 30 anos, Ele viveu em família, Santificando a vida em comum, dignificando as tarefa mais simples. É, um desafio. Violento.
Toda a vida de Jesus é um desafio. Ele mesmo, que disse vir trazer a paz, disse, também, trazer a espada. E, assim como declarou bem-aventurados os pacíficos, disse que o Reino dos Céus pertence aos violentos - e que só estes podem alcança-lo. Porque a paz daquela família está fundada numa violência - violência ao amor-próprio.
A paz interior é fruto de combate. E a luta na conquista do equilíbrio é tão violenta que, sós, não a suportaríamos. Por isso, Deus fez-se nosso aliado. E de um berço nos contempla. Contempla-nos obedecendo a Maria e a José. Contempla-nos da cruz - despido, coroado de espinhos, sangrando. Do nascimento à morte, contempla-nos e nos desafia. Chamando-nos a imitá-LO na difícil luta contra nossos pecados e fraquezas.
E nos adverte: "Sem Mim, nada podeis fazer". E São Paulo, que fez a experiência, a maior das experiências, a da santidade, revelou-nos o seu segredo: "Tudo posso naquele que me fortalece".
https://www.catequisar.com.br/texto/materia/dout/lv01/21.htm
DOZE ANOS
Havia três festas anuais prescritas pela religião judaica, em que todos os homens deveriam tomar parte dela: a Festa da Páscoa, que era celebrada no início da primavera; a Festa de Pentecostes, celebrada cinqüenta dias depois da Páscoa; e a Festa das Tendas, celebrada no outono, após as colheitas. A maioria das pessoas procurava estar presente à festa da Páscoa, mesmo quando perdia as outras.
A idade dos 12 anos, mencionada na Bíblia sobre a ida de Jesus ao Templo de Jerusalém, tem um significado especial: é a passagem da infância e da adolescência para a juventude. A partir dessa data os meninos judeus eram obrigados a observar a Lei como qualquer homem.
José e Maria provavelmente iam a Jerusalém todos os anos para participarem da Festa da Páscoa, pois esta era celebrada por ordem de Moisés a fim de comemorar o fato histórico da salvação dos primogênitos judeus, no
Egito. Para isso repetiam a mesma ceia do cordeiro, no primeiro dia da semana, já que a festa durava oito dias.
Terminada a festa, José e Maria retornaram a Nazaré, pensando que Jesus estivesse com alguns parentes, pois viajavam em pequenos grupos por causa da segurança. No final do primeiro dia sentiram a falta de Jesus, não o
encontrando em nenhum dos grupos. Retornaram a Jerusalém e após três dias de busca encontraram-no sentado diante dos mestres. Ele não só ouvia atentamente o que diziam como também fazia-lhes perguntas inteligentes. Maria e José ficaram aliviados. Porém Maria disse-lhe que seu desaparecimento lhes tinha causado preocupação. Jesus então respondeu: "Não sabíeis que devo ocupar-me das coisas de meu Pai?” (Lc 2, 49); e o evangelista acrescenta que José e Maria não entenderam as suas palavras. Jesus voltou a Nazaré, onde viveu como filho obediente.
Fonte: Crescer em Comunhão, Livro do Catequista,Vol. I, Ed. Vozes, 2008 – p. 27 e 31.